quinta-feira, 27 de março de 2014

SOMOS TODOS IRMÃOS, MAIS ALGUNS NÃO ACEITAM QUE SÃO

Quando nasci, era preto.
Quando cresci, era preto.
Quando pego sol, fico preto.
Quando sinto frio, continuo preto.
Quando estou assustado, também fico preto.
Quando estou doente, preto.
E, quando eu morrer continuarei preto !

E tu, cara branco.
Quando nasce, é rosa.
Quando cresce, é branco.
Quando pega sol, fica vermelho.
Quando sente frio, fica roxo.
Quando se assusta, fica amarelo.
Quando está doente, fica verde.
Quando morrer, ficará cinzento.

E vem me chamar de homem de cor ?

(Escrito por uma criança Angolana)
Quando nasci, era preto.
Quando cresci, era preto.
Quando pego sol, fico preto.
Quando sinto frio, continuo preto.
Quando estou assustado, também fico preto.

Quando estou doente, preto.
E, quando eu morrer continuarei preto !

E tu, cara branco.
Quando nasce, é rosa.
Quando cresce, é branco.
Quando pega sol, fica vermelho.
Quando sente frio, fica roxo.
Quando se assusta, fica amarelo.
Quando está doente, fica verde.
Quando morrer, ficará cinzento.

E vem me chamar de homem de cor ?
(Escrito por uma criança Angolana)

quarta-feira, 26 de março de 2014

PADRE STANLEY É O NOVO VIGÁRIO ADMINISTRADOR DA FUTURA PARÓQUIA DE SÃO FRANCISCO CURRAIS NOVOS - RN


Hoje aconteceu um fato historico em nossa cidade, o nosso querido Pe. Stanley,
 foi nomeado Vigário Administrador da futura Paróquia de São Francisco no Parque Dourado.
A comunidade o acolheu com muita alegria, e entusiasmo. desejamos ao novo Administrdor 
da comunidade de São Francisco, um  feliz e abençoado pastoreio.Que Maria Santissima 
o  proteja nessa sua nova etapa em sua vida. 

PALAVRAS DO SANTO PADRE O PAPA FRANCISCO PARA OS BISPOS, PADRES E DIÁCONOS


Palavras do Santo Padre em sua audiência geral no dia de hoje: Duras para alguns, mas impulsionantes para outros!!!
"A Ordem, explicou Francisco, é o Sacramento que habilita ao exercício do ministério confiado por Jesus aos Apóstolos de apascentar com amor o seu rebanho, compreendendo três graus: episcopado, presbiterado e diaconato. Nesse sentido, os ministros que são escolhidos e consagrados para este serviço prolongam no tempo a presença e a ação do único verdadeiro Mestre e Pastor, que é Cristo.
Na verdade, o ministro ordenado é posto à frente da comunidade, mas este ato deve ser entendido como serviço: “Quem no meio de vós quiser ser o primeiro – ensinou Jesus – seja vosso servo”:
Em virtude da Ordem, o ministro dedica-se inteiramente à própria comunidade e ama-a com todo o seu coração: é a sua família. O bispo, o sacerdote amam a Igreja em suas comunidades e a amam fortemente. Como? Como Cristo ama a Igreja. O mesmo dirá S. Paulo do matrimônio: o esposo ama sua esposa, assim como Cristo ama a Igreja. É um mistério grande de amor. Os dois sacramentos, do ministério e do matrimônio, são o caminho pelo qual as pessoas habitualmente vão ao Senhor.
Por isso, o apóstolo Paulo recomenda ao seu discípulo Timóteo que não se canse de reavivar o dom que está nele, recebido pela imposição das mãos. Quando não se alimenta o ministério com a oração e também com o Sacramento da Penitência – advertiu o Pontífice - acaba-se por perder de vista, inevitavelmente, o sentido autêntico do próprio serviço:
O bispo ou o sacerdote que não reza, que não ouve a Palavra de Deus, que não celebra todos os dias, que não se confessa regularmente, acaba por perder a união com Jesus e se torna uma mediocridade que não faz bem à Igreja.
Por isso, devemos ajudar os bispos, os sacerdotes nesta direção, disse o Papa, que concluiu dirigindo-se aos que querem se tornar sacerdotes:
Não se vendem bilhetes de entrada. Trata-se de uma iniciativa que toma o Senhor. O Senhor chama, chama cada um que quer que se torne sacerdote. (...) Quem sentiu a vontade de se tornar sacerdote, de servir os outros, de estar toda a vida a serviço para catequizar, batizar, perdoar, celebrar a Eucaristia, cuidar dos doentes... Se algum de vocês sentiu isso no coração, foi Jesus quem colocou. Cultivem este convite e rezem para que ele cresça e dê o fruto em toda a Igreja."

DOM OSCAR SÓ QUERIA SALVAR SEU POVO, DISSE DOM LEONARDO STEINE

O bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, presidiu missa na noite de ontem, dia 24, em memória da morte do arcebispo salvadorenho, dom Oscar Romero, assinado há 34 anos, durante a Guerra Civil de El Salvador. A celebração acontece desde 2010 a pedido da Embaixada de El Salvador no Brasil. O assessor político da CNBB, padre José Ernanne Pinheiro, concelebrou a Eucaristia.
 A embaixadora de El Salvador no Brasil, Rina del Socorro Angulo Rojas, falou, no início da celebração, sobre três fatos importantes em relação a dom Oscar Romero. O primeiro foi a retomada do processo de beatificação do bispo, pelo papa Francisco. O segundo refere-se aos bispos do Conselho Episcopal Latino Americano (Celam), que fizeram memória aos clérigos latino-americanos vítimas da perseguição por causa de sua preferência pelos pobres. Por último, Rojas contou a atitude do presidente de seu país, que colocou uma placa comemorativa no aeroporto com o nome de dom Oscar, reforçando que ele foi a “voz do Senhor no momento mais difícil da história recente” de El Salvador.
Na homilia, dom Leonardo recordou a primeira leitura (2 Reis 5, 1-15) em que a serva de Naamã não se esquece das raízes e indica que seu amo vá até o profeta para ser curado da lepra. Para ele, dom Oscar não esqueceu das raízes da fé e sempre buscou salvar o seu povo. “Procurou sempre indicar uma luz, um caminho, não temendo a própria vida”, ressaltou.
Ao comentar o Evangelho (Lucas 4, 24-30), em que Jesus passa no meio dos que queriam atirá-Lo do precipício, dom Leonardo afirma que o bispo salvadorenho abriu caminhos com a própria vida e até hoje abre novos. “Com a própria vida abriu caminhos e nós achamos que com a morte terminou, não. Ele continua hoje abrindo tantos caminhos. Até colocaram uma placa para todo mundo poder dizer ‘entramos aqui numa história de um povo, de uma vida’”, enfatizou.
Dom Leonardo ainda destacou os pequenos gestos de dom Oscar Romero para salvar seu povo, como a reconciliação, o gesto de estender a mão, para que o povo consiga reconciliar-se. Nos gestos, segundo dom Leonardo Steiner, é onde os pobres são vistos, atendidos e reintegrados na sociedade.

