quarta-feira, 28 de maio de 2014

PAPA FRANCISCO CONVERSA COM JORNALISTA E COMENTA POLÊMICA

papa_avião com jornalistas
Papa acompanhado por padre Lombardi conversa com jornalistas em voo / Foto: L’Osservatore Romano
No avião, que o levou de volta ao Vaticano, na noite desta segunda-feira, 26, o Papa Francisco conversou, durante quase uma hora, com os jornalistas que o acompanharam na Terra Santa. Vários foram os assuntos abordados: dos momentos mais marcantes da viagem ao celibato dos sacerdotes, passando por escândalos financeiros, pedofilia e a hipótese de uma renúncia a exemplo de Bento XVI.
Confira alguns pontos:
Os gestos na Terra Santa e o encontro Peres – Abu Mazen
“Os gestos mais autênticos são os espontâneos, aqueles que não pensamos, mas que acontecem. Algumas coisas como o convite do Papa aos dois presidentes à oração estava sendo pensado, mas havia muitos problemas logísticos, muitos! Era preciso levar em consideração o território onde esse encontro iria se realizar, e não é fácil. Isso já se programava, uma reunião, mas, no fim, saiu o que espero que seja bom. Será um encontro de oração, não para fazer mediação.”
Relação com os ortodoxos
papa_patriarca1
Papa e Patriarca Bartolomeu na Basílica do Santo Sepulcro / Foto: Reprodução CTV
“Com Bartolomeu, falamos de unidade que se faz em caminho. Jamais poderemos fazer a unidade num Congresso de Teologia. Ele confirmou-me que Atenágoras realmente disse a Paulo VI: ‘vamos colocar todos os teólogos numa ilha e nós prosseguiremos juntos’. Devemos nos ajudar, por exemplo, com as igrejas, inclusive em Roma, onde muitos ortodoxos usam igrejas católicas. Falamos do concílio pan-ortodoxo, para que se faça algo sobre a data da Páscoa. É um pouco ridículo: ‘Quando ressuscita o seu Cristo? O meu, na semana que vem. O meu, em vez disso, ressuscitou na semana passada’. Com Bartolomeu, falamos como irmãos, nos queremos bem, contamos as dificuldades do nosso governo. Falamos bastante da ecologia, de fazermos juntos um trabalho sobre esse problema.”
Abusos contra menores
“Neste momento, há três bispos sob investigação, e um deles, já condenado, tem a pena emestudo. Não há privilégios nesse tema sobre os menores. Na Argentina, chamamos os privilegiados de ‘filhos de papai’. Pois bem, sobre esse tema não haverá “filhos de papai”. É um problema muito grave. Um sacerdote que comete um abuso trai o Corpo do Senhor. O padre deve levar o menino ou a menina à santidade; o menor confia nele. Mas em vez de levá-lo à santidade, abusa dele. É gravíssimo! É como fazer uma missa negra! Em vez de levá-lo à santidade, leva-o a um problema que terá por toda a vida. Na próxima semana, no dia 6 ou 7 de julho, haverá uma Missa com algumas pessoas abusadas, na Santa Marta; depois, haverá uma reunião, eu com eles. Sobre isso, deve-se prosseguir com tolerância zero.”
Celibato dos padres
“Há padres católicos casados nos ritos orientais. O celibato não é um dogma de fé, é uma regra de vida, que eu aprecio muito e creio que seja um dom para a Igreja. Não sendo um dogma de fé, há sempre uma porta aberta.”
Eventual renúncia
“Eu farei o que o Senhor me dirá para fazer. Rezar, buscar a vontade de Deus. Bento XVI não tinha mais forças e, honestamente, é um homem de fé, humilde como é, tomou esta decisão. Setenta anos atrás, os bispos eméritos não existiam. O que acontecerá com os Papas eméritos? Devemos olhar para Bento XVI como uma instituição, pois ele abriu uma porta, a dos Papas eméritos. A porta está aberta, se haverá outros ou não, somente Deus sabe. Eu creio que um Bispo de Roma, ao sentir que lhe faltam forças, deva fazer as mesmas perguntas que o Papa Bento fez.”
Outros temas
Francisco falou ainda da alegada investigação sobre um desvio de 15 milhões de euros dos fundos do Instituto para as Obras de Religião, em que estaria envolvido o antigo Secretário de Estado do Vaticano. “A questão desses 15 milhões está ainda em estudo, não é claro o que aconteceu”, adiantou.
O Papa disse que quer “honestidade e transparência” na administração financeira do Vaticano, e que a nova Secretaria para a Economia, dirigida pelo Cardeal Pell, vai “levar por diante as reformas que foram sugeridas” por várias comissões para evitar “escândalos e problemas”. Nesse sentido, recordou que cerca de 1,6 mil contas foram fechadas no IOR nos últimos tempos.
Francisco confirmou que, além da viagem à Coreia do Sul em agosto, voltará à Ásia, em janeiro de 2015, para visitar o Sri Lanka e as regiões afetadas pelo tufão nas Filipinas. O Papa mostrou-se preocupado com a falta de liberdade religiosa neste continente, falando num número de “mártires” cristãos que supera os dos primeiros tempos da Igreja.
O Papa não quis comentar os resultados das eleições europeias, mas lembrou as críticas que deixou na exortação apostólica Evangelii Gaudium a um sistema econômico “desumano”, que “mata”.
Já sobre a beatificação de Pio XII, pontífice durante a II Guerra Mundial, Francisco disse ter sido informado de que ainda não há o milagre reconhecido para que a causa avance.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

A BRAÇO DE PAZ E CONVITE DE A UNIÃO ENTRE AS IGREJAS



O Papa Francisco realizando um bonito gesto de paz e o união, com esse abraço ultrapassa qualquer indiferença. Nós os católicos do mundo inteiro temos um grande papa a  frente de nossa Igreja. Rezemos pelo nosso querido papa Francisco.

PORTO ALEGRE - RS CELEBRA NOSSA SENHORA DE CARAVAGGIO

SANTO DO DIA
Nossa Senhora do Caravaggio
(26 de Maio)

No princípio do século XV vivia em Caravaggio, lugarejo a 38 km de Milão, na Itália, uma jovem muito piedosa chamada Giannetta Vacchi, muito devota de Nossa Senhora. Não deixava passar um só dia sem se recomendar à Mãe de Deus. Contra sua vontade, casou-se com Francisco Varoli, que se transformou em verdadeiro carrasco. Ela suportava as calúnias, insultos e espancamentos. No dia 26 de maio de 1432, o marido agrediu-a de forma ainda mais brutal. Ao vê-la ferida, ordenou-lhe que fosse sozinha catar feno. Sem se revoltar, Giannetta obedece. Confia em Deus e na intercessão da Virgem Maria. Dirige-se ao campo chamado "Mazzolengo", distante cerca de uma légua de Caravaggio. Quando o dia chega ao fim, contempla o feno recolhido e vê que não terá forças para levá-lo. Temendo mais castigos por parte do marido, ergue os olhos lacrimosos para o céu e exclama: "Oh, Senhora caríssima, ajudai-me. Só de vós espera socorro a vossa pobre serva". De repente aparece-lhe uma Senhora esplendorosa tendo nos ombros um manto azul e um véu branco sobre a cabeça. É Maria Santíssima que toca-lhe suavamente os ombros, fazendo-a ajoelhar-se e diz: "Ouve atentamente, minha filha: o mundo, com suas iniqüidades, havia excitado a cólera do céu.... Mas eu intercedi pelos míseros pecadores... Vai comunicar a todos que devem jejuar numa sexta-feira a pão e água, e, em minha honra, festejar o sábado desde a véspera... Vai, filha, e manifesta a todos a minha vontade". 

Giannetta, a princípio, não se acha digna desta missão por ser pobre e desconhecida. A Senhora a encoraja e a abençoa, desaparecendo em seguida. Deixa no solo os sinais de seus pés. A jovem beija as santas pegadas e depois afasta-se contra a sua vontade, retornando à aldeia. Por onde passa vai narrando a quem encontra tudo o que tinha visto e ouvido. Todos crêem em sua palavra. Uma fonte começou a brotar no local da aparição e os milagres tiveram início. A fama dos prodígios espalhou-se pelas cidades vizinhas até alcançar toda a Europa. Foi necessário construir-se uma igreja no local. A primeira pedra do templo foi lançada no dia 31 de julho de 1432, mas só foi concluída 19 anos depois. Depois de um século ameaçava ruir, pelo que foi preciso ser escorada. Depois, tornando-se pequena para acolher os peregrinos, foi ampliada por iniciativa de São Carlos Borromeu. Posteriormente, ameaçando novamente ruir, foi preciso demolí-la. Foi então que o arquiteto Pellegrini construiu o majestoso santuário, que é hoje uma das glórias da arte e da fé do povo italiano. No Brasil há dois santuários dedicados à Nossa Senhiora de Caravaggio: um no estado de Santa Catarina, no vale de Azambuja (Brusque), para onde a devoção foi trazida por colonos italianos e outro no Rio Grande do Sul, na localidade de Caravaggio, na diocese de Caxias. 

Nossa Senhora de Caravaggio, Rogai Por Nós que recorremos a Vós!

No princípio do século XV vivia em Caravaggio, lugarejo a 38 km de Milão, na Itália, uma jovem muito piedosa chamada Giannetta Vacchi, muito devota de Nossa Senhora. Não deixava passar um só dia sem se recomendar à Mãe de Deus. Contra sua vontade, casou-se com Francisco Varoli, que se transformou em verdadeiro carrasco. Ela suportava as calúnias, insultos e espancamentos. No dia 26 de maio de 1432, o marido agrediu-a de forma ainda mais brutal. Ao vê-la ferida, ordenou-lhe que fosse sozinha catar feno. Sem se revoltar, Giannetta obedece. Confia em Deus e na intercessão da Virgem Maria. Dirige-se ao campo chamado "Mazzolengo", distante cerca de uma légua de Caravaggio. Quando o dia chega ao fim, contempla o feno recolhido e vê que não terá forças para levá-lo. Temendo mais castigos por parte do marido, ergue os olhos lacrimosos para o céu e exclama: "Oh, Senhora caríssima, ajudai-me. Só de vós espera socorro a vossa pobre serva". De repente aparece-lhe uma Senhora esplendorosa tendo nos ombros um manto azul e um véu branco sobre a cabeça. É Maria Santíssima que toca-lhe suavamente os ombros, fazendo-a ajoelhar-se e diz: "Ouve atentamente, minha filha: o mundo, com suas iniqüidades, havia excitado a cólera do céu.... Mas eu intercedi pelos míseros pecadores... Vai comunicar a todos que devem jejuar numa sexta-feira a pão e água, e, em minha honra, festejar o sábado desde a véspera... Vai, filha, e manifesta a todos a minha vontade".
Giannetta, a princípio, não se acha digna desta missão por ser pobre e desconhecida. A Senhora a encoraja e a abençoa, desaparecendo em seguida. Deixa no solo os sinais de seus pés. A jovem beija as santas pegadas e depois afasta-se contra a sua vontade, retornando à aldeia. Por onde passa vai narrando a quem encontra tudo o que tinha visto e ouvido. Todos crêem em sua palavra. Uma fonte começou a brotar no local da aparição e os milagres tiveram início. A fama dos prodígios espalhou-se pelas cidades vizinhas até alcançar toda a Europa. Foi necessário construir-se uma igreja no local. A primeira pedra do templo foi lançada no dia 31 de julho de 1432, mas só foi concluída 19 anos depois. Depois de um século ameaçava ruir, pelo que foi preciso ser escorada. Depois, tornando-se pequena para acolher os peregrinos, foi ampliada por iniciativa de São Carlos Borromeu. Posteriormente, ameaçando novamente ruir, foi preciso demolí-la. Foi então que o arquiteto Pellegrini construiu o majestoso santuário, que é hoje uma das glórias da arte e da fé do povo italiano. No Brasil há dois santuários dedicados à Nossa Senhiora de Caravaggio: um no estado de Santa Catarina, no vale de Azambuja (Brusque), para onde a devoção foi trazida por colonos italianos e outro no Rio Grande do Sul, na localidade de Caravaggio, na diocese de Caxias.
Nossa Senhora de Caravaggio, Rogai Por Nós que recorremos a Vós!
Curtir ·  · 

PAPA FRANCISCO REZA NA GRUTADO NASCIMENTO DE JESUS



Esta imagem é o momento histórico em que o Papa Francisco visita a gruta do nascimento do Menino Jesus, em Jerusalém. 

A visita do Santo Padre à Terra Santa é em celebração do 50° aniversário do histórico encontro entre Paulo VI e o Patriarca Atenagora em Jerusalém, quando um Papa Paulo VI visitou a cidade pela primeira vez. Papa Francisco é o quarto Pontífice a vis... Ver mais
 — comJose Emerson de MoraisMarcia Trindade Matos,Rosalia Rosa Krisniks e Arlene Sorriso Costa.


MEIO SECULO É MARCADO COM UM NOVO ENCONTRO.


50 ANOS DEPOIS QUE PAULO VI VAI A TERRA SANTA A HISTORIA SE REPETI, POIS NOSSO QUERIDO PAPA FRANCISCO VAI AO ENCONTRO DOS NOSSOS IRMÃOS NA TERRA E CLAMA POR PAZ, E PELA DIVISÃO DOS ESTADOS EM PROL DA PAZ. REZEMOS PELO NOSSO PELO PAPA FRANCISCO PARA QUE ELE CONSIGA REALMENTE LEVAR SUA PALAVRA DE AMOR MEMSO EM MEIO A TONTOS PROTESTOS.

domingo, 25 de maio de 2014

NOTA DA COMISSÃO JUSTIÇA E PAZ SOBRE A EXECUÇÃO DA AÇÃO PENAL 470

Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), organismo vinculado à CNBB, emitiu nota ontem, 22, sobre a execução da Ação Penal 470. No texto, a Comissão comenta as decisões da presidência do Supremo Tribunal Federal sobre esta Ação Penal e repudia a “política de encarceramento em massa, que penaliza especialmente negros e pobres”.
 De acordo com a nota, a Comissão entende ser necessário o imediato debate acerca das situações do sistema prisional brasileiro, “atentado direto à dignidade humana”.  
"A CBJP tem a firme convicção de que as instituições não podem ser dependentes de virtudes ou temperamentos individuais”.
Leia a íntegra do texto:
Nota da Comissão Brasileira Justiça e Paz sobre a execução da Ação Penal 470

As decisões proferidas pela Presidência do Supremo Tribunal Federal sobre a execução da Ação Penal 470 (mensalão) que têm suscitado críticas e preocupações na sociedade civil em geral e na comunidade jurídica em particular, exigem o inadiável debate acerca das situações precárias, desumanas e profundamente injustas do sistema prisional brasileiro.

A Pastoral Carcerária, em recente nota, referiu-se à Justiça Criminal como um “moinho de gastar gente” por causa de decisões judiciais que levam a “condenações sem provas” e “negam a letra da lei” com “interpretações jurídicas absurdas”. Inseriu, neste contexto, a situação dos presos da Ação Penal 470 ao denunciar o conjunto do sistema penitenciário, violento e perverso, que priva os apenados “dos cuidados de saúde e de higiene mais básicos” e carece de políticas públicas para sua inserção no mercado de trabalho.

A Comissão Brasileira Justiça e Paz, organismo vinculado à CNBB, soma-se à Pastoral Carcerária e “repudia” o conteúdo destas decisões, bem como a política de encarceramento em massa, que penaliza especialmente negros e pobres, com inúmeras práticas cruéis, estendidas aos familiares e amigos dos presos, como a “revista vexatória”, atentado direto à dignidade humana.

A independência do Poder Judiciário somente realiza a necessária segurança jurídica em sua plenitude, quando viabiliza sem obstáculos o amplo direito de defesa e a completa isenção na análise objetiva das provas. Ela é imprescindível na relação do Judiciário com os meios de comunicação, não se podendo confundir transparência nos julgamentos com exposição e execração pública dos réus.

A CBJP tem a firme convicção de que as instituições não podem ser dependentes de virtudes ou temperamentos individuais. Não é lícito que atos políticos, administrativos e jurídicos levem a insuflar na sociedade o espírito de vingança e de “justiçamento”. Os fatos aqui examinados revelam a urgência de um diálogo transparente sobre a necessária reforma do Judiciário e o saneamento de todo o sistema prisional brasileiro.

Brasília, 22 de maio de 2014

Pedro Gontijo

Secretário Executivo da Comissão Brasileira Justiça e Paz da CNBB

PAPA FRANCISCO VISITA A JORDÂNIA

Foto: divulgaçãoDentro das atividades de peregrinação à Terra Santa, o papa Francisco visita a Jordânia hoje e amanhã, a convite do rei Abdullah II. O roteiro inclui reuniões, celebração de missa no Estádio de Amã e visita rio Jordão, local do batismo de Jesus. O papa também terá um encontro com crianças refugiadas da Palestina, Síria e Iraque.
No dia 21, em encontro com os fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano, o papa disse que sua viagem à Terra Santa “é para rezar pela paz nesta terra que sofre tanto".
A Jordânia abriga locais bíblicos como o Mar Morto, o rio Jordão, o Monte Nebo, Madaba, o túmulo de Arão, Vale da torrente de Árnom, Ayla, Ayla, Gádara, Machaerus, Monastérios, Pella, Ramoth-Gilad, Abella, Beth Nimra, Mepha’at, Yabbok, Zered, Zoar, entre outros.
 O embaixador da Jordânia no Brasil, Jamal AL-Shamayleh, enviou mensagem à imprensa explicando o significado da visita do papa Francisco ao país. No texto, é ressaltado que as mensagens de paz dadas por Francisco e pelo rei Abdullah II são “essenciais no Oriente Médio hoje, onde a injustiça, o sectarismo e o extremismo estão em ascensão”. Segundo o embaixador, o reino comemora a visita como continuação de uma “grande tradição de pontífices visitando a Terra Santa nos últimos 50 anos”.
 As relações diplomáticas da Jordânia com o Vaticano são lembradas nas ações e preocupações com a busca de paz e justiça na região, a proteção de lugares santos cristãos em Jerusalém, a cooperação educacional e cultural para o desenvolvimento do “diálogo inter-confessional” e da convivência e tolerância, além da promoção e facilitação do turismo religioso. AL-Shamayleh também destaca a boa convivência entre cristãos e muçulmanos, o crescimento da liberdade e da igualdade e o acolhimento de vítimas da guerra na Síria.
A visita do papa à Jordânia pode ser acompanhada pela internet: www.popevisit.jo

PAPA FRANCISCO VISITA A TERRA SANTA NO ORIENTE MÉDIO

O bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, divulgou nota, nesta sexta-feira, dia 23, convidando as pessoas, comunidades e dioceses do Brasil a acompanhar, com oração, a peregrinação do papa Francisco ao Oriente Médio.
Confira o texto na íntegra:
 Viagem do Santo Padre à Terra Santa

O Santo Padre Francisco inicia amanhã sua viagem ao Oriente Médio. Aos fiéis na Praça de São Pedro no dia 21, ele disse que a viagem à Terra Santa “é para rezar pela paz nesta terra que sofre tanto".
A viagem acontece 50 anos depois da viagem de Paulo VI à Terra Santa. Naquela ocasião houve o abraço histórico entre o Papa e o Patriarca Atenágoras.
Convidamos todas as pessoas, nossas comunidades, nossas dioceses para que acompanhem o Santo Padre nesta peregrinação com as orações.

Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

DOM ANTÔNIO CARLOS CRUZ DOS SANTOS TOMOU POSSE DA DIOCESE DE CAICÓ- RN


Em meio a muito alegria a Diocese de Caicó recebeu seu 7º bispo Dom Antônio Carlos Cruz dos Santos. Agora empossado o novo bispo começa propriamente dito seu pastoreio entre nós.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

DOM EUGENIO DE ARAÚJO SALES UM INCANSAVEL MINISTRO DE DEUS.


UM HOMEM QUE FAZ MUITA FALTA NA IGREJA, POIS DEU MUITO DE SI PARA O CRESCIMENTO E O BEM DA IGREJA.QUE DEUS O RECOMPENSE NA ETERNIDADE 
POR TUDO QUE O SENHOR FEZ PELA IGREJA. 

VATICANO APRESENTA CAMPANHA CONTRA O TRÁFIGO HUMNO DURANTE A COPA DO MUNDO 2014 NO BRASIL.

O prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, cardeal João Braz de Aviz, apresentou hoje, 20, pela manhã, no Vaticano, a Campanha contra o Tráfico de Pessoas durante a Copa do Mundo 2014, “Jogue a favor da vida – denuncie o tráfico de pessoas”.
Segundo cardeal João Braz de Aviz, “a campanha manifesta a sintonia da vida consagrada com o sentimento do papa perante este crime que ele mesmo tem definido como ‘a chaga no corpo da humanidade contemporânea, uma chaga na carne de Cristo”.
Também participaram do lançamento internacional da Campanha a integrante da Rede Um Grito pela Vida, no Brasil, irmã Gabriella Bottani; a coordenadora da Rede Internacional da Vida Religiosa Consagrada no enfrentamento ao tráfico de pessoas‘Talitha Kum’, irmã Estrella Castalone; a presidente da União Internacional das Superioras Gerais, irmã Carmem Sammut; o embaixador dos Estados Unidos ante a Santa Sé, Kenneth Francis Hackett.
Ao recordar as palavras do papa, irmã Gabriela disse que “não se pode permanecer indiferente, sabendo que há seres humanos tratados como uma mercadoria”. Segundo a religiosa, este crime atinge quase 21 milhões de pessoas no mundo. “Devemos arrancar com força do silêncio e do medo esta grave violação da dignidade humana”, disse.
Irmã Carmem Sammut lembrou que este crime está presente em todas as partes do mundo. “A prevenção deste tipo de tráfico de pessoas implica a redução da demanda de serviços sexuais e para que isto suceda há que conscientizar a opinião pública”, alertou.
No Brasil, o lançamento da Campanha ocorreu no dia 14 de maio, durante entrevista coletiva à imprensa, na sede da CRB, em Brasília. O evento reuniu representantes de igrejas cristãs, universidades e outras instituições. O bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, participou do evento, e lembrou que a iniciativa está em sintonia com o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, Fraternidade e Tráfico Humano. Na ocasião, dom Leonardo disse que “o país abrirá ainda mais os olhos com o ‘gol’ que a CRB está fazendo desde já, com esta Campanha, que está incidindo como Vida Religiosa lá onde as pessoas mais sofrem, de maneira discreta, mas muito eficaz e evangélica, consoladora e samaritana”.
A campanha “Jogue a favor da vida – denuncie o tráfico de pessoas” tem motivado ações como debates, panfletagem, caminhadas, celebrações, principalmente nas cidades-sede da Copa do Mundo.
Informações no blog http://gritopelavida.blogspot.com.br/

CNBB DIVULGA FOLDER COM ORIENTAÇÕES SOBRE A COPA DO MUNDO

O arcebispo de Maringá (PR) e bispo responsável pela Pastoral do Turismo, dom Anuar Battisti, apresentou à imprensa o folder “Copa do Mundo Dignidade e Paz”, preparado pela Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O folder surgiu após encontros entre representantes das 12 cidades-sede do mundial e busca mostrar formas de acolher o turista e orientar as comunidades locais sobre os riscos de um evento como a Copa do Mundo. “Aborda desde a exploração escrava do trabalho, exploração sexual, o tráfico de pessoas, tráfico de entorpecentes, enfim, aponta os lados positivo e negativo da Copa”, enumerou dom Anuar.
Na publicação, a Igreja expressa preocupação com a exclusão de milhões de cidadãos ao direito à informação e à participação nos processos decisórios sobre as obras que foram realizadas para o evento e com o desrespeito à legislação e ao direito ambiental, trabalhista e do consumidor, por exemplo.
O folder ainda traz exigências de que aconteçam ações eficazes para evitar o trabalho escravo, o tráfico humano e a exploração sexual, com “punição exemplar e ágil para com os infratores”.
Algumas ações sugeridas no folder também foram lembradas por dom Anuar Battisti, como a identificação das principais igrejas e santuários das cidades, a celebração de missas em vários idiomas, buscando, segundo o bispo, mostrar ao turista a presença da Igreja Católica no Brasil.
Considerado como documento motivador, o folder tem em seu texto trechos da mensagem da CNBB, “Jogando pela Vida”, sobre a Copa do Mundo, publicada em 13 de março deste ano. Dom Anuar, destacou a parte que fala do êxito que poderá ser alcançado com o evento.
“O sucesso da Copa do Mundo não se medirá pelos valores que injetará na economia local ou pelos lucros que proporcionará aos seus patrocinadores. Seu êxito estará na garantia de segurança para todos sem o uso da violência, no respeito ao direito às pacíficas manifestações de rua, na criação de mecanismos que impeçam o trabalho escravo, o tráfico humano e a exploração sexual, sobretudo, de pessoas socialmente vulneráveis e combatam eficazmente o racismo e a violência”, recordou.
Faça o dowload do folder aqui.

NOVO BISPO DE CAICÓ - RN DOM ANTÔNIO CARLOS DA CRUZ SANTO


DOM VALMOR TOMA POSSE EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Durante missa celebrada no Centro da Juventude, em 17 de maio, dom José Valmor Cesar Teixeira assumiu a diocese de São José dos Campos (SP), sendo o quarto bispo diocesano. Aproximadamente cinco mil fiéis participaram da cerimônia, com presença de peregrinos de Bom Jesus da Lapa (BA), que foram prestigiar o bispo.
 O arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis entregou o báculo, cajado usado pelos bispos, a dom Valmor. A missa contou com presença de bispos, religiosos, diáconos e seminaristas da dioceses de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Com o lema episcopal “Somos de Deus”, dom José Valmor foi nomeado pelo papa Francisco como bispo de São José dos Campos, em 20 de março, sendo transferindo da diocese de Bom Jesus da Lapa, no dia 20 de março último. A diocese estava vacante desde junho do ano passado, após a transferência de dom Moacir Silva para a arquidiocese de Ribeirão Preto (SP).
Foram os concelebrantes, os três bispos que governaram anteriormente a diocese de São José dos Campos, sendo o arcebispo emérito do Rio de Janeiro, cardeal dom Eusébio Oscar Scheid, o bispo Santo André, dom Nelson Westrupp e dom Moacir Silva, atual arcebispo de Ribeirão Preto.
Novo bispo
Dom José Valmor Cesar Teixeira é natural de Rio do Sul (SC). Foi ordenado sacerdote em 9 de dezembro de 1979. Sua nomeação ao episcopado ocorreu em 28 de janeiro de 2009, por Bento XVI, sendo ordenado bispo no dia 29 de março do mesmo ano. Desde 2009, atuava na diocese de Bom Jesus da Lapa (BA).
A diocese de São José dos Campos foi instalada em 1º de maio de 1981. De acordo com dados do IBGE, tem população estimada de 950 mil habitantes. Possui 44 paróquias, organizadas em sete regiões pastorais. Atualmente o clero local é formado por 85 padres e 114 diáconos permanentes. Na dimensão social, mantém as obras e entidades filantrópicas ligadas às paróquias, congregações e movimentos. O trabalho pastoral está presente em 69 pastorais, movimentos, organismos e novas comunidades.
CNBB/com informações da Assessoria de Imprensa da diocese de SJC. 

terça-feira, 13 de maio de 2014

HÁ 40 ANOS ATRÁS CURRAIS NOVOS VIVIA UMA GRANDE TRAGÉDIA.

Uma multidão concentrou-se às portas da Matriz de Sant'Ana.

Há quatro décadas Currais Novos vivenciou um dos maiores desastres de sua história, o famoso desastre de 13 de Maio. Um ônibus desgovernado atropelou dezenas de fiéis que participavam da procissão de Nossa Senhora de Fátima, na avenida hoje chamada de 13 de Maio, no Bairro Paizinho Maria.
A tragédia ceifou a vida de 25 pessoas, além de ter deixado outras dezenas feridas, levou a cidade a uma comoção total. Faleceram no acidente Antônio Othon Filho e Dr. Nithon, este último fora vereador e intendente de Currais Novos.
À época pároco de Sant’Ana, Monsenhor Ausônio Araújo só não foi outra vítima do acidente, contam as histórias, porque um fiel que acompanhava a procissão próximo ao padre o puxou pela batina.
No local onde o acidente ocorreu foi construído um monumento em memória dos falecidos, ao lado da Praça Aproniano Pereira, lá está uma lápide com o nome de todos os que foram vítimas da tragédia daquele fatídico 13 de Maio de 1974
Monumento em homenagem às vítimas..

sexta-feira, 9 de maio de 2014

O NOVO BISPO DA DIOCESE DE CAICÓ SERÁ ORDENADO AMANHÃ


Amanhã, 10 de maio, toda a Diocese de Caicó deve se recolher em oração, às 9h, pedindo ao Espírito Santo uma verdadeira efusão na vida do Pe. Antônio Carlos, que será ordenado Bispo. Eu estarei lá, na Igreja de São Pedro de Alcântara, em São Gonçalo-RJ, para testemunhar esse momento histórico de nossa Igreja particular. Peço a oração de todos os meus amigos por nosso sétimo Bispo, para que ele seja um digno sucessor dos Apóstolos.

terça-feira, 6 de maio de 2014

POSSO COMUNGAR COM MINHAS PRÓPRIAS MÃOS O CORPO E O SANGUE DO SENHOR?


No Santíssimo Sacramento da Eucaristia estão contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo. Esta presença chama-se real não por exclusão, como se as outras não fossem reais, mas por antonomásia, porque é substancial e porque por ela Cristo, Deus e homem, se torna presente completo.”
E o Catecismo dedica ainda os próximos números a explicar, por meio das palavras dos grandes santos da Igreja a importância e majestade da Eucaristia. Diante disso, a resposta para a pergunta parece óbvia: não é permitido comungar com as próprias mãos o Corpo e o Sangue de Cristo. Entretanto, na prática, as ações não são assim, tão claras. A Igreja, por isso, teve sempre um cuidado extremo para com as espécies consagradas e várias instruções foram publicadas nesse sentido. A Instrução Geral do Missal Romano no número 160 é bem clara quanto ao modo de se comungar:
“O sacerdote pega depois na patena ou na píxide e aproxima-se dos comungantes, que habitualmente se aproximam em procissão. Não é permitido que os próprios fiéis tomem, por si mesmos, o pão consagrado nem o cálice sagrado, e menos ainda que o passem entre si, de mão em mão. (…) "
Não existe margem para erro diante dessa instrução, porém, em muitas paróquias o erro acontece e o que se vê são fiéis tomando a hóstia consagrada com as mãos, molhando-a no preciosíssimo Sangue de Cristo, na chamada “comunhão self-service”. No caso da comunhão por intinção só existe uma forma de recebê-la: na boca, diretamente das mãos do sacerdote. É o que diz a instrução Redemptionis Sacramentum, no número 104: “Não se permita ao comungante molhar por si mesmo a hóstia no cálice, nem receber na mão a hóstia molhada”. O Concílio de Trento também é bastante claro ao dizer que:
"Na recepção sacramental foi sempre costume na Igreja de Deus que os leigos recebessem a comunhão dos sacerdotes e que os sacerdotes celebrantes comungassem por si mesmos, um costume que, provindo de tradição apostólica, se deve com razão e direito conservar." (DH 1648)
O argumento definitivo, porém, é dado pelo próprio Jesus, na última ceia, quando Ele “…tomou um pão e, tendo-o abençoado, partiu-o em distribuindo-o aos discípulos”, instituiu, assim, a Eucaristia. Dessa forma, é claro que o ato do sacerdote distribuir a comunhão aos fiéis faz parte dos verbos, dos gestos concretos, das ações de Cristo, não sendo aceitável inovações ou modos de fazer diferentes dessas ampla e claramente convencionadas.
Assim, ao fiel é dado escolher entre tomar a comunhão na mão ou diretamente na boca (RS 92), uma vez que “a comunhão somente sob a espécie do pão permite receber todo o fruto da graça da Eucaristia” (CIC 1389). No caso, porém, de comunhão por intinção, é lícito somente recebê-la na boca e diretamente das mãos do sacerdote.
“Com devoção te adoro, latente divindade. Que, sob essas figuras, te escondes na verdade; meu coração de pleno sujeito a ti, obedece, pois que, em te contemplando, todo ele desfalece. A vista, o tato, o gosto, certo, jamais te alcança; pela audição somente te creem em segurança; creio em tudo o que disse de Deus Filho o Cordeiro, nada é mais da verdade que tal voz, verdadeiro.”

QUAL AIMPORTANCIA DO EXAME DE CONSCIÊNCIA PARA NOSSA VIDA ESPIRITUAL


Um bom católico deve ter o costume de examinar frequentemente a sua consciência. Em geral, o exame de consciência é feito para que a pessoa se prepare melhor para o Sacramento da Confissão, ou também, antes de deitar-se, como uma preparação para a morte, caso ela venha durante o sono. Contudo, a importância de um bom exame de consciência vai além desses dois aspectos.
A doutrina dos grandes santos está repleta de loas ao exame de consciência. Por exemplo, São João Crisóstomo, chegou a dizer que, se uma pessoa se empenhasse num bom exame de sua consciência, dentro de um mês seguramente estaria no caminho da santidade. Trata-se, portanto, de uma doutrina plurissecular da Igreja que merece toda a atenção.
Um livro em especial, "A vida interior simplificada e reconduzida ao seu fundamento", escrito por pelo padre cartuxo François de Salles Poullien, em cuja terceira parte, vários capítulos são dedicados ao exame de consciência. Num deles, o Pe. Poullien relata a experiência de Santo Ignácio de Loyola que dirigia seus filhos jesuítas quase que unicamente pela reflexão pessoal e pela prática dos Sacramentos. De tal forma que na Constituição da Ordem ele não poderia ser tido como dispensável. Isso significa que mesmo um jesuíta que estivesse doente, impedido de rezar, de frequentar os sacramentos estava dispensado de tudo, exceto do exame de consciência.
Sendo assim, como fazer um bom exame de consciência e caminhar em direção à santidade? Existe um tipo, chamado superficial que é aquele que se detém nos atos, ou seja, nos pecados cometidos durante o dia ou ao longo da vida. Já um exame de consciência profundo é aquele que mergulha no coração. Ora, sabe-se que o que se recolhe ao coração são os hábitos, as disposições habituais que, em geral, dão um rumo à vida. Se os hábitos são bons, a vida ruma para o bem, se são maus, a vida está desorientada. Então, é preciso mergulhar nos hábitos e identificá-los.
Para tanto, a pergunta fundamental que deve ser feita é: "onde está o meu coração?" O próprio Jesus afirmou nesse sentido: "onde está o seu coração, aí está o seu tesouro" (Mt 6,21). É a mesma pergunta que Deus fez a Adão ao entardecer do terrível dia em que o pecado veio ao mundo. Na brisa, Deus queria se encontrar com um amigo e perguntou: "Adão, onde estás?" (Gn 3,9). É precisamente a resposta à pergunta do Senhor que interessa ao exame. "Onde eu estava quando não estava com o Senhor?" foi a forma encontrada por São Josemaría Escrivá de Balaguer y Albas para fazer a mesma pergunta. E a resposta em todos os casos é a mesma: disperso.
O coração do homem precisa estar centrado em Deus e o exame de consciência serve para mostrar o quanto é grande o afastamento, o quanto se está longe de Deus, do centro. Os pecados e as disposições habituais são apenas sintomas desse doença que é a distância do núcleo que é Deus. Portanto, identificar para onde está sendo orientada a vida é parte decisiva na cura.
Definido o exame de consciência, é possível dividi-lo em três partes: a primeira é o chamado "golpe de vista", ou seja, aquele olhar que identifica os atos (superficial) e também aquele mais profundo que olha os hábitos já arraigados. A segunda é a contrição, na qual a pessoa percebe que o pecado não só machuca e destrói, como manda para longe o Céu e aproxima perigosamente o Inferno (atrição). Nessa etapa é preciso dar um passo além, o passo do amor filial, saindo da condição de temor servil, percebendo a ofensa cometida contra o pai amoroso e imbuindo-se de um verdadeiro arrependimento por ter causado a ofensa. "Senhor, eu pequei, perdoa-me". A terceira etapa é a resolução ou o propósito de amar mais a Deus, cortar na raiz os maus hábitos e os vícios arraigados no coração.
A frequência ideal do exame de consciência é três vezes ao dia, segundo Santo Ignácio de Loyola, sendo o primeiro pela manhã, de modo preventivo, olhando para a vida, para os vícios e atos maus costumeiramente praticados, orientando as próprias disposições a não cometê-los. O segundo, logo após o almoço, talvez na Hora Média ou numa visita ao Santíssimo Sacramento, avaliando como o dia foi conduzido até aquele momento e reforçando o desejo de acertar (ou não errar) no restante do dia. Por fim, à noite, antes do dormir, seguindo mesmo as orientações da Igreja que recomenda o exame de consciência antes das Completas.
O exame de consciência noturno é o mais importante dos três, pois não versa somente aquele dia (particular), mas deve ter o caráter geral, da vida toda e de como ela está sendo orientada, colocando diante de Deus toda miséria, louvando-O pelos bons atos realizados e colocando toda a confiança na misericórdia Dele e meditando no fato de que a salvação só pode vir pela Graça divina. Fazendo assim não há dúvida de que a vida será realmente convertida, conduzida para Deus, naquilo que os antigos chamavam de epistrofe, mudar o rumo, a direção da vida, para que a ovelha errante perdida encontre o Pastor da Alma no fim de cada dia e em todos os dias da vida.

IRMÃO DE LEONARDO BOFF DEFENDE BENTO XVI E CRITICA A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO



Alexandre Gonçalves | Colaboração para a Folha - Em maio de 1986, os irmãos Clodovis e Leonardo Boff publicaram uma carta aberta ao cardeal Joseph Ratzinger. O artigo analisava a instrução "Libertatis Conscientia", em que o futuro papa Bento XVI visava corrigir os supostos desvios da Teologia da Libertação na América Latina. Os religiosos brasileiros desaprovavam, com uma ponta de ironia e uma boa dose de audácia, a "linguagem com 30 anos de atraso" no texto.
Em 2007, o irmão mais novo de Leonardo Boff voltou à carga. Mas, dessa vez, o alvo foi a própria Teologia da Libertação --movimento do qual ele foi um dos principais teóricos e que defende a justiça social como compromisso cristão. Ele censurou a instrumentalização da fé pela política e enfureceu velhos colegas ao sugerir que teria sido melhor levar a sério a crítica de Ratzinger.
Em entrevista à Folha por telefone, frei Clodovis diz que Bento XVI defendeu o "projeto essencial" da Teologia da Libertação, mas o critica por superdimensionar a força do secularismo no mundo.
Folha - Bento XVI foi o grande inimigo da Teologia da Libertação?
Clodovis Boff - Isso é uma caricatura. Nos dois documentos que publicou, Ratzinger defendeu o projeto essencial da Teologia da Libertação: compromisso com os pobres como consequência da fé. Ao mesmo tempo, critica a influência marxista. Aliás, é uma das coisas que eu também critico.
No documento de 1986, ele aponta a primazia da libertação espiritual, perene, sobre a libertação social, que é histórica. As correntes hegemônicas da Teologia da Libertação preferiram não entender essa distinção. Isso fez com que, muitas vezes, a teologia degenerasse em ideologia.
E os processos inquisitoriais contra alguns teólogos?
Ele exprimia a essência da igreja, que não pode entrar em negociações quando se trata do núcleo da fé. A igreja não é como a sociedade civil, onde as pessoas podem falar o que bem entendem. Nós estamos vinculados a uma fé. Se alguém professa algo diferente dessa fé, está se autoexcluindo da igreja.
Na prática, a igreja não expulsa ninguém. Só declara que alguém se excluiu do corpo dos fiéis porque começou a professar uma fé diferente.
Não há margem para a caridade cristã?
O amor é lúcido, corrige quando julga necessário. [O jesuíta espanhol] Jon Sobrino diz: "A teologia nasce do pobre". Roma simplesmente responde: "Não, a fé nasce em Cristo e não pode nascer de outro jeito". Assino embaixo.
Quando o sr. se tornou crítico à Teologia da Libertação?
Desde o início, sempre fui claro sobre a importância de colocar Cristo como o fundamento de toda a teologia. No discurso hegemônico da Teologia da Libertação, no entanto, eu notava que essa fé em Cristo só aparecia em segundo plano. Mas eu reagia de forma condescendente: "Com o tempo, isso vai se acertar". Não se acertou.
"Não é a fé que confere um sentido sobrenatural ou divino à luta. É o inverso que ocorre: esse sentido objetivo e intrínseco confere à fé sua força." Ainda acredita nisso?
Eu abjuro essa frase boba. Foi minha fase rahneriana. [O teólogo alemão] Karl Rahner estava fascinado pelos avanços e valores do mundo moderno e, ao mesmo tempo, via que a modernidade se secularizava cada vez mais.
Rahner não podia aceitar a condenação de um mundo que amava e concebeu a teoria do "cristianismo anônimo": qualquer pessoa que lute pela justiça já é um cristão, mesmo sem acreditar explicitamente em Cristo. Os teólogos da libertação costumam cultivar a mesma admiração ingênua pela modernidade.
O "cristianismo anônimo" constituía uma ótima desculpa para, deixando de lado Cristo, a oração, os sacramentos e a missão, se dedicar à transformação das estruturas sociais. Com o tempo, vi que ele é insustentável por não ter bases suficientes no Evangelho, na grande tradição e no magistério da igreja.
Quando o sr. rompeu com o pensamento de Rahner?
Nos anos 70, o cardeal d. Eugênio Sales retirou minha licença para lecionar teologia na PUC do Rio. O teólogo que assessorava o cardeal, d. Karl Joseph Romer, veio conversar comigo: "Clodovis, acho que nisso você está equivocado. Não basta fazer o bem para ser cristão. A confissão da fé é essencial". Ele estava certo.
Assumi postura mais crítica e vi que, com o rahnerismo, a igreja se tornava absolutamente irrelevante. E não só ela: o próprio Cristo. Deus não precisaria se revelar em Jesus se quisesse simplesmente salvar o homem pela ética e pelo compromisso social.
Bento XVI sepultou os avanços do Concílio Vaticano 2º?
Quem afirma isso acredita que o Concílio Vaticano 2º criou uma nova igreja e rompeu com 2.000 anos de cristianismo. É um equívoco. O papa João 23 foi bem claro ao afirmar que o objetivo era, preservando a substância da fé, reapresentá-la sob roupagens mais oportunas para o homem contemporâneo.
Bento XVI garantiu a fidelidade ao concílio. Ao mesmo tempo, combateu tentativas de secularizar a igreja, porque uma igreja secularizada é irrelevante para a história e para os homens. Torna-se mais um partido, uma ONG.
Mas e a reabilitação da missa em latim? E a tentativa de reabilitação dos tradicionalistas que rejeitaram o Vaticano 2º?
Não podemos esquecer que a condição imposta aos tradicionalistas era exatamente que aceitassem o Vaticano 2º. O catolicismo é, por natureza, inclusivo. Há espaço para quem gosta de latim, para quem não gosta, para todas as tendências políticas e sociais, desde que não se contraponham à fé da igreja.
Quem se opõe a essa abertura manifesta um espírito anticatólico. Vários grupos considerados progressistas caíram nesse sectarismo.
Esses grupos não foram exceção. Bento XVI sofreu dura oposição em todo o pontificado.
A maioria das críticas internas a ele partiu de setores da igreja que se deixaram colonizar pelo espírito da modernidade hegemônica e que não admitem mais a centralidade de Deus na vida. Erigem a opinião pessoal como critério último de verdade e gostariam de decidir os artigos da fé na base do plebiscito.
Tais críticas só expressam a penetração do secularismo moderno nos espaços institucionais da igreja.
Como descreveria a relação de Bento XVI com a modernidade?
É possível identificar um certo pessimismo na sua reflexão. Ele não está só. Há um rio de literatura sobre a crise da modernidade, que remete até mesmo a autores como Nietzsche e Freud. O que ele tem de diferente? Propõe uma saída: a abertura ao transcendente.
Ainda assim, há pessimismo.
Há algo que ele precisaria corrigir: Bento XVI leva a sério demais o secularismo moderno. É uma tendência dos cristãos europeus. Eles esquecem que o secularismo é uma cultura de minorias. São poderosas, hegemônicas, mas ainda assim minorias.
A religião é a opção de 85% da humanidade. Os ateus não passam de 2,5%. Com os agnósticos, não chegam a 15%. Minoria culturalmente importante, sem dúvida: domina o microfone e a caneta, a mídia e a academia. Mas está perdendo o gás. Há um reavivamento do interesse pela espiritualidade entre os jovens.
Que outras críticas o sr. faria a Bento XVI?
Ele preferiria resolver problemas teológicos a se debruçar sobre questões administrativas na Cúria. E isso gerou diversos constrangimentos no seu pontificado. Ele também não tem o carisma de um João Paulo 2º. De certa forma, era o esperado em um intelectual como ele.
Não está na hora de a igreja ficar mais próxima da realidade dos fiéis?
Bento XVI não resolveu um problema que se arrasta desde o Concílio Vaticano 2º: a necessidade de se criarem canais para a cúpula escutar e dialogar com as bases.
Os padres nas paróquias muitas vezes ficam prensados entre a letra fria que vem da cúpula e o cotidiano sofrido dos fiéis, que pode envolver dramas como aborto ou divórcio. Note que não sugiro mudanças no ensinamento da igreja. Mas acho que seria mais fácil para as pessoas viverem a doutrina católica se houvesse processos que facilitassem esse diálogo.
Como vê o futuro da igreja?
A modernidade não tem mais nada a dizer ao homem pós-moderno. Quais as ideologias que movem o mundo? Marxismo? Socialismo? Liberalismo? Neoliberalismo? Todas perderam credibilidade. Quem tem algo a dizer? As religiões e, sobretudo no Ocidente, a Igreja Católica.