quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

DIOCESE DE CAICÓ - RN

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PAPA FRANCISCO INICIA SEU PRIMEIROCONSISTÓRIO


Papa Francisco inicia seu primeiro Consistório
A família “é célula fundamental da sociedade humana”, disse o papa Francisco na abertura dos trabalhos do Consistório extraordinário, que teve início hoje, 20, no Vaticano.
Estão presentes 185 cardeais, com a participação dos 19 prelados que serão criados cardeais pelo papa Francisco sábado, 22, entre eles o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta.
Em foto divulgada pela Rádio Vaticano, o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, aparece caminhando ao lado do papa Francisco.
O colégio cardinalício está reunido para refletir sobre temas relacionados à Família.  “A nossa reflexão terá sempre presente a beleza da família e do matrimônio, a grandeza desta realidade humana, tão simples e ao mesmo tempo tão rica, feita de alegrias e esperanças, de fadigas e sofrimentos, como o é toda a vida”, comentou o papa no início da reunião.

Reflexão
Durante o Consistório serão aprofundadas a teologia da família e a pastoral que deve ser implementada no contexto atual.  O papa Francisco pediu aos cardeais que ajudem a refletir sobre a realidade da família com profundidade sem cair na “casuística”.
“Hoje, a família é desprezada, é maltratada, pelo que nos é pedido para reconhecermos como é belo, verdadeiro e bom formar uma família, ser família hoje; reconhecermos como isso é indispensável para a vida do mundo, para o futuro da humanidade”, afirmou Francisco.
Concluindo sua fala, o papa lembrou que é necessário colocar em evidência o plano de Deus para a família. E disse aos cardeais: “ajudemos os esposos a viverem-no com alegria ao longo dos seus dias, acompanhando-os no meio de tantas dificuldades com uma pastoral inteligente, corajosa e amorosa”.
Após a colocação do papa, o presidente emérito do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, o cardeal Walter Kasper, também falou aos participantes.
No decorrer da reunião, estão previstas outras intervenções sobre a família que irão contribuir para a preparação do próximo Sínodo dos Bispos, em outubro.

PAPA FRANCICO NOMEIA BISPOS BRASILEIROS PARA CONSELHO VATICANO


Papa nomeia bispos brasileiros para Conselho do Vaticano
O prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, cardeal João Braz de Aviz, e o arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), dom Orani João Tempesta, foram nomeados pelo papa Francisco para o Pontifício Conselho para os Leigos.
O papa também nomeou alguns consultores do Conselho para os Leigos, entre eles, o arcebispo de Belém (PA), dom Alberto Taveira Corrêa, e frei Hans Stapel, fundador e presidente da Associação Internacional dos Fiéis Fazenda da Esperança, no Brasil. As nomeações foram feitas nesta quinta-feira, 6. Na foto, dom João Braz, dom Alberto e dom Orani.
Irão integrar o Conselho outros cardeais indicados pelo papa, entre os quais o arcebispo de Viena (Áustria), Christoph Schoborn, o de Milão (Itália), Angelo Scola, o de Nairóbi (Quênia), John Njue, o de Munique (Alemanha), Reinhard Marx, de Manila (Filipinas), Luis Antônio Tagle.
Atividade
O Pontifício Conselho para os Leigos colabora com o papa nas questões voltadas à atuação dos leigos que atuam na missão da Igreja, seja por meio de organismos ou de forma individual. A proposta de criação deste conselho teve como base as indicações do decreto do Concílio Vaticano II sobre o apostolado dos leigos: Apostolicam Actuositatem, n. 26. Em 6 de janeiro de 1967 foi aprovada a instalação do órgão pelo papa Paulo VI
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SABER PERDOAR É UM DOS GESTOS MAIS NOBRE DO SER HUMANO



Ator Vinícius Romão dá entrevista ao programa 'Encontro com Fátima Bernardes'REPRODUÇÃO TV GLOBO
RIO - Chorando muito e dizendo ter arrependimento pelo erro que cometeu, a copeira Dalva da Costa Santos, de 51 anos, pediu perdão ao ator e vendedor Vinícius Romão, de 26 anos, durante entrevista ao programa “Encontro com Fátima Bernardes”, da TV Globo, na manhã desta quinta-feira. De acordo com Vinícius, que ficou preso injustamente durante 16 dias sob acusação de ter roubado a bolsa de Dalva, a copeira ouviu que ele não guarda rancor e que saiu ainda mais fortalecido do episódio.
Ator Vinícius Romão dá entrevista ao programa 'Encontro com Fátima Bernardes' Foto: Reprodução TV Globo— Que a senhora siga o seu caminho. Lembrei da história do livro Pollyanna, onde a menina que, de todas coisas ruins, conseguia tirar coisas boas. Com o que me aconteceu, vi que a união faz a força. Me uniu ainda mais ao meu pai e vi a quantidade de amigos que eu tenho — disse Vinícius.
Muito abalada e sem conseguir falar direito, Dalva, que deu entrevista por telefone, disse que ficou muito nervosa no dia do assalto e que o local era muito escuro, fatos que a levaram a fazer a confusão.
— Depois que levaram a minha bolsa, fiquei no local e não passava ninguém. Infelizmente, ele (Vinícius) passou naquele local. Na hora errada — disse Dalva. — Peço perdão e estou aqui para ajudar e reconhecer o meu erro.
Um pouco mais calma e se sentindo mais aliviada depois de ter conseguido falar com o ator, Dalva falou que tem se dedicado às orações. Evangélica, a copeira disse que tem perdão a Deus. Mãe de dois filhos adultos, ela disse que tem recebido o apoio deles nesse momento difícil.
— São meus filhos e, como não poderia ser diferente, estão me apoiando. Os dois estão abalados com o que aconteceu, mas conhecem o meu coração e o meu caráter. Sabem que eu não tinha intenção de prejudicar — acrescentou a copeira. — Não quis acusar qualquer um. O assalto aconteceu num ponto escuro, fiquei muito nervosa quando fiquei sem a minhas coisas, meu vale-transporte. Infelizmente o Vinícius se parece muito com o assaltante.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/dona-dalva-eu-nao-guardo-rancor-da-senhora-diz-ator-que-ficou-16-dias-preso-por-engano-11733330#ixzz2uYnOwpLl 
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SANTO DO DIA

Foto: SANTO DO DIA
São Gabriel de Nossa Senhora das Dores
(27 de Fevereiro)

Gabriel de Nossa Senhora das Dores, a quem Leão XIII chamava o São Luiz Gonzaga de nossos dias, nasceu em Assis a 1 de março de 1838, filho de Sante Possenti di Terni e Inês Frisciotti. No mesmo dia que viu a luz do mundo, recebeu a graça do batismo, na mesma pia, em que foi batizado o grande patriarca S. Francisco, na Igreja de S. Rufino.

O pai do Santo, já com vinte e dois anos era governador da cidade de Urbânia, cargo que sucessivamente veio a ocupar em S. Ginésio, Corinaldo, Cingoli e Assis. Como um dos magistrados dos Estados Pontifícios, gozava de grande estima do Papa Pio IX e Leão XIII honrava-o com sua sincera amizade. A mãe era de nobre família de Civitanova d’Ancona. Estes dois cônjuges apresentavam modelos de esposos cristãos, vivendo no santo temor de Deus, unidos no vínculo de respeito e amor fidelíssimo, que só a morte era capaz de solver. Deus abençoou esta santa união com treze filhos, dos quais Gabriel era o undécimo. Este, no batismo recebeu nome de Francisco, em homenagem a seu avô e ao Seráfico de Assis.

Dando testemunho da educação que recebiam na família, no Processo da beatificação do Servo de Deus, os seus irmãos declararam: “Nós fomos educados com o máximo cuidado, no que diz respeito à piedade e à instrução. Nossa mãe era piedosíssima e nos educou segundo as máximas da nossa santa Religião”. Nos braços, sobre os joelhos de uma mãe profundamente religiosa o pequeno Francisco aprendeu os rudimentos da vida cristã e pronunciar os santos nomes de Jesus e Maria.

A grande felicidade que na infância reinava, experimentou um grande abalo, quando inesperadamente o anjo da morte veio visitar aquele lar e arrebatar-lhe a mãe. D. Inês sentindo a última hora se aproximar, na compreensão do seu dever de mãe cristã reuniu todos os filhos à cabeceira do leito mortal, estreitou-os, um por um, ao seu coração, selou a sua fronte com o último beijo, deu-lhes a bênção, distinguindo com mais carinho os de tenra idade, entre estes, Francisco; munida de todos os sacramentos, confortada pela graça de Deus, na idade de 38 anos deixou este mundo, para, na eternidade, perto de Deus, receber o prêmio de suas raras virtudes.

Do pai, o próprio filho Francisco ao seu diretor espiritual deu o seguinte testemunho: Meu pai, declarou, tinha por costume levantar-se bem cedo. Dedicava uma hora à oração e meditação; se neste tempo alguém desejava falar-lhe, havia de esperar pelo fim das práticas religiosas. Terminadas estas, ia à igreja assistir a santa Missa e costumava levar consigo dos filhos os que não fossem impedidos. Finda a santa Missa metia-se ao trabalho. À noite reunia seus filhos e dava-lhes sábios conselhos e úteis exortações. Falava-lhes dos deveres para com Deus, do respeito devido à autoridade paternal e do perigo das más companhias. “Os maus companheiros, dizia ele, são os assassinos da juventude, os satélites de Lúcifer, traidores escondidos e por isso para os temer e deles ter cuidado”.

Os biógrafos de Francisco fazem ressaltar em primeiro lugar a extraordinária bondade de coração do menino, principalmente para com os pobres. Muitas vezes ficou ele sem a merenda, por tê-la dado aos pobres. Entre seus irmãos era ele o anjo da paz, sempre pronto para desculpar e para defendê-los, quando acusados injustamente. Não suportava a injúria, fosse ela atirada a si ou a um dos seus. Com a maior facilidade se desfazia de objetos de certo valor, com que tinha sido homenageado. Assim presenteou a um de seus irmãos de uma bela corrente de prata, que tinha recebido de um parente. Estes belos traços no caráter de Francisco não afastam certas sombras que nele subsistiam também. Os que o conheciam meigo, bondoso, compassivo, sabiam-no também ser nervoso, impaciente, irascível.

Por felicidade sua o senhor Sante, seu pai não era daqueles que desculpam os caprichos de seus filhos, pretextando serem crianças, sem pensar que mais tarde terão de pagar bem caro esta condescendência e fraqueza. O verdadeiro amor cristão fê-lo combater sem tréguas todos os defeitos. Francisco era obediente e tinha grande respeito ao pai, o que aliás não impedia que diante de uma severa repreensão desse largas ao seu gênio impulsivo, com palavras e gestos demonstrando o seu descontentamento, sua raiva. Mas tudo isto era fogo fátuo. Logo voltava às boas; sua boa índole não permitia, que estas revoltas interiores durassem muito tempo. Era encantador ver, momentos depois, o menino desfeito em pranto, procurar o pai e por seus modos ingênuos e infantis, assegurar-se do perdão e do amor do Sr. Sante. Este, fingindo não dar crédito a estas demonstrações, retrucava bruscamente: “Nada de carícias; quero ver fatos”. Então o menino se atirava ao colo do pai, beijava-o e sentia-se feliz, em ter voltado a paz, com o perdão paterno. Nesta escola de sábia pedagogia Francisco cedo aprendeu combater e vencer seus defeitos.

Por algum tempo Francisco ficou entregue aos cuidados de um mestre; depois freqüentou o colégio dos Irmãos das Escolas Cristãs, onde fez rápidos progressos, figurando sempre entre os melhores alunos. Na idade de sete anos fez a sua primeira confissão.

Um ano depois, em junho de 1846 recebeu o sacramento da confirmação. Tudo isto prova que o menino já se achava bem instruído nas verdades da nossa fé, graças ao sólido ensino que lhe dispensavam os beneméritos Irmãos Sallistas.

Nesse mesmo tempo caiu também a data da sua primeira comunhão, para qual se preparou com todo o esmero. Testemunha de vista desse grandioso ato diz: “O fervor com que o vi chegar-se da sagrada mesa, o espírito de fé, que se estampava no seu semblante, o vigor dos seus afetos foram tais, que se chegava a crer ser ele levado por um Serafim”. Esses sentimentos de fé e de piedade, aquelas chamas de amor ao SS. Sacramento não mais se separaram do coração de Francisco nos anos de sua mocidade, nem no meio de uma vida dissipada de certo modo mundana. Não menos certo é que a freqüente recepção da santa comunhão preservou-o de graves desvios no meio das tentações do mundo.

Terminados os estudos elementares, o pai pensou em procurar para Francisco uma educação mais elevada, de acordo com a sua posição social e confiou seu filho aos Padres Jesuítas que na cidade de Spoleto dirigiram um colégio. Neste educandário passou Francisco os anos todos de sua mocidade no mundo e chegou a cursar os quatro semestres de estudos filosóficos. Estudante inteligente e cumpridor exato de seu dever que era, deixou boa memória naquele colégio e formavam-se as mais belas esperanças a seu respeito. Ano não passava, que não tirasse um prêmio; no fim dos seus estudos foi distinguido com uma medalha de ouro. Mestres e colegas igualmente o estimavam. Tudo nele encantava: os seus modos delicados e gentis, a modéstia no falar, o sorriso benévolo que lhe afloravam aos lábios, o garbo com que se sabia ver em circunstâncias mais solenes, os sentimentos nobres que dominam em todo o seu proceder. Aos seus mestres devotava sempre a máxima estima e profunda gratidão. Das práticas de piedade era rígido observador e com regularidade freqüentava os santos sacramentos. Não há dúvida, que, dada a ocasião, o seu gênio impetuoso e quente o levava a transportes de veemência e de cólera. Mais estes excessos eram sempre seguidos de lágrimas de arrependimento e de penitência . Desde a sua infância mostrou devoção particular a Nossa Senhora das Dores, uma imagem da qual se conservava em sua família; e cabia-lhe a ele adorná-la de flores e manter acesa uma lâmpada diante da estátua. Afirma um dos seus irmãos, Eurique Possenti, que viu Francisco, no último ano que passou em casa, usar de cilício de couro com pontinhas de ferro. Outro testemunho, da família Parenzi, declara: “Sua conduta religiosa e moral tem sido irrepreensível; dada a grande vigilância de meus pais, não teria sido admitido em nossa família, se não fosse realmente virtuoso”.

Para completar a imagem do jovem estudante e assim melhor poder compreender a mudança que nele mais tarde se efetuou, tenha aqui lugar a descrição da solene distribuição de prêmios, da última em que Francisco tomou parte no colégio dos Jesuítas em Spoleto, em setembro de 1856. Os melhores alunos tinham sido escolhidos para abrilhantar a cerimônia com discursos e declamações poéticas. Entre eles Francisco ocupava o primeiro lugar. Ninguém se lhe igualava em elegância exterior, no garbo de representar, na graça de declamar, na graciosidade da gesticulação, no timbre encantador da voz. Podendo representar no palco, parecia estar no seu elemento e fazia-o com toda a naturalidade e perfeição. Em sua aparência não deixava nada a desejar: tudo obedecia às exigências da última moda: o cabelo esmeradamente penteado, o traje elegante e ricamente adornado, as luvas brancas, gravata de seda, sapatos luzidios e artisticamente acabados, a tudo isso Francisco ligava máxima importância. Em certa ocasião recitou com tanto ardor e tamanho foi o entusiasmo que excitou no auditório, que o delegado apostólico Mons. Guadalupe, que presente se achava, ao pai de Francisco que ao seu lado se achava disse: “se vosso filho aqui presente estivesse, abraçava-o em vosso lugar”.

As raras qualidades morais, que o adornavam, a figura simpática e atraente na flor da mocidade, a extrema vivacidade que nele se observava, não deixaram de emprestar-lhe um leve sombreado de vaidade, que de algum modo chegou a dominá-lo. Esta vaidade se lhe patenteava na exigência que fazia no modo de se trajar, sempre na última moda, de perfumar o cabelo e este sempre tratado com cuidado, de se aborrecer com uma nódoa por mais insignificante que fosse, no fato, no amor que tinha a divertimentos alegres e aos esportes mundanos.

O inimigo das almas tirou proveito dessas fraquezas. Se não conseguiu roubar-lhe a inocência, não foi porque não lhe poupasse contínuos assaltos, bem sucedidos. A paixão pelo teatro, a verdadeira mania por bailes, o amor à leitura de romances eram tantos escolhos, tantos perigos, que é de admirar que o jovem Francisco não caísse presa das ciladas diabólicas. Tão pronunciada era sua paixão às danças, que lhe importou a alcunha de “bailarino”. Assim um dos seus mestres, Pe. Pinceli, Jesuíta, quando soube da inesperada fuga de Possenti do mundo para o convento, disse: “O bailarino fez isto? Quem esperava uma tal coisa! Deixar tudo e fazer-se religioso no noviciado dos Padres Passionistas!”

Francisco bem conhecia o perigo em que nadava, e não faltava quem o chamasse à atenção, o lembrasse da necessidade da oração, da vigilância, da mortificação, da devoção a Jesus e Maria, de não perder de vista a eternidade, etc. Em uma carta que lhe escreveu o Pe. Fedeschini, S. J. há todos estes avisos; o conselho de fugir das más companhias, de dar desprezo à vaidade no vestir e falar, de largar o respeito humano, de fazer meditação diária e receber os sacramentos.

Com todas as leviandades e suas perigosas tendências para o mundo, Francisco não deixava de ser um bom e piedoso jovem, a quem homens sábios e virtuosos não pudessem escrever com confiança, benevolência e estima e cujas palavras não fossem aceitas com respeito e gratidão.

“Muitas vezes” – diz quem bem o conhecia – “Possenti sentiu o chamado de Deus, de deixar a vida no mundo e trocá-la com o estado religioso”. Seu diretor, Pe. Norberto, Passionista, declara: “A vocação, se bem que descuidada e sufocada, estava nele havia muito tempo e ele a sentiu desde os mais tenros anos. Muitas vezes o servo de Deus disse-me isto, lastimando a sua ingratidão e indiferença”.

O mesmo sacerdote relata: “A sua vocação se manifestou do seguinte modo: Não sei em que ano foi, sentiu-se ele acometido de um mal, que o fez pensar na morte. Teve então a inspiração de prometer a Deus entrar numa Ordem religiosa, caso recuperasse a saúde. A promessa foi aceita, pois melhorou prontamente e em pouco tempo se achou restabelecido. A promessa ficou como se não fosse feita. O jovem tornou a dar o seu afeto ao mundo e se entregou à dissipação como antes. Não tardou que Deus lhe mandasse outra enfermidade, uma inflamação interna e externa da garganta, tão grave, que parecia a morte iminente já na primeira noite, tornando-se-lhe dificílima à respiração. Novamente o enfermo recorreu a Deus e invocando Santo André Bobola, aplicou ao lugar dolorido uma estampa do mesmo Santo,e renovou a promessa de abraçar o estado religioso. As melhoras se acentuaram quase instantaneamente e teve o enfermo uma noite tranqüila e não mais voltaram as angústias da dispnéia. Deste extraordinário favor o jovem se lembrou sempre com muita gratidão. Manteve também por algum tempo o propósito de fazer-se religioso, mas diferindo-lhe a execução, o amor ao mundo voltou e no mundo continuou a viver.

Das paixões de Francisco, uma das mais fortes foi a da caça. A esta paixão ele pagava tributos bem pesados e seu diretor espiritual não hesitou em atribuir a este esporte a cruel moléstia, que o ceifou na flor da idade. Certa vez, em pular uma cerca, chegou a cair e com tanta infelicidade, que quebrou-lhe um osso do nariz. O fuzil disparou e o projétil passou-lhe rentinho pela testa, pouco faltando que lhe rebentasse o crânio. Francisco reconhecendo logo a providência deste aviso, renovou a sua promessa. Ficou com as cicatrizes, mas deixou-se ficar no mundo.

A graça divina também não se deu por vencida. Rejeitada três vezes, tentou um quarto golpe, mais doloroso ainda. De todos de sua família Francisco dedicava terníssima amizade a sua irmã Maria Luzia, nove anos mais velha que ele, e esta amizade era correspondida com todo afeto. Em 1855 irrompeu em Spoleto a cólera e Maria Luiza foi a primeira vítima da terrível epidemia. Foi no dia Corpus Christi, e a notícia alcançou Francisco, quando, na procissão, levava a cruz. A morte da irmã feriu profundamente o coração do jovem e mergulhou sua alma em trevas nunca antes experimentadas. Perdeu o gosto de tudo e se entregou a uma tristeza inconsolável. Parecia, que com este golpe a graça divina tivesse removido o último obstáculo de a promessa se cumprir. Assim ainda não foi. Todo acabrunhado, Francisco manifestou ao pai sua resolução de entrar para o convento chegando a dizer que para ele tudo se tinha acabado nesta vida. Possenti, receando perder seu filho a quem muito amava, não recebeu bem a comunicação e pediu-lhe nunca mais tocasse neste assunto. Aconselhou-o a se distrair, a afastar os pensamentos tristes a procurar a sociedade, freqüentar o teatro; chegou a insinuar-lhe a idéia de procurar a amizade de uma donzela distinta, de família igualmente conceituada, na esperança de nos entendimentos inocentes ela conseguir de fazê-lo esquecer-se dos seus intentos religiosos.

Na igreja metropolitana de Spoleto gozava de uma veneração singular uma imagem de Nossa Senhora; a esta imagem chamava simplesmente “a Icone”. Na oitava do dia 15 de agosto esta imagem era levada em solene procissão por dentro da igreja e não havia quem não se ajoelhasse à sua passagem. Em 1856 Francisco Possenti achava-se no meio dos fiéis e todo tomado de amor por Maria Santíssima, os seus olhos se fixavam na venerada imagem como que esperando por uma bênção especial. Pois, quando a “Icone” vinha aproximando-se do jovem, parecia ela lhe atirar um olhar todo especial e lhe dizer: “Francisco, o mundo não é para ti; a vida no convento te espera”. Esta palavra, qual uma seta de fogo cravou-lhe no coração; assim saiu da igreja desfeito em lágrimas. Estava resolvido a realizar desta vez o plano de alguns anos. Tratou, porém, de não dar por enquanto nenhuma demonstração do seu intento.

Embora certo de sua vocação, mas desconfiando da sua fraqueza, e para não ser vítima de uma ilusão procurou seu mestre no liceu e diretor espiritual Pe. Bompiani, Jesuíta e a ele se abriu inteiramente, fazendo do conselho do mesmo depender sua resolução definitiva. O exame foi feito com toda sinceridade e tendo tomado em consideração todos os fatores influentes no passado da vida do jovem, o Pe. Bompiani não duvidou de se tratar de uma vocação verdadeira e animou o jovem a seguí-la. Consultas que fez com mais dois sacerdotes de sua inteira confiança, tiveram o mesmo resultado. Francisco se resolveu então a pedir sua admissão na Congregação dos Passionistas. Comunicar ao pai a resolução tomada, não foi fácil. Mas desta vez o Sr. Sante, homem consciencioso, vendo a aflição e a firmeza de seu filho, não mais se opôs; tomado, porém, de espanto quando soube que a Congregação por Francisco escolhida, a dos Passionistas, era de todas a mais austera. Se bem que não se opusesse à vontade do filho, tratou de procrastinar a execução do seu plano e impor condições. Francisco, porém, ficou firme. Tomou ainda e pela última vez, parte na solenidade da distribuição dos prêmios, no colégio dos Jesuítas, fez como sempre um papel brilhante no palco, despediu-se dos seus professores, dos seus amigos e em companhia de seu irmão Luiz, da Ordem Dominicana, por ordem de seu pai, fez uma visita a seu tio Cesare, cônego da Basílica de Loreto e a um parente de seu pai, Frei João Batista da Civitanova, guardião de um convento dos capuchinhos, levando para ambos carta de Sante Possenti em que este pedia examinassem a vocação do jovem. Tanto o cônego como o capuchinho carregaram bastante as cores da vida austera na Congregação dos Passionistas, que absolutamente não lhe conviria, a ele, moço de dezoito anos, acostumado a seguir às suas vontades, sem restrição de comodidades. A visita à Santa Casa em Loreto Francisco aproveitou largamente para recomendar-se a N. Sra. Não mais arredou do caminho encetado. De Loreto foi para convento Morrovale, dos Passionistas onde já em 21 de setembro de 1856 recebeu o hábito com o nome de Gabriel dell’Adolorata. Admitido no noviciado, escreveu ao pai e aos irmãos, comunicando-lhes o fato. Ao pai pede perdão, aos irmãos recomenda amor filial e boa conduta. A carta, embora de simplicidade encantadora, é um documento admirável de sentimento filial e católico. Aos companheiros seus de estudo dirigiu cartas também. Despede-se, pede perdão de maus exemplos que julgava ter dado; aconselha-os a fugir das más companhias, do teatro, das más leituras e das conversas inúteis.

Convencidíssimo da sua vocação religiosa, longe do mundo, da sociedade e da família, não mais teve outro ideal que subir as culminâncias da perfeição.

Inconfundível era sua personalidade no meio dos seus companheiros do noviciado. Sem perder as notas características do seu caráter, a jovialidade, a alegria de espírito, a amenidade de trato, era ele inexcedível não só na exatidão do cumprimento dos exercícios regulares, como também na prática das virtudes cristãs e monásticas. E se perscrutarmos as causas profundas desta mudança radical na vida de Gabriel, duas conseguiremos encontrar, aliás suficientes e esclarecedoras: o ardente amor a Jesus Crucificado, à Santa Eucaristia, sua devoção singular a Mãe de Deus, em particular à Nossa Senhora das Dores e sua inalterada mortificação, por meio da qual deu morte aos seus desordenados apetites, um por um.

Tendo corrido o ano de provação, Gabriel foi admitido à profissão e mandado para várias casas da Congregação, com o fim de completar os seus estudos de teologia. Durante os anos de preparação para o sacerdócio, superiores e companheiros viram no santo jovem o modelo mais perfeito de todas as virtudes, e cumpridor exatíssimo dos seus deveres.

Quando chegou à idade de vinte e três anos, anunciaram-se os primeiros sintomas da moléstia, que no prazo de um ano havia de levá-lo ao túmulo: a tuberculose pulmonar. O longo tempo da sua enfermagem Gabriel o aproveitou para ainda mais se aprofundar na sua devoção predileta à Sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo e à Maria Santíssima, mãe das dores. Em fevereiro de 1862 ainda pôde andar e receber a santa comunhão na igreja, junto com seus companheiros. Inesperadamente o mal se agravou; foi preciso avisá-lo para receber os últimos sacramentos. A notícia assustou-o por um momento só; mas imediatamente recuperou a habitual calma, que logo se transformou numa alegria antes nunca experimentada. O modo de receber o santo viático comoveu e edificou a todos que assistiram. Não mais largava a imagem do crucificado, que cobria de beijos, e ao seu alcance tinha a estátua de N. Sra. das Dores, que freqüentemente apertava ao seu peito, proferindo afetuosas jaculatórias, como estas: “Minha mãe, faze depressa!” – “Jesus, Maria, José, expire eu em paz em vossa companhia!” – “Maria, mãe da graça, mãe da misericórdia, do inimigo nos protegei, e na hora da morte nos recebei”. – Poucos momentos antes do desenlace, o agonizante, que parecia dormir, de repente, todo a sorrir, virou o rosto para esquerda, fixando olhar para um determinado ponto. Como que tomado de uma grande comoção diante de uma visão impressionante, deu um profundo suspiro de afeto e nesta atitude, sempre sorridente, com as mãos apertando as imagens do crucifixo e da Mater dolorosa, passou desta vida para a outra.

Assim morreu o santo jovem na idade de vinte e quatro anos, na manhã de 27 de fevereiro de 1862. Foi sepultado na igreja da Congregação, em Isola Del Gran Sasso. Trinta anos depois fêz-se o reconhecimento do seu corpo. Nesta ocasião com o simples contacto de suas relíquias verificou-se a cura prodigiosa de uma jovem que a tuberculose pulmonar tinha reduzido ao último estado. Reproduziram-se aos milhares os prodígios que foram constatados à invocação do Santo. Em 1908 o Papa Pio X inscreveu o nome de Gabriel da Virgem Dolorosa no catálogo dos Beatos e em 1920 Bento XV decretou-lhe as solenes honras da canonização.

Pio XI estendeu a sua festa a toda a Igreja, em 1932.

Gabriel de Nossa Senhora das Dores, a quem Leão XIII chamava o São Luiz Gonzaga de nossos dias, nasceu em Assis a 1 de março de 1838, filho de Sante Possenti di Terni e Inês Frisciotti. No mesmo dia que viu a luz do mundo, recebeu a graça do batismo, na mesma pia, em que foi batizado o grande patriarca S. Francisco, na Igreja de S. Rufino.

O pai do Santo, já com vinte e dois anos era governador da cidade de Urbânia, cargo que sucessivamente veio a ocupar em S. Ginésio, Corinaldo, Cingoli e Assis. Como um dos magistrados dos Estados Pontifícios, gozava de grande estima do Papa Pio IX e Leão XIII honrava-o com sua sincera amizade. A mãe era de nobre família de Civitanova d’Ancona. Estes dois cônjuges apresentavam modelos de esposos cristãos, vivendo no santo temor de Deus, unidos no vínculo de respeito e amor fidelíssimo, que só a morte era capaz de solver. Deus abençoou esta santa união com treze filhos, dos quais Gabriel era o undécimo. Este, no batismo recebeu nome de Francisco, em homenagem a seu avô e ao Seráfico de Assis.

Dando testemunho da educação que recebiam na família, no Processo da beatificação do Servo de Deus, os seus irmãos declararam: “Nós fomos educados com o máximo cuidado, no que diz respeito à piedade e à instrução. Nossa mãe era piedosíssima e nos educou segundo as máximas da nossa santa Religião”. Nos braços, sobre os joelhos de uma mãe profundamente religiosa o pequeno Francisco aprendeu os rudimentos da vida cristã e pronunciar os santos nomes de Jesus e Maria.

PAPA PEDE FIM DA VIOLÊNCIA NA VENEZUELA


Ao final da catequese geral, realizada hoje, 26, no Vaticano, o papa Francisco fez um apelo para que cesse a violência e a hostilidade na Venezuela. “Que todo o povo venezuelano, começando pelos responsáveis políticos e institucionais, se una para favorecer a reconciliação nacional por meio do perdão mútuo e do diálogo sincero, do respeito pela verdade e pela justiça, capazes de fazer frente a questões concretas para o bem comum”, pediu Francisco.
O papa assegurou sua oração, principalmente, aos que perderam a vida. Convidou os que creem a rezar a Deus e a pedir a materna intercessão de Nossa Senhora de Coromoto, para que o país recupere a paz e a harmonia quanto antes.
Comunicado
Ontem, 25, a presidência da Conferência Episcopal da Venezuela divulgou um comunicado sobre os últimos acontecimentos no país. No texto, os bispos manifestam preocupação e lembram os mortos e feridos. “Os falecidos ou os feridos não pertencem nem ao governo nem à oposição, mas a suas famílias e ao povo da Venezuela, sem distinções”, afirmam. Também pedem orações pelas vítimas e insistem “na necessidade de um encontro sincero, aberto e fraterno que permita o diálogo de todos que compõem a sociedade venezuelana”. 
O texto, na íntegra, em espanhol, está disponível no site da Conferência Episcopal da Venezuela: http://www.cev.org.ve/

ESLOVÊNIA TERÁ IMAGEM DE NOSSA SENHORA APARECIDA

Uma réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida será levada para a Eslovênia. O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis, estará no país do leste europeu no dia 02 de março e fará a entronização da imagem na Basílica de Nossa Senhora das Dores, no Monastério de Sticno, em Liubliana.
O envio da imagem foi um pedido do embaixador do Brasil na Eslovênia, Gilberto Fonseca Guimarães de Moura, após receber visita de um grupo de eslovenos que participou da Jornada Mundial da Juventude Rio2013. Em sua carta mensal ao país, o diplomata afirmou que os jovens voltaram "encantados" com o Brasil.
Em setembro, outra imagem de Nossa Senhora Aparecida será levada para Miami, nos Estados Unidos.

PAPA FRANCISCO PEDE QUE AS FAMÍLIAS REZEM PELO SÍNODO

O presidente do Pontifício Conselho para a Família, arcebispo Vincenzo Paglia, disse hoje, 25, que nunca, como nos últimos meses, a família esteve tão presente na mente e no coração da Igreja. A afirmação ocorreu durante a apresentação da carta do papa Francisco às Famílias. Dom Paglia citou como exemplos a peregrinação das famílias no Ano da Fé; o encontro do papa com os noivos, no último dia 14; o Consistório extraordinário, realizado semana passada no Vaticano; o próximo Sínodo dos Bispos, que acontecerá em outubro; e o Encontro mundial das Famílias, em setembro de 2015, na Filadélfia, Estados Unidos.
Na carta, o papa Francisco convida as famílias a rezarem pelo próximo Sínodo dos Bispos, cujo tema será Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização.
“Com esta carta, o papa Francisco quer envolver as famílias no caminho sinodal”, explicou dom Paglia. Segundo o arcebispo, a oração é a primeira forma de participar desse caminho comum. “As famílias – e esta é a intenção do papa Francisco – não são simplesmente objeto de atenção. São também o sujeito desta peregrinação, já que na Igreja são maioria e estão marcadas pelo Sacramento do Matrimônio”, afirma.
A carta é datada de 2 de fevereiro, festividade da Apresentação de Jesus no Templo. Segue, na íntegra, o texto.

Carta do papa Francisco às Famílias
Queridas famílias,
Apresento-me à porta da vossa casa para vos falar de um acontecimento que vai realizar-se, como é sabido, no próximo mês de Outubro, no Vaticano: trata-se da Assembleia geral extraordinária do Sínodo dos Bispos, convocada para discutir o tema «Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização». Efetivamente, hoje, a Igreja é chamada a anunciar o Evangelho, enfrentando também as novas urgências pastorais que dizem respeito à família.
Este importante encontro envolve todo o Povo de Deus: Bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos das Igrejas particulares do mundo inteiro, que participam ativamente, na sua preparação, com sugestões concretas e com a ajuda indispensável da oração. O apoio da oração é muito necessário e significativo, especialmente da vossa parte, queridas famílias; na verdade, esta Assembleia sinodal é dedicada de modo especial a vós, à vossa vocação e missão na Igreja e na sociedade, aos problemas do matrimónio, da vida familiar, da educação dos filhos, e ao papel das famílias na missão da Igreja. Por isso, peço-vos para invocardes intensamente o Espírito Santo, a fim de que ilumine os Padres sinodais e os guie na sua exigente tarefa. Como sabeis, a esta Assembleia sinodal extraordinária, seguir-se-á – um ano depois – a Assembleia ordinária, que desenvolverá o mesmo tema da família. E, neste mesmo contexto, realizar-se-á o Encontro Mundial das Famílias, na cidade de Filadélfia, em setembro de 2015. Por isso, unamo-nos todos em oração para que a Igreja realize, por meio destes acontecimentos, um verdadeiro caminho de discernimento e adote os meios pastorais adequados para ajudarem as famílias a enfrentar os desafios atuais com a luz e a força que provêm do Evangelho.
Estou a escrever-vos esta carta no dia em que se celebra a festa da Apresentação de Jesus no templo. O evangelista Lucas conta que Nossa Senhora e São José, de acordo com a Lei de Moisés, levaram o Menino ao templo para oferecê-Lo ao Senhor e, nessa ocasião, duas pessoas idosas – Simeão e Ana –, movidas pelo Espírito Santo, foram ter com eles e reconheceram em Jesus o Messias (cf. Lc 2, 22-38). Simeão tomou-O nos braços e agradeceu a Deus, porque tinha finalmente «visto» a salvação; Ana, apesar da sua idade avançada, encheu-se de novo vigor e pôs-se a falar a todos do Menino. É uma imagem bela: um casal de pais jovens e duas pessoas idosas, reunidos devido a Jesus. Verdadeiramente Jesus faz com que as gerações se encontrem e unam! Ele é a fonte inesgotável daquele amor que vence todo o isolamento, toda a solidão, toda a tristeza. No vosso caminho familiar, partilhais tantos momentos belos: as refeições, o descanso, o trabalho em casa, a diversão, a oração, as viagens e as peregrinações, as ações de solidariedade... Todavia, se falta o amor, falta a alegria; e Jesus é quem nos dá o amor autêntico: oferece-nos a sua Palavra, que ilumina a nossa estrada; dá-nos o Pão de vida, que sustenta a labuta diária do nosso caminho.

Queridas famílias, a vossa oração pelo Sínodo dos Bispos será um tesouro precioso que enriquecerá a Igreja. Eu vo-la agradeço e peço que rezeis também por mim, para que possa servir o Povo de Deus na verdade e na caridade. A proteção da Bem-Aventurada Virgem Maria e de São José acompanhe sempre a todos vós e vos ajude a caminhar unidos no amor e no serviço recíproco. De coração invoco sobre cada família a bênção do Senhor.

Vaticano, 2 de Fevereiro – festa da Apresentação do Senhor – de 2014.

MONSENHOR JOSÉ CARLOS DE SOUZA É NOMEIADO PELO PAPA FRANCISCO COMO NOVO BISPO DE DIVINÓPOLIS

O papa Francisco nomeou hoje, 26 de fevereiro, monsenhor José Carlos de Souza Campos como bispo da vacante diocese de Divinópolis (MG). Natural de Itaúna, em Divinópolis, monsenhor José Carlos nasceu em 3 de janeiro de 1968. Desde 2012, era administrador da própria diocese.
Formação
Estudou Filosofia na Pontifícia Universidade Católica de Belo Horizonte e Teologia no Instituto Dom João Rezende Costa, também na capital mineira. Recebeu ordenação presbiteral em 30 de maio de 1993. Fez mestrado no curso de Teologia Fundamental na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma (2000-2002).
Atuação
Ao regressar à diocese, foi professor de Filosofia no Seminário Diocesano e de Ciências da Religião no curso de pós-graduação em Divinópolis, pároco da paróquias Sant’Ana de Itaúna e da catedral de Divinópolis, administrador da paróquia São Judas Tadeu, também em Divinópolis, chanceler e vigário geral da mesma diocese. Foi, ainda, representante diocesano dos sacerdotes, membro do Conselho de Formadores, do Conselho Presbiteral e do Colégio de Consultores da diocese.
Atuou na área de formação dos leigos nas escolas de Teologia da diocese e no Centro Franciscano de Formação e Cultura, em Divinópolis.

É UMA VERGONHA O BBB

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço.
A nova edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega mesmo a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo.
Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos e netos. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial.
Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB está na realidade em busca do IBOPE.
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido”. Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível.
Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? É isso mesmo... ?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros, motoristas e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência, zelo e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis para mim são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, são transportados como gado nos transportes públicos e conseguem sobreviver a isso todo dia.
Heróis para mim são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis para mim são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, Ongs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam arduamente ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns). E de tantos outros, como por exemplo, Madre Teresa de Calcutá.
Heróis para mim são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas R$ 16,00 (dezesseis reais) para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar o tempo inteiro, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E aí vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$ do milionário BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a R$ 0,30 (trinta centavos), a Rede Globo e a Telefônica arrecadam R$ 8.700.000,00 (oito milhões e setecentos mil reais). Eu vou repetir: R$ 8.700.000,00 (oito milhões e setecentos mil reais) a cada paredão.
Vocês já imaginaram quanto poderia ser feito com essa fantástica quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, segurança, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito, por exemplo, mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores vendo futilidades.
Em vez de assistir ao BBB, que tal você ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou de seu autor preferido ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar..., ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins..., telefonar para um amigo..., visitar os pais e os avós..., pescar..., brincar com as crianças..., namorar... ou simplesmente dormir.
Imagino que assistir ao BBB é ajudar a Rede Globo a ganhar rios e mais rios de dinheiro e colaborar para destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.
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* "Esta crônica está sendo divulgada pela internet a milhões caso concorde com o pensamento de Luis Fernando Veríssimo...Compartilhe"

domingo, 16 de fevereiro de 2014

PASTORAL AFRO-BRASILEIRA DE DUQUE DE CAIXIAS PREPARAPARA VIII CONENC

Encarregada de organizar o VIII Congresso Nacional das Entidades Negras Católicas (CONENC), a comissão Pastoral Afro-Brasileira da diocese de Duque de Caxias (RJ) fará, no próximo sábado, dia 15, a quarta reunião preparatória para finalizar o plano de execução do evento.
No encontro serão concluídos os objetivos e itens do texto base, além da definição do local e da data. O congresso é realizado a cada três anos e o próximo será em 2015

NORTE 3 ( TOCANTINS E NORTE DE GOIÁS)

Os bispos do Tocantins divulgaram, dia 10 de fevereiro, uma nota sobre os conflitos fundiários nas regiões Norte do Estado. Na nota, os bispos pedem para que órgãos como o Ministério Público Estadual, o INCRA e o Tribunal de Justiça, “acompanhem a revisão do mandado de reintegração de posse, em favor da Associação Planalto, e que estas famílias tenham as suas terras regularizadas e tituladas”.
A nota também faz menção ao baixíssimo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região. De acordo com o IBGE, 84% da população de Campos Lindos vivem na pobreza, sendo que 62,4% dos moradores estão na extrema indigência. Em contra partida, o município ocupa o terceiro lugar da lista nacional com maior produção de soja.
“As riquezas que circulam no município, decorrentes desta produção, não contribuem para o desenvolvimento da região e nem beneficiam a população local”, expressam.
Leia a mensagem na íntegra:
Nota dos Bispos do Tocantins sobre o conflito de terra em Campos Lindos
Se eu saio para os campos, eis as vítimas da espada; se eu entro nas cidades, eis as vítimas da fome” (Jer 14,18).
Nós, bispos das cinco dioceses do Regional Norte III, da CNBB, no Estado do Tocantins, ao tomarmos conhecimento do acirrado conflito de terra e dos problemas ambientais, com ameaças de despejo de mais de 80 famílias, no município de Campos Lindos, vimos, em nome de Jesus Cristo, pedir as partes em conflitos, diálogo, amor, justiça e reconciliação. Para tudo isto, nos colocamos à inteira disposição das duas partes para mediar este conflito.
O município de Campos Lindos é um grande celeiro, a céu aberto, de soja, no Estado do Tocantins. No entanto, apesar disso, possui o segundo pior IDH do Estado. Significa dizer que as riquezas que circulam no município, decorrentes desta produção, não contribuem para o desenvolvimento da região e nem beneficiam a população local.
Além do mais, foi em uma fazenda desta mesma região que se deu o primeiro caso de trabalho escravo no Estado do Tocantins, com o resgate de 29 trabalhadores. A Campanha da Fraternidade deste ano de 2014, que tem como Tema “Fraternidade e Tráfico Humano”, diz, em grandes linhas, que são situações como esta que rompem com o projeto de vida na liberdade e na paz e violam a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gal 5,1).
Nossa solicitude pastoral se dirige, primeiramente, às famílias atingidas pelo Projeto Agrícola Campos Lindos, que já ocupavam estas áreas há décadas, e que hoje correm sério risco de perder e ser despejadas das terras, desde que, em 1997, foram confinadas em sua área de reserva. Nossa orientação é que façam valer os seus direitos, através de um diálogo progressivo e construtivo, mediado pelas autoridades constituídas para estes fins.
Dirigimo-nos, de igual modo, aos produtores de soja, membros da Associação Planalto, a fim de que retirem todas as ameaças às referidas famílias que vivem nestas áreas de conflito e não contaminem mais o meio ambiente pelo uso intensivo de agrotóxicos nas lavouras de soja.
Por fim, conclamamos o Ministério Público Estadual, o INCRA e o Tribunal de Justiça, e outros, para que, dentro da legalidade, acompanhem, de perto, a revisão do mandado de reintegração de posse, em favor da Associação Planalto, e que estas famílias tenham as suas terras regularizadas e tituladas.
Queremos, com este nosso apelo, fazer jus ao nome de Campos Lindos desta querida cidade. É Jesus que nos pede para que sejamos sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-14). A respeito disto, sugestivas são as palavras do papa Francisco: “com uma vida santa, daremos sabor aos diversos ambientes e os defenderemos da corrupção, como faz o sal; e levaremos a luz de Cristo com o testemunho de uma caridade autêntica. Mas se nós, cristãos, perdemos o sabor, apagamos a nossa presença de sal e luz, perdemos a eficácia. É também muito bonito conservar a luz que recebemos de Jesus. Guardá-la. Conservá-la. O cristão deveria ser uma pessoa luminosa, que traz a luz, que sempre dá luz. Uma luz que não é sua, mas é um presente de Deus, o presente de Jesus. E nós levamos em frente esta luz. Se o cristão apaga esta luz, a sua vida não tem sentido: é um cristão somente de nome, que não leva a luz, uma vida sem sentido” (cf. Angelus, 09/02/2014).
Certos de sermos atendidos, em nossa solicitação, nos colocamos à inteira disposição dos senhores para mediar este conflito.
Na caridade de Cristo, Bom Pastor, com nossa bênção.
Em nome dos 5 bispos do regional da CNBB – Norte 3; Dom Pedro Brito Guimarães  Arcebispo de Palmas; Dom Romualdo Matias Kujawski  Bispo de Porto Nacional; Dom Giovane Pereira de Melo Bispo de Tocantinópolis; Dom Rodolfo Luiz Weber  Bispo da Prelazia de Cristalândia;
Dom Philip Dickmans,
Bispo de Miracema do Tocantins e Presidente do Regional norte 3 da CNBB.

Miracema do Tocantins, 10 de fevereiro de 201

CURSO PREPARA MISSIONÁRIOS PARA O AMAZÔNIA

Agentes de pastoral, leigos, sacerdotes e religiosos são preparados para atuar na evangelização das comunidades amazônicas. Esta é a proposta do Curso sobre a realidade Amazônica que é realizado de 10 a 23 de fevereiro, no Instituto de Teologia Pastoral e Ensino Superior da Amazônia (Itesp), com o apoio da Comissão Episcopal Pastoral da Amazônia da CNBB.
O curso retoma as experiências iniciadas em 1991, quando os bispos da Amazônia verificaram a necessidade de oferecer aos agentes de evangelização, informações sobre a própria região em que irão atuar, como características do meio ambiente, população e ação pastoral. O objetivo do curso é informar os agentes sobre a realidade ambiental, sócio-político e econômica, cultural e eclesial.
Segundo a assessora da Comissão para a Amazônia da CNBB, irmã Maria Irene Lopes dos Santos, o curso é destinado a agentes de pastoral inseridos nas comunidades eclesiais e serviços pastorais na região amazônica, como também missionário que são enviados pelas dioceses e congregações, entre eles padres, leigos e religiosos.
Formação
Os bispos da Amazônia, reunidos em Manaus em 2007, apontaram no Documento 89 da CNBB, a necessidade de formar os agentes que desejam atuar no contexto amazônico e que “estejam abertos para participar de cursos que preparam para o exercício desta missão oferecidos em âmbito diocesano, regional ou nacional”. 
O formato do curso é de extensão universitária, com certificado pela PUC-Paraná. Serão trabalhas disciplinas como antropologia, história, realidade, bíblia e teologia, Igreja e Pastoral. A duração é de 130 horas. Informações: (92) 3642.5645

CRB LANÇA CAMPANHA DE PREVENÇÃOAO TRÁFICO DE PESSOAS NA COPA

Visando contribuir para a prevenção do tráfico de pessoas e da exploração sexual no país, a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) desenvolverá ações de conscientização durante a Copa do Mundo de 2014. A campanha “Jogue a favor da vida” foi lançada nesta semana pela CRB, por meio da Rede “Um grito pela Vida”, da qual faz parte um grupo de religiosas sensíveis à situação de escravidão de milhares de brasileiros que são vítimas deste tráfico.
Atualmente, a CRB conta com 30.528 religiosas consagradas, 7.580 padres e 2.702 irmãos. O objetivo é convocar todo esse grupo para atuar na campanha preventiva que terá início dia 18 de maio em todas as cidades-sedes da Copa do Mundo até o final do evento. 
“É uma campanha de prevenção e informação. Material impresso, com conceitos e orientações sobre a prevenção das diferentes modalidades de tráfico humano, será distribuído nas rodoviárias, ônibus, aeroportos, hotéis das cidades que sediarão a Copa”, explica a coordenadora da Rede, irmã Eurides de Oliveira.
Exploração
Hoje, crianças, jovens e adultos passam por situações de tráfico, sendo impedidos de viver com dignidade. Esse tipo de crime contra a vida gera por ano 32 bilhões de dólares para os traficantes de pessoas. E as copas mundiais acabam sendo ocasiões para a prática deste crime.
Em muitos casos, crianças são adotadas ilegalmente, adolescentes levados para treinos esportivos e acabam sendo usados para exploração sexual de aliciadores. De acordo com irmã Eurides, organizações, núcleos de enfrentamento do tráfico, a Pastoral do Menor, universidades, a Cáritas Internacional e o Ministério da Justiça aderiram à campanha “Jogue a favor da vida”.
No Brasil, existem canais para denúncia por telefone, como a Central de Atendimento à Mulher (180) e de Violações aos Direitos Humanos (100).

MENSAGEM DO NOVO BISPO DE CAICÓ AOS SEUS DIOCESANOS


Olharão auele que transpassaram (Jo 19, 37) Juiz de Fora, 15 de fevereiro de 2014 Querido povo de Deus presente na Diocese de Caicó Amado seja por toda parte o Sagrado Coração de Jesus! Meus irmãos no ministério ordenado, minhas irmãs e meus irmãos consagrados e minhas irmãs e meus irmãos fieis leigos, acolho com muita alegria esta minha nomeação para exercer o ministério episcopal junto com vocês. Acolho com alegria por ter percebido, após um discernimento inaciano, que isto era vontade de Deus. Acolho com alegria por ser no nordeste do Brasil, pois sou carioca filho de alagoanos. Fui batizado e crismado na catedral de Penedo- AL, apesar de nunca ter morado no nordeste. Estive inúmeras vezes visitando o nordeste e sempre me senti identificado com o povo nordestino, com a sua calorosa receptividade, com a sua religiosidade, com o seu folclore, com a sua culinária, com a sua música etc. Faço minhas as palavras de Santo Agostinho: “Para vocês sou bispo, com vocês sou cristão”. Quero caminhar com vocês, buscando fazer com prazer a vontade do Pai. Quando foi anunciada a minha nomeação estava pregando o retiro para os seminaristas diocesanos de Nova Iguaçu (RJ) e por isso não pude lhes escrever antes. Quando fui consultado pelo Núncio Apostólico no último dia 29, me vieram ao coração as palavras do papa Francisco na homilia da missa dos Santos Óleos do Ano passado: “...isto vo-lo peço: sede pastores com o «cheiro das ovelhas», que se sinta este –, serem pastores no meio do seu rebanho, e pescadores de homens”. Também me vieram as palavras do papa Francisco aos bispos responsáveis do Celam, no encerramento da JMJ, no Rio de Janeiro: “Quem guia a pastoral, a |Missão Continental (seja programática, seja paradigmática), é o Bispo. Ele deve guiar, que não é o mesmo que dominar...Os Bispos devem ser Pastores, próximos das pessoas, pais e irmãos, com grande mansidão: pacientes e misericordiosos. Homens que amem a pobreza, quer a pobreza interior como liberdade diante do Senhor, quer a pobreza exterior como simplicidade e austeridade de vida. Homens que não tenham “psicologia de príncipes”. Homens que não sejam ambiciosos e que sejam esposos de uma Igreja sem viver na expectativa de outra. Homens capazes de vigiar sobre o rebanho que lhes foi confiado e cuidando de tudo aquilo que o mantém unido: vigiar sobre o seu povo, atento a eventuais perigos que o ameacem, mas sobretudo para fazer crescer a esperança: que haja sol e luz nos corações. Homens capazes de sustentar com amor e paciência os passos de Deus em seu povo. E o lugar do Bispo para estar com o seu povo é triplo: ou à frente para indicar o caminho, ou no meio para mantê-lo unido e neutralizar as debandadas, ou então atrás para evitar que alguém se atrase mas também, e fundamentalmente, porque o próprio rebanho tem o seu faro para encontrar novos caminhos”. Comungo plenamente com essas palavras e desejo vivê-las no meu ministério. Tomei consciência que vocês celebrarão 75 anos da criação da diocese no próximo dia 25 de novembro, dia do meu aniversário. Venho para somar nesta caminhada, acolhendo como graça tudo que foi feito pelos meus antecessores: Dom José de Medeiros Delgado, Dom José Adelino Dantas, Dom Manoel Tavares de Araújo, Dom Heitor de Araújo Sales, Dom Jaime Vieira Rocha e Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap. Quero caminhar em caminhar com os meus irmãos no episcopado, sobretudo com os bispos do Regional NE 2. Também tomei ciência que esta região vive o flagelo da seca, pois não chove há 3 anos. Quero colaborar, em comunhão com a Diocese de Caicó, junto com outras pessoas de boa vontade para amenizar o máximo possível as dores causadas pela seca. Que neste momento sejamos capazes de encontrar Aquele que é a fonte que jorra para a vida eterna. Oxalá, saciados por esta fonte, possa jorrar do nosso seio rios de água viva. Fiquei feliz em saber que os Meios de Comunicação são uma prioridade para a Evangelização nesta Diocese. Alegrou-me em saber que vocês são solidários com outra diocese mais carente de clero e souberam dar da sua própria pobreza, enviando irmãos presbíteros. Ao longo dos meus 21 anos de ministério presbiteral trabalhei a maior parte do tempo como formador, por isso quero acolher a todos os seminaristas de nossa diocese. Convido a Diocese a rezar e a promover as vocações sacerdotais e religiosas. Como religioso MSC trabalhei em comunhão com a CRB. Quero acolher com um carinho especial todos os consagrados e todas as consagradas. Trabalhei também com a Pastoral da Juventude, pois minha vocação brotou neste meio. Quero acolher todos os jovens com carinho e convidá-los a oferecer o vigor da sua juventude para a edificação do Reino de Deus. Fui vigário paroquial em diversas paróquias. Acolho todas as paróquias da nossa diocese convidando-as a serem uma igreja viva. Durante vários anos acompanhei nas casas de recuperação para dependentes químicos. Admiro o trabalho daqueles que se dedicam a esta missão tão redentora. Convido aos nossos dependentes a acreditarem na libertação que Cristo trouxe. Ultimamente estava acompanhando um grupo de casais. Que possamos fazer o melhor para que nossas famílias sejam uma igreja doméstica. Acolho todos os enfermos e idosos, todos os que sofrem, todos os que se sentem excluídos, que possamos encontrar Aquele que cura os corações feridos. Por fim, quero acolher e estar aberto a todos, não só aos membros da Diocese de Caicó, mas aos irmãos e às irmãs de outras denominações religiosas, aos irmãos e às irmãs que não creem. Com certeza Aquele e aquilo que nos une é muito maior do que tudo aquilo que nos separa. Quando o Núncio Apostólico me apresentou o nome da Diocese a primeira coisa que me veio a mente foi a canção tão conhecida: “O mana deixa eu ir, o mana eu vou só O mana deixa eu ir, para o sertão de Caicó”. Com certeza eu não vou só. Vou impulsionado pelo Espírito daquele que me enviou, vou apoiado pela Congregação dos Missionários do Sagrado, minha família religiosa, vou sabendo que estarei indo para o meio de irmãos e irmãs. A canção vai me levando. Minha ordenação episcopal será no dia 10/5, véspera da Festa do Bom Pastor, às 9h, na Matriz de S. Pedro de Alcântara, no bairro de Alcântara, em S. Gonçalo, no Estado do Rio de Janeiro, na Arquidiocese de Niterói. A posse está marcada para o dia 24/5, às 17h na Catedral de Santana, aí em Caicó. Rezem por mim para que eu seja fiel Àquele que me confiou esta missão. Que Nossa Senhora do Sagrado Coração, que S. José – exemplo e padroeiro daqueles que amam o Sagrado Coração e Santana possam interceder por todos nós. De peito aberto... Pe. Antonio Carlos Cruz Santos, msc curso

FÉ E PERSEVERAÇA AOS NOVOS SEMINARISTAS

 O Seminário diocesano Santo Cura d'ars de Caicó - RN, estará acolhendo esse ano mais trés novos candidatos que irão começar sua formação filosofica naquela casa. 
Os novos seminaristas são oriundos de Currais Novos, Cerro Corá e Cruzeta, rezemos para que os mesmos sejam perseverantes em sua nova caminhada. As comunides acima citadas  preparam com muito carinho as  missas de envios dos Seminanistas. 

DIÁLOGO DO PAPA FRANCISCO COM OS NOIVOS

Catequese com o Papa Francisco - 12/02/2014
                                                                    Boletim da Santa Sé
                                                              Tradução: Liliane Borges
1ª Pergunta : O medo do “para sempre”
Santidade, muitos, hoje, pensam que prometer fidelidade para toda a vida é um compromisso muito difícil. Muitos sentem que o desafio de viver juntos para sempre é bonito, fascinante, mas muito exigente, quase impossível. Pedimos que sua palavra possa nos iluminar sobre esse aspecto.
É importante perguntar se é possível amar “para sempre”. Hoje, muitas pessoas têm medo de fazer escolhas definitivas, por toda a vida, parece impossível. Hoje, tudo está mudando rapidamente, nada dura muito tempo. E essa mentalidade leva muitos, que estão se preparando para o matrimônio, a dizer: “estamos juntos enquanto durar o amor.” Mas o que entendemos por “amor”? Apenas um sentimento, uma condição psicofísica? Certo, se é isso, você não pode construir em algo sólido. Mas se o amor é um relação, então é uma realidade que cresce, e nós podemos ter como exemplo o modo como é construída uma casa.
A casa se constrói juntos, e não sozinhos! Construir aqui significa favorecer e ajudar o crescimento. Caros noivos, vocês estão se preparando para crescer juntos, para construir esta casa, para viver juntos para sempre. Não queiram fundá-la sobre a areia dos sentimentos que vêm e vão, mas sobre a rocha do amor verdadeiro, o amor que vem de Deus. A família nasce desse projeto de amor que quer crescer como se constrói uma casa, que seja lugar de afeto, ajuda, esperança e apoio. Como o amor de Deus é estável e para sempre, assim também o amor que funda a família queremos que seja estável e para sempre. Não devemos nos deixar vencer pela “cultura do provisório”!
Portanto, como se cura esse medo do “para sempre”? Cura-se dia por dia, confiando-se ao Senhor Jesus em uma vida, que se torna um caminho espiritual diário, composto por etapas, crescimento comum, o compromisso de se tornarem homens maduros e mulheres de fé. Porque, caros noivos, o “para sempre” não é apenas uma questão de tempo! Um matrimônio não é apenas bem sucedido se dura, mas é importante a sua qualidade. Estar juntos e saber amar para sempre é o desafio de esposos cristãos.
Vem-me à mente o milagre da multiplicação dos pães: também para vocês, o Senhor pode multiplicar o vosso amor e dá-lo fresco e bom todos os dias. Ele tem uma fonte infinita! Ele vos dá o amor que é o fundamento de vossa união e cada dia o renova, o fortalece. E o torna ainda maior quando a família cresce com os filhos. Neste caminho, é importante e necessária a oração. Peçam a Jesus para multiplicar o vosso amor. Na oração do Pai-Nosso nós dizemos: “Dá-nos, hoje, o nosso pão cotidiano”.  Os esposos podem aprender a rezar assim: “Senhor, dá-nos hoje o nosso amor cotidiano”, ensina-nos a amar, a querer bem um ao outro! Quanto mais vocês se confiarem a Ele, mais o amor de vocês será “para sempre”, capaz de se renovar-se e vencer todas as dificuldades.
2ª Pergunta : Viver juntos: o “estilo” da vida matrimonial
Santidade, viver juntos todos os dias é belo, dá alegria, sustenta. Mas é um desafio a ser enfrentado. Acreditamos que devemos aprender a nos amar.  Há um “estilo” de vida conjugal, uma espiritualidade do cotidiano que queremos aprender. O Senhor pode nos ajudar nisso,  Santo Padre?
Viver junto é uma arte, um caminho paciente, bonito e fascinante. Ela não termina quando vocês conquistam um ao outro… Na verdade, é precisamente aí que se inicia! Esse caminho de cada dia tem regras que podem ser resumidas em três palavras, que eu já disse para às famílias, e que vocês já podem aprender a usar entre vós: Permissão, obrigado e desculpa.
“Posso?”. É um pedido gentil para poder entrar na vida de outra pessoa com respeito e atenção. É preciso aprender a pedir: Eu posso fazer isso? Agrada a você que façamos isso?  Tomamos essa iniciativa para educar nossos filhos? Você quer sair essa noite?… Em suma, significa ser capaz de pedir permissão para entrar na vida dos outros com gentileza.
Às vezes, usa-se modos um pouco “pesados”, como as botas de montanha! O verdadeiro amor não se impõe com  dureza e agressividade. Nos escritos de  Francisco, encontra-se essa expressão: “Saibam que a gentileza é uma das propriedades de Deus,  é irmã da caridade, que apaga o ódio e conserva o amor” (cap. 37). Sim, a gentileza preserva o amor. E, hoje, em nossas famílias, em nosso mundo, muitas vezes violento e arrogante, nós precisamos muito de gentileza.
“Obrigado”. Parece fácil pronunciar esta palavra, mas sabemos que não é assim… Mas é importante! Nós