NOMEIADO BISPO PARA CORNÉLIO PROCÓPIO - PR

O papa Francisco acolheu o pedido de renúncia apresentado por dom Getúlio Teixeira Guimarães, em conformidade com o cânon 401.1 do Código de Direito Canônico, e nomeou hoje, 26, como bispo da diocese de Cornélio Procópio (PR), dom Manoel João Francisco, transferindo-o da sede episcopal de Chapecó (SC).
Trajetória
Dom Manoel João Francisco é natural de Machados, Itajaí (SC). Recebeu a ordenação presbiteral em 8 de dezembro de 1973, em Navegantes (SC). Foi nomeado bispo em 28 de outubro de 1998. É bispo de Chapecó desde 21 de fevereiro de 1999.
Entre 2003 e 2007, foi presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB. Também atuou como referencial da Pastoral Indígena e da Liturgia no regional Sul 4 (Santa Catarina). Em 2011, foi eleito presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic).

sábado, 22 de março de 2014

PADRE ANCHIETA SERÁ PROCLAMADO SANTO EM 2 DE ABRIL DE 2014

A Rádio Vaticano informou ontem, 21, que o papa Francisco celebrará, em 24 de abril, uma missa na igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma, em ação de graças pela canonização do Beato José de Anchieta. Durante sua vida, o religioso teve intensa atuação na evangelização no Brasil, passando por diversas cidades. O decreto que tornará santo padre Anchieta será assinado pelo papa Francisco no dia 2 de abril.A beatificação de Anchieta foi feita pelo papa João Paulo II em 1980.
Também no dia 2 de abril, o papa Francisco vai assinar decretos de canonização de dois beatos franceses que promoveram a evangelização no Canadá: François de Montmorency-Laval e Maria da Encarnação Guyart.
Em São Paulo, haverá repicar dos sinos pela canonização do padre Anchieta, às 14h, em todas as igrejas da arquidiocese. No dia 6 de abril, às 11 horas, haverá uma missa em ação de graças, na Catedral da Sé. A missa será transmitida ao vivo pela TV Cultura e TVs de inspiração católica. 
 História
Nascido em Tenerife, nas Ilhas Canárias (Espanha), o jovem jesuíta desembarcou em solo brasileiro em julho de 1553, onde fundou, junto com o padre Manoel da Nóbrega, um colégio em Piratininga, que deu origem à cidade de São Paulo.
No decorrer de sua vida, o padre passou por cidades como São Paulo, Espírito Santo e Bahia propagando os ensinamentos do Evangelho. Faleceu na cidade de Reritiba (atual Anchieta no Estado do Espírito Santo) em 9 de junho de 1597.

FALECEU O PATRIARCA DA IGREJA SIRIAN ORTODOXA DE ANTIOQUIA

Morreu ontem, 21, na Alemanha, o patriarca da Igreja Siran Ortodoxa de Antioquia e de todo o Oriente, Moram Mor Ignacio Zakka I Iwas.
Segundo o arcebispo do Brasil e presidente da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil, dom Leolino Gomes Neto, o patriarca Moram teve um ataque cardíaco, enquanto se recuperava de uma cirurgia feita no coração. O patriarca ocupava a 122ª posição na sucessão petrina na Sé de Antioquia e, atualmente, morava no Líbano, devido à situação de instabilidade política na Síria.
O sepultamento será na Catedral de São Pedro e São Paulo, na cidade de Damasco, na Síria, em data ainda a ser definida.
Amanhã, 23, haverá celebração da santa missa em homenagem ao patriarca. A missa ocorrerá às 10 horas, no Mosteiro de Santo Efrém e São Basílio, em Samambaia (DF).
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta pesar pelo falecimento do patriarca Moram Mor e assegura suas orações e solidariedade a toda a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia e de todo o Oriente

PAPA NOMEIA BISPO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP

O papa Francisco nomeou hoje, 20, dom José Valmor César Teixeira, como bispo de São José dos Campos (SP), transferindo-o da diocese de Bom Jesus da Lapa (BA). A diocese estava vacante após a transferência de dom Moacir Silva para a arquidiocese de Ribeirão Preto (SP).
Dom José Valmor César Teixeira nasceu em 1º de março de 1953, em Rio do Sul (SC). Foi ordenado sacerdote em 9 de dezembro de 1979. A nomeação episcopal foi em 28 de janeiro de 2009, sendo ordenado bispo no dia 29 de março do mesmo ano. Seu lema episcopal é “Somos de Deus” ( 1 Jo 4,6).
Estudos
O novo bispo de São José dos Campos estudou Filosofia na Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras de Lorena (SP) e Teologia naStudium Theologicum da Pontifícia Universidade Católica de Curitiba (PR). Tem especialização em História da Igreja, pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, na Itália. Dom José Valmor César ainda tem cursos em Estudos Sociais e especialização em Educação.
Atuação
Antes do episcopado, dom César trabalhou em diversos cargos da missão Salesiana, principalmente na área educacional, como professor, conselheiro, diretor, ecônomo e encarregado de estudos. Em 2009, foi diretor do Novo Lar de Menores, em Viamão (RS). Desde 2009, atuava na diocese de Bom Jesus da Lapa (BA), quando foi nomeado bispo pelo papa Bento XVI.

PAPA DESTACA IMPORTÂNCIA DA CONFIANÇA EM DEUS

papa_confiança em DeusO homem que confia em si mesmo, nas próprias riquezas ou ideologias está destinado à infelicidade. Quem confia no Senhor, em vez disso, dá frutos mesmo em tempos de seca. Assim disse o Papa Francisco na Missa, desta quinta-feira, 20, na Casa Santa Marta.
As reflexões partiram da Primeira leitura do dia, que define como bendito o homem que confia em Deus. Francisco destacou que somente no Senhor a confiança é segura, outras confianças não servem, não trazem salvação nem alegria.
Às vezes, porém, lembrou o Santo Padre, o homem gosta de confiar em si mesmo ou nos amigos e nas ideologias, deixando Deus um pouco à parte. Mas o homem assim se fecha em si mesmo e fica sem horizontes, não pode se salvar. É o que acontece com o homem rico de que fala o Evangelho do dia: tinha tudo, mas não se dava conta de que, à sua porta, havia um pobre, coberto de feridas. Francisco observou que, ao passo que o pobre tinha um nome, Lázaro, o rico “não tem nome”.
“E esta é a maldição mais forte daquele que confia em si mesmo ou nas forças, nas possibilidades dos homens e não em Deus: perder o nome. (…) Todos nós temos esta fraqueza, esta fragilidade, de colocar as nossas esperanças em nós mesmos, nos amigos ou nas possibilidades humanas somente; e nos esquecermos do Senhor. Isso nos leva ao caminho da infelicidade”.
O Papa disse que, neste dia de Quaresma, fará bem a cada um perguntar-se onde coloca a sua confiança: em Deus ou nas coisas, nos ídolos. “Ainda tenho um nome ou comecei a perder o nome e me chamo ‘eu’? Eu, a mim, comigo, para mim, somente eu? Sempre aquele egoísmo. Isso não nos dará a salvação”.
Mas mesmo para quem “perdeu o nome” e confia em si mesmo, há uma porta de esperança, pois Deus é Pai e tem sempre uma resposta para dar ao homem, uma única palavra: “Filho!”
“Se algum de nós, na vida, de tanto ter confiança no homem e em nós mesmos, acabamos por perder o nome, perder a dignidade, ainda há uma possibilidade de dizer esta palavra que é forte: ‘Pai’. Ele sempre nos espera para abrir uma porta que nós não vemos e nos dirá: ‘Filho’. Peçamos ao Senhor a graça de que dê a todos nós a sabedoria de ter confiança somente n’Ele, não nas coisas nem nas forças humanas, somente n’Ele”.

HUMILDDE E ORAÇÃO PARA NÃO "MATAR" A PALAVRA, PEDE O PAPA FRANCISCO

papa_PalavraPara não “matar”, no coração, a Palavra de Deus, é necessário ser humilde e capaz de rezar. Essas são duas atitudes indicadas pelo Papa Francisco ao comentar o Evangelho, na Missa desta sexta-feira, 21, na Casa Santa Marta.
Se um cristão não é humilde e não reza, pode se apropriar da Palavra de Deus e configurá-la ao próprio gosto. As reflexões partiram do Evangelho do dia, em que Jesus conta a parábola dos vinhateiros que mataram os servos e o filho do patrão para tomarem posse da herança. O relato foi uma forma de Jesus mostrar a que ponto se chega por não ter o coração aberto à Palavra de Deus.
“Este é o drama deste povo, e também o nosso drama! Apropriaram-se da Palavra de Deus, e esta se tornou palavra deles, uma palavra segundo os seus interesses, as suas ideologias e teologias… a seu serviço. E cada um a interpreta segundo a própria vontade, segundo o próprio interesse. Este é o drama deste povo. E para conservar isso, mata. Isso aconteceu com Jesus”.
Os chefes dos sacerdotes e dos fariseus entenderam que a parábola se referia a eles e então procuravam matar Jesus. Assim, a Palavra de Deus se torna morta, aprisionada. E é exatamente isso que acontece com o homem quando ele não se abre à novidade da Palavra e não a obedece, explicou Francisco.
O Papa lembrou, contudo, que ainda há esperança, pois a Palavra de Deus morreu no coração desse povo e pode morrer também no coração do homem de hoje, mas não acaba porque está viva no coração das pessoas simples, humildes, do povo de Deus. Apesar do desejo de matar Jesus, os fariseus tinham medo da multidão que considerava Jesus um profeta.
“Aquela multidão simples, que seguia o Senhor, porque aquilo que Ele dizia fazia bem ao seu coração, a aquecia e não a fazia errar, não usava a Palavra de Deus para o próprio interesse, pois ela a ouvia e procurava ser um pouco melhor”.
Na conclusão, o Papa falou das atitudes que os fiéis devem ter para não matar os ensinamentos de Jesus: humildade e oração.
“Com humildade e oração seguimos adiante para escutar a Palavra de Deus e obedecê-la. E assim não acontecerá conosco aquilo que aconteceu a este povo: não mataremos para defender a Palavra, aquela na qual nós acreditamos, mas que está totalmente alterada por nós”.

PAPA FRANCISCO É UM FENÔMENO, DIZ O PAPA EMERITO BENTO XVI

francisco e bento XVI
“Estou muito contente com a minha renúncia, porque Deus preparou depois de mim um fenômeno”, diz Bento XVI. Na foto, o encontro histórico entre os dois /Foto: L´Osservatore Romano
O Papa Francisco é um fenômeno! A afirmação é do Papa emérito Bento XVI. A frase foi testemunhada pelo prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal Dom João Braz de Aviz.
“Quando o Papa Bento XVI comentou sobre Francisco, nós ficamos muito contentes, porque ele disse assim : ‘Estou muito contente com a minha renúncia, porque Deus preparou, depois de mim, um fenômeno’. Ele chama Papa Francisco de ‘fenômeno’”, enfatiza Dom Aviz.
Acesse
Seguindo as palavras de  Bento XVI, nada mais justo do que, realmente, qualificar o primeiro ano de pontificado de Francisco como um fenômeno visto em todo o mundo.
“A gente vai ao barbeiro e ele fala do Papa pra gente! Vai, em qualquer lugar, e falam do Papa pra gente. Isso, na Europa, lugar em que já não se falava mais de religião”, conta entusiasmado o Cardeal Dom João.
O Papa argentino deu início ao ministério petrino, no dia 19 de março de 2013, ao receber o Pálio e o anel de pescador. De lá para cá, foram 365 dias intensos, seguidos, passo a passo, por gente do mundo inteiro.
O Papa Francisco é um fenômeno, diz Bento XVI
“Com sua simplicidade, Francisco está surpreendendo o mundo”, diz Dom Décio Zandonade /Foto: L´osservatore Romano
“É algo simplesmente maravilhoso. O Espírito Santo suscita para cada época aquelas pessoas que se tornam profetas de um mundo novo. O Papa Francisco, com toda sua simplicidade, sabedoria, trazendo no coração todas as experiências com as igrejas da América Latina, está surpreendendo o mundo e, ao mesmo tempo, favorecendo a expansão missionária”, afirma o Bispo de Colatina (ES), Dom Décio Zandonade.
Números do 1º ano de pontificado
A insistência de Francisco, na ação missionária, ao pedir uma Igreja de portas abertas, que vá às periferias reais e as existenciais, concretiza-se em números expressivos neste primeiro ano de pontificado.
Até o fim de fevereiro, foram 38 audiências gerais, às quartas-feiras, tendo, em média, 50 mil peregrinos em cada encontro. Uma viagem apostólica internacional ao Brasil e três viagens em território italiano.  Foram 149 discursos, 252 homilias,  nove visitas pastorais às paróquias romanas.
A esses números, unem-se ainda uma Encíclica, uma Exortação Apostólica, quatro Motus Proprios, 36 cartas apostólicas, a criação de uma Secretaria para a Economia e um número incontável de ligações em resposta às correspondências que ele recebe diariamente.
Segredo de Francisco
Um Papa que fala,  com palavras e gestos,  que a esperança não pode ser perdida e que a Igreja é mãe de todos. E o segredo de Francisco é bem simples: “Ele encarnou o Evangelho e esse Evangelho agora transmite”, conta o bispo de Itabuna (BA), Dom Ceslau Stanula.
“O mundo evoluiu tanto, mas está perdendo a esperança, perdendo um pouco a confiança naquilo que construiu. E vem um Papa que diz: ‘Não deixem que tirem a esperança de vocês e  não a tirem dos outros!’ Eu acho que isso é magnífico. Por exemplo, a exortação Evangelii Gaudium é o conselho de um pai que ensina [os filhos] a se encontrarem com Cristo”, declara Dom Ceslau.
Segundo o bispo de Caraguatatuba (SP), Dom  José Carlos Chacorowski, nesses 12 meses, o “jeito Francisco de ser” tem apontado para o essencial do compromisso cristão. “É o tempo da graça que Deus nos oferece por meio de um homem simples e humilde, que vem da América Latina e apresenta ao mundo, na sua  simplicidade, a novidade do Evangelho”, afirma.
Protagonismo da América Latina
E esse “jeito de ser” tem  um componente original: a imprevisibilidade. Portanto, não é tarefa fácil prever os próximos passos desse pontificado. O prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Dom Fernando Filoni, dá algumas pistas. Ele afirma que podemos esperar de Francisco um incentivo ao protagonismo da América Latina.
“O Santo Padre me disse: ‘a América Latina tem de compreender que ela teve a capacidade de doar um Papa à Igreja (…), tem de ter uma capacidade missionária após os 500 anos de Evangelização’”, revela.
O arcebispo diz  ainda que Francisco afirmou a necessidade de o povo latino entender sua riqueza e  força. “O Papa disse: ‘A América Latina chora – não temos isso, não temos aquilo… temos necessidades… – Isso não é verdade! A América Latina tem riquezas extraordinárias! Vamos pensar na alegria da fé, no entusiasmo, na riqueza humana, na riqueza espiritual. A América é tão pobre que não tem nada para dar? Isso não é verdadeiro”, declarou o Papa ao arcebispo.
Em meio aos questionamentos sobre o que mais esperar de Bergoglio, o Cardeal João Braz de Aviz lembra o mais importante: “Ele combate com o Evangelho (…), ele é o nosso Papa da consolação, pois explica para nós a vida como Deus que consola, não como Deus que julga, porque o Senhor não é juiz , Ele não olha o pecado, mas  olha a pessoa”

quarta-feira, 19 de março de 2014

DIA DE SÃO JOSÉ, ESPOSO DA VIRGEM MARIA, PAI NUTRÍCIO DO FILHO DE DEUS - PATRONO DA IGREJA CATÓLIC


Ao narrar o nascimento de Jesus, o evangelista Mateus, destaca a figura de José, colocando-o em estreita relação com Abraão, o pai de povo hebreu e com Davi, de cuja descendência nasceria o Salvador. (Cf. Mt, 1, 1-24). Em sua descrição genealógica, demonstra que entre Abraão e Davi, houve quatorze gerações e de Davi até o exílio da Babilônia, mais quatorze gerações e desde aí até o nascimento de Cristo, mais quatorze, sinalizando o simbolismo do número sete, o número da plenitude, duplamente presente nas três partes da ordem genealógica. Passa a descrever a forma espiritual e miraculosa com que se deu o nascimento de Jesus Cristo, narrando a experiência vital de José, o homem justo, demonstrando que mais importante que o puro dado genealógico, é a descendência na linha da fé, cuja origem maravilhosa está em Abraão aquele que acreditou contra toda esperança. São Paulo, na carta aos Romanos (cf. Rom.4, 1-25), discorre sobre a justificação de Abraão pela fé, uma vez que não se salvou pela observância da lei só revelada bem mais tarde no Sinai a Moisés. Tal fé tem seu ponto máximo ao momento do nascimento do Messias, e para ela se abrem de forma esplendorosa José e Maria de Nazaré. José, ao lado da santa esposa, está posto nos umbrais do momento messiânico, provado por Deus e mostrado como modelo de fé e disponibilidade diante o plano do Altíssimo. Mateus classifica José como homem justo, aquele em cuja alma se dava a justificação do alto, aquele cujo espírito estava ajustado de forma madura e plena com o Senhor do Universo, Deus Pai amoroso e onipotente que cria e salva a humanidade. Pela sua fé, na condição de esposo legal e casto de Maria, se realiza a paternidade espiritual pela qual o Salvador, gerado pela força do Espírito Santo no seio virginal da jovem de Nazaré, cumpre a promessa feita aos primeiros pais e confirmada na profecia de Natan a Davi.
Em José se evidencia de forma eloquente a vocação do homem maduro que se realiza em ser fiel a toda prova, ao não abandonar Maria na concepção extraordinária do Menino de Belém. Nele se pode contemplar a integridade de alma, ao despojar-se de si mesmo diante do plano de Deus, disponibilizando-se total e indivisamente para a missão de ser pai legal, adotivo, do Menino Deus. Ao lado da Virgem esposa, José é modelo de pai que cuida do filho, na certeza de estar servindo humildemente a Deus e de estar diante de um mistério que só pode ser entendido dentro do prisma da mais genuína fé e do mais completo amor.
Na vida da Igreja, José sempre ocupou lugar de distinção, respeito e veneração. Os documentos do século VII, a festa litúrgica introduzida no século XII, a expansão de sua devoção no ocidente, sobretudo a partir do século XV e as várias distinções dadas ao seu nome nos tempos modernos, fazem de São José um dos santos mais queridos e populares do mundo cristão. O papa Pio IX (1846-1878) o declarou Patrono Universal da Igreja, por ter sido escolhido por Deus para cabeça da família de Nazaré, a primeira Igreja Doméstica. Sendo esposo de Maria Santíssima, pai putativo de Jesus, se torna também patrono da Igreja, Corpo Místico de Cristo.
Mediante a confiança depositada por Deus neste homem justo e bom, o fiel encontra razões para submeter-se ao seu patrocínio e à sua intercessão, em Cristo, para que suplique ao Pai em todas as suas necessidades, sobretudo as relacionadas com a família, a educação dos filhos e a manutenção geral dos lares. Muitos seminários e outras casas de formação dos futuros sacerdotes são postos sob o patrocínio de São José, bem como mosteiros e conventos, pois ele é modelo de alguém que se entregou total e indivisivelmente à obra do Senhor, não querendo nada para si, mas tudo para Deus.

PAPA FRANCISCO: UM HOMEM SURPREENDENTE

Há exato um ano foi escolhido Papa, o cardeal argentino Jorge Mário Bergoglio. Contava, então, com 76 anos de idade. Tal fato representou uma grande surpresa: um latino-americano eleito para bispo de Roma. 

Nestes meses de seu ministério, ele tem demonstrado estar disposto a abrir “novas portas”, na e para Igreja, mais condizentes com o mundo atual e o futuro. Muito se tem falado e comentado a respeito de suas atitudes, gestos e decisões que tem gerado surpresas – com aplausos da maioria e algumas discordâncias – como: recusar-se a morar no Palácio Apostólico, desejando uma vida mais simples e a possibilidade de se estar mais próximo às pessoas; faz questão de usar paramentos simples nas celebrações litúrgicas; adotou o uso de um automóvel mais simples e popular para sua locomoção; tomou providências para tornar transparentes as atividades do IOR (Instituto para as Obras de Religião). Por outro lado, se percebe uma expectativa grande em torno de suas decisões, afinal, o Papa Francisco tem manifestado o desejo de que a Igreja e, especialmente seus ministros, sejam capazes “de aquecer o coração das pessoas, de caminhar na noite com elas, de dialogarem com as suas ilusões e desilusões, de recompor as suas desintegrações; (...) capazes de descer na noite sem ser invadidos pela escuridão e perder-se; capazes de ouvir a ilusão de muitos, sem se deixar seduzir; capazes de acolher as desilusões, sem desesperar-se nem precipitar-se na amargura; capazes de tocar a desintegração alheia, sem se deixar dissolver e decompor na sua própria identidade”(Papa Francisco. Discurso aos Bispos do Brasil. 27/7/2013).
Por que desse desejo? Porque “faz falta uma Igreja capaz de redescobrir as entranhas maternas da misericórdia”. Pois, “sem a misericórdia, poucas possibilidades temos hoje de inserir-nos em um mundo de ‘feridos’, que tem necessidade de compreensão, de perdão, de amor” (Discurso aos Bispos do Brasil. 27/07/2013).
Para levar a termo a obra da evangelização, a Igreja pede à sociedade uma única coisa: “a liberdade de anunciar o Evangelho de modo integral, mesmo quando ele está em contraste com o mundo, mesmo quando vai contra a corrente, defendendo o tesouro de que é somente guardião, e os valores dos quais não pode livremente dispor, mas que recebeu e aos quais deve ser fiel (...). A Igreja tem o direito e o dever de manter acesa a chama da liberdade e da unidade do homem” (idem).
Neste mesmo discurso aos bispos do Brasil, o Papa dizia que “a Igreja tem uma palavra a dizer sobre, por exemplo, educação, saúde, paz social. Estas são urgências no Brasil... Para responder adequadamente a esses desafios, não são suficientes soluções meramente técnicas, mas é preciso ter uma visão subjacente do homem, da sua liberdade, do seu valor, da sua abertura para o transcendente”.
As observações do santo padre não podem passar ignoradas. Já se passou mais de meio ano desde sua visita ao Brasil! Tais observações são um convite à reflexão e ao diálogo honesto no seio de nossas comunidades e entre as forças que compõem a nossa sociedade. Se desejamos construir verdadeiramente uma “Terra sem males”, precisamos urgentemente discutir com seriedade o modelo de nação que queremos; precisamos também nos dispor e preparar para o diálogo com as forças que compõem a nossa sociedade; mas precisamos também exigir daqueles que receberam do povo a tarefa de representá-lo nas instâncias de debates e decisões, a coragem para o estudo, o debate, o diálogo, para que não sejamos lançados à margem do processo por lobbys ou grupos que não levam em consideração a vida e vida em plenitude para todos.
Dom Jaime Spengler

ORGÃOS: TRÁFICO E DOAÇÃO


Um dos bons ofícios da Campanha da Fraternidade é estimular nossa reflexão. A questão do tráfico humano nos leva a ponderações sobre o nosso corpo. Ele está no centro da questão do tráfico humano:está em jogo o corpo. Ele sofre a exploração.
O corpo é ao mesmo tempo expressão visível da vida humana, e condição indispensável de sua existência. Se o corpo exerce corretamente suas funções, a vida flui, exuberante. Se o corpo tem dificuldade de funcionamento, a vida padece. O atestado de morte mais radical é o médico constatar a “falência múltipla dos órgãos”.
Por mais que cultivemos a certeza de uma sobrevida, que ultrapasse nossos condicionamentos físicos, a vida humana nunca deixa de se expressar através do corpo. Ele é um “organismo” integrado de forma admirável e prodigiosa, com todos os seus “órgãos” funcionando a serviço do prodígio maior, que é a vida humana.
Os múltiplos órgãos do corpo funcionam a serviço da vida humana. O cuidado com o corpo ultrapassa sua consistência física. Sua finalidade não se detém no corpo. Ele se posiciona em direção à vida.
O corpo está em função da vida. E a própria vida humana encontra seu sentido mais profundo quando ela também encontra uma finalidade maior, que a justifica plenamente.
“Ninguém vive para si mesmo”, alerta São Paulo. Nossa vida também não é “auto-referencial”. Ela gira em torno de um mistério maior.
Aí entra uma questão central que a Campanha da Fraternidade levanta neste ano. Como usar do corpo, para que ele esteja plenamente a serviço da vida.
Salta aos olhos a perversidade de quem se julga no direito de dispor de órgãos humanos, fazendo deles mercadoria, colocada à venda para fins lucrativos.
Desta maneira, se explora o corpo humano, com os expedientes usados para a obtenção dos órgãos que são vendidos como mercadorias, pervertendo sua finalidade, fazendo do corpo um instrumento de exploração, ferindo a dignidade humana.
Tanto a finalidade, como os procedimentos para obtenção forçada de órgãos, se tornam, assim, desumanos e anti-éticos.
Quando, porém, a pessoa humana, consciente do significado transcendente de sua vida, ela própria decide colocar gratuitamente seus órgãos, que permanecem sempre a serviço de sua vida pessoal, para estarem eventualmente a serviço da vida de outras pessoas, que estiverem na dependência de receber tais órgãos, aí muda de sentido, radicalmente.
Pois neste caso, de doação livre dos órgãos, eles são colocados a serviço da vida humana.
Assim, a doação livre dos próprios órgãos, para ficarem à disposição de pessoas que necessitam deles, é um gesto que toma sentido na finalidade suprema da existência humana, que consiste em doar a própria vida por amor.
Para que a doação de órgãos tenha este sentido, é preciso que seja feita em plena liberdade. Como fez Jesus. Ele enfatizou claramente: “Ninguém tira minha vida, eu a dou livremente”.(Jo 10,18)
O corpo humano pode, assim, ser colocado como expressão do amor, que justifica a doação total da própria vida. É isto que está na origem do sacramento da Eucaristia. Tendo assumido um corpo humano, o Filho de Deus fez deste corpo, o sinal maior de seu amor.
A quaresma recorda e revive este gesto maior de Cristo. Ele entregou seu corpo para expressar seu amor por nós!
Dom Luiz Demétrio Valentini

SOMOS CONVIDADOS A PENITÊNCIA


 O perdão de nossos pecados,é uma necessidade espiritual. Mas também psicológica. Nada melhor do que o pecador se sentir perdoado. “Feliz aquele cuja iniquidade foi perdoada” (Sl 31, 1). Isso é benéfico para nós. Restaura nossa autoestima. Sentir-se perdoado significa ter a sensação segura de ser amado.
Trata-se de uma grande experiência interior, portadora da paz e do equilíbrio psicológico. Faz levantar a cabeça. Mas como se pode obter a misericórdia divina em nosso favor? Que possibilidades de perdão o Pai Justo (Jo 17, 25) nos oferece para a purificação de nossas consciências? Cito alguns caminhos, uns mais largos e outros mais estreitos. Entre eles lembro o amor profundo e total para com Deus. “A caridade é o vínculo da perfeição” (Col 3, 14). É bem difícil, mas muitos alcançam essa graça. Cito, sobretudo, a prática da caridade para com o próximo. “A caridade apaga uma multidão de pecados” (1 Pd 4, 8). Esse é um caminho bastante seguro, ao alcance de nossas mãos. Também, vinculadas ao poder legítimo da Igreja, estão as indulgências, cujo poder de perdão provem dos tesouros de santidade dos filhos da esposa de Cristo.
Mas um caminho proposto por Jesus, e aberto pela bondade do Salvador, é o Sacramento da Penitência, também chamado de Confissão. É um caminho seguro para a misericórdia divina, contanto que nos arrependamos e nos ponhamos na senda da mudança interior. Nós acreditamos no poder que Jesus deu à sua Igreja de perdoar, em nome de Deus, os pecados do povo. “Somos embaixadores da reconciliação...Em nome de Cristo vos pedimos: deixai-vos reconciliar com Deus” (2 Cor 5, 19-20). Esse sacramento não só perdoa os pecados, - por mais graves que sejam, - mas nos dá forças para praticar o bem. O Papa Francisco sugere que todas as Paróquias do mundo facilitem, nesta quaresma, a aproximação dos Fiéis, a este sacramento. O sacramento é tão humano, que até a Psicologia adotou a “confissão” como um método de terapia. Só existe uma diferença: após o relato diante de psicólogo, este pode orientar o paciente e mostrar o caminho da recuperação. Mas o Sacerdote pode perdoar, em nome de Deus. E isso é uma segurança para nós. “Se o mau renunciar à sua malícia e praticar o bem, ele viverá” (Ez 33, 19).

                                      Dom Aloísio Roque Oppermann

NESTE DOMINGO JESUS SE ENCONTRA COM A SAMARITANA NO POÇO JACÓ


O encontro de Jesus com a samaritana frente ao poço de Jacó traz-nos sobejo alimento para nossa preparação à celebração da Páscoa. Jesus pede a água material para saciar sua sede física. Ele prova ter natureza humana. Ao mesmo tempo ele promete à mulher a água viva que sacia a sede de infinito, trazida da fonte do amor de Deus. O conhecimento manifestado pelo Mestre sobre a história da vida da samaritana a faz vislumbrar-se e anunciar a todos a presença do Messias (Cf. João 4,5-42). Na vida desregrada dela podemos contemplar as dificuldades e os entraves da convivência humana nem sempre acertada com os ditames da proposta divina.

No poço humano de nossa caminhada encontramos a variedade de situações angustiantes. Não por menos tratamos na Quaresma sobre o porquê da vida no seguimento a Jesus Cristo. No colóquio com Ele vamos percebendo a dimensão do humano entrecruzado com o divino. O desejo da água viva do Messias nos faz pessoas com vontade de crescimento. Precisamos da água e de tudo o que é material. Mas devemos saber usá-los na perspectiva da vida de sentido. Na realidade das injunções humanas e desumanas encontramos todo tipo de convivência, inclusive à do tráfico de pessoas. Aí acontece a exploração dos mais frágeis pelos inescrupulosos, tirando vantagem econômica dos feitos escravos, comercializados, agredidos física, sexual e moralmente. Crianças, jovens, mulheres são usados como meio de ganho, crianças usadas como fontes de extração de órgãos para serem transplantados em outras pessoas de outros lugares. Há mão de obra escrava, discriminações e desrespeito à dignidade humana. Tudo isso se nos é apresentado à consideração na Campanha da Fraternidade para o colocarmos no encaminhamento da fé transformadora, levando-nos a assumir a água viva do Cristo que nos faz ressuscitar para uma vida de verdadeira justiça e fraternidade. Sem compromisso com a promoção da vida humana digna e justa não há celebração da Páscoa! Ele se dá na conversão para vivermos da água viva do amor de Deus, que nos faz solidários e comprometidos em também darmos aos outros a vida que Jesus nos trouxe.
Somos convidados a participar do encontro de Jesus com a samaritana junto ao poço de Jacó. Talvez sejamos como aquela mulher, necessitada da mudança de vida, sendo alimentados com a água viva do Salvador. Com ela vamos chamar as pessoas para escutarem e seguirem a Jesus. Precisamos de descruzar os braços para implantarmos em nosso convívio os valores do Senhor. A cidadania é desrespeitada demais. As famílias são esfaceladas com a mentalidade consumista e hedonista. A juventude precisa de quem lhe dê um norte diferente da droga, da corrupção política, do descompromisso com os valores da justiça, da promoção da formação e educação na fé para assumirmos os valores éticos e da convivência fraterna. Isto se faz na doação de si, na busca de um ideal de promoção da vida digna para todos, a partir dos mais deixados de lado e descriminados.
A formação da fé nos leva a seguirmos os passos do Mestre e obtemos a paz, tão necessária no convívio humano, como lembra Paulo: “Irmãos, justificados pela fé, estamos em paz com Deus” (Romanos 5,1)

                                                            Dom José Alberto Moura

PAPA NOMEIA BISPO PARA PALMARES - PE

O papa Francisco nomeou hoje, 19, dom Henrique Soares da Costa, como bispo de Palmares (PE), transferindo-o da arquidiocese de Aracajú (SE), onde era bispo auxiliar. A diocese estava vacante após renúncia de dom Genival Saraiva de França, acolhida pelo papa Francisco, conforme prevê o Código do Direito Canônico.
Dom Henrique Soares da Costa nasceu em 11 de abril de 1963, em Penedo (AL). Recebeu a ordenação presbiteral no dia 15 de agosto de 1992. Foi nomeado bispo pelo papa Bento XVI em 1º de abril de 2009, sendo ordenado em 16 de junho do mesmo ano. Seu lema episcopal é “Apascentar em Cristo”.
Formação
O novo bispo de Palmares (PE) é formado em Filosofia pela Universidade Federal de Alagoas. Cursou Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma (1993-1994). Possui mestrado em Teologia Dogmática com ênfase aos estudos da eclesiologia.
Trajetória
Na arquidiocese de Maceió, foi membro do Conselho Presbiteral, do Cabido Metropolitano, do Colégio de Consultores; Vigário Episcopal para os leigos e coordenador da Comissão de Formação Política e responsável pelos diáconos permanentes. Atuou como professor de teologia no Seminário Provincial de Maceió e no Curso de Teologia do Centro de Estudos Superiores de Maceió (Cesmac). Lecionou, ainda, no Instituto Franciscano de Teologia, em Olinda, e no Instituto Sedes Sapientiae, em Recife. Foi vigário episcopal para os leigos, membro do Cabido dos Cônegos da Catedral  e coordenador da Comissão de Formação Política.

sexta-feira, 14 de março de 2014

QUAL A DIFERENÇA ENTRE A IGREJA CATÓLICA E A ORTODOXA?

qual-e-a-diferenca-entre-a-igreja-catolica-e-a-ortodoxa
 
São muitas. Enquanto os católicos seguem fielmente o papa, os ortodoxos possuem maior independência: a única função do patriarca - o cargo mais alto em sua hierarquia - é manter a unidade da Igreja. As cruzes também não são iguais: a dos ortodoxos tem três barras. A de cima foi acrescentada por acreditarem que teria servido para a famosa inscrição INRI (abreviação de Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus).
A de baixo teria recebido os pés de Cristo, pregados em separado e não juntos como crêem os católicos. Existem ainda outras diferenças ritualísticas (veja a tabela abaixo). Até o final do século X, as duas igrejas eram uma só, com os católicos de hoje radicados na Europa Ocidental e os ortodoxos ao leste, na Grécia e na Turquia. "A Igreja Ortodoxa surgiu com o objetivo de espalhar o Cristianismo pelo Oriente", afirma o teólogo Rafael Rodrigues da Silva, da PUC-SP. Com o tempo, as diferenças culturais criaram várias rusgas entre elas, como a que diz respeito à língua oficial dos cultos: os cristãos do Ocidente queriam o latim, enquanto os do Oriente não abriam mão do grego e do hebraico. A separação veio em 1054, no chamado Cisma do Oriente. Os ortodoxos questionavam a autoridade papal e não aceitaram a interferência de um cardeal enviado pelo papa Leão IX a Constantinopla, na Turquia. Resultado: o patriarca Miguel Cerulário foi excomungado pelo Vaticano.
Cerulário deu o troco excomungando os católicos e consolidando o rompimento.
Dissidências de uma mesma crençaVários pontos separam o Cristianismo do Ocidente e o do Oriente REGRAS E RITUAIS - Voto de castidade
ORTODOXOS - Opcional para padre, obrigatório para bispo
CATÓLICOS - Obrigatório para todo sacerdote
REGRAS E RITUAIS - Papa
ORTODOXOS - Não reconhecem sua autoridade
CATÓLICOS - É a autoridade máxima
REGRAS E RITUAIS - Quaresma
ORTODOXOS - Dura 47 dias
CATÓLICOS - Dura 40 dias
REGRAS E RITUAIS - Calendário
ORTODOXOS - Usam o Juliano, com 13 dias a mais no ano
CATÓLICOS - Usam o Gregoriano com 365 dias
REGRAS E RITUAIS - Natal
ORTODOXOS - Comemoram em 7 de janeiro
CATÓLICOS - Comemoram em 25 de dezembro
REGRAS E RITUAIS - Imagens dos santos
ORTODOXOS - As igrejas não têm estátuas deles, só pinturas
CATÓLICOS - Não há restrições às estátuas
REGRAS E RITUAIS - Cruz
ORTODOXOS - Tem três barras
CATÓLICOS - Tem apenas uma barra horizontal

PAPA FRANCISCO QUER ESTUDAR AS UNIÕES HOMOSSEXUAIS PARA ENTENDER SEUS PORQUES


Como bom jesuíta, o papa Francisco adota a prática inaciana de analisar pareceres e informações a propósito dos diversos assuntos. E um dos temas que ele vem estudando são as uniões entre pessoas do mesmo sexo. "Não há nenhuma bênção no horizonte, nem uma abertura doutrinária", mas sobre a mesa, "entre os muitos assuntos a considerar, também está o dos casais gays" (Il Messaggero, 10 de março).

Em particular, o interesse do papa se concentra na pastoral com as crianças adotadas por parceiros homossexuais. "Os pequenos têm direito a um batismo e a um caminho de fé, exatamente como todos os outros, nem mais nem menos".

Francisco já abordou a questão ao falar com os superiores gerais das congregações religiosas, no final de novembro, observando que, "no âmbito educativo, as uniões gays nos apresentam novos desafios que às vezes são difíceis de entender".

E é para entender os contextos desses novos núcleos que o papa enviou a todas as conferências episcopais um questionário com 38 perguntas sobre uniões homossexuais, aborto, divórcio, sexo antes do casamento e eutanásia, entre outros assuntos, para formar um panorama da sociedade atual. O sínodo sobre a família, convocado para o próximo semestre, analisará todas essas questões.

O cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova Iorque, disse em entrevista à rede NBC que o papa Francisco "quer estudar as uniões gays e civis para compreender as razões que levaram alguns países a legalizar a união civil de casais do mesmo sexo" (L’Unità, 10 de março).

O pontífice, acrescentou Dolan, "não chegou a dizer que é a favor das uniões homossexuais", mas que os líderes da Igreja devem "olhar para essas uniões e ver as razões que as fizeram se tornar uma realidade, em vez de se apressar em condená-las. Vamos simplesmente tentar nos fazer perguntas sobre o porquê de algumas pessoas terem recorrido a essas uniões”.

O cardeal reiterou que a centralidade do casamento entre homem e mulher para a sociedade não é apenas um "fato de interesse sagrado e religioso". Disse ele: "Se diluirmos o significado sagrado do casamento, a minha preocupação é que não só a Igreja sofra as consequências, mas toda a nossa sociedade e a nossa cultura". Tentar entender as razões de quem defende outros caminhos, no entanto, "é bem diferente, e o papa seria o primeiro apoiador desse esforço de entendimento".

De acordo com Dolan, o papa quer prestar atenção às várias situações, evitando as casuísticas que simplificam o fenômeno e sacrificam a humanidade da pessoa e a atenção que ela merece, no caminho da misericórdia e do acolhimento do homem contemporâneo. Afinal, esse “percurso de acolhimento” faz parte da definição de Igreja para Bergoglio.

Nos Estados Unidos, os pronunciamentos do papa Francisco sobre as uniões entre pessoas do mesmo sexo são acompanhados com particular interesse desde julho do ano passado, quando ele declarou: "Se alguém é gay e procura Deus com boa fé, quem sou eu para julgar?". Em setembro, a histórica revista gay "The Advocate" dedicou a sua capa ao pontífice (La Stampa, 10 de março).

O papado de Bergoglio se mostra cada vez mais aberto e corajoso. Na Igreja de Francisco, como observou o cardeal Francesco Coccopalmerio, presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, "podemos dizer o que pensamos" e discutir os assuntos "respeitando a doutrina", mas "sem fingir que os problemas não existem, como no caso dos divorciados que voltam a se casar​​" (La Repubblica, 10 de março).

O papa, comenta dom Domenico Mogavero, bispo de Mazara del Vallo e membro da Comissão Episcopal para os Migrantes, "está trilhando novas estradas de misericórdia em vez de condenação. Ele não vai mudar a doutrina da Igreja sobre o casamento entre homem e mulher, mas vai estudar novas soluções pastorais sobre as novas realidades, que incluem as uniões que surgem sem o vínculo do matrimônio. Esta perspectiva de abraçar em vez de fechar encontra resistências, infelizmente, dentro da Igreja, mas também encontra muitos bispos e leigos dispostos a assumir o risco de segui-la".

O que o papa está pedindo da Igreja de hoje, disse dom Mogavero, é "mais misericórdia, mais amor e não a condenação. Não a cruzada. O papa João XXIII já nos pedia para condenar o erro, mas não condenar quem erra. Ele foi criticado dentro da Igreja, como acontece hoje, em parte, com Francisco. Mas nós temos que prosseguir sem medo. Existe uma humanidade ferida que pede ajuda e consideração. Os casais não unidos em matrimônio​​, os casais homossexuais, são uma realidade. A Igreja não pode se esconder atrás dos muros. Temos que evitar tanto o extremismo de quem quer aberturas incondicionais quanto o de quem só quer que a Igreja se feche, mas precisamos procurar novas maneiras de trazer a todos a mensagem de Jesus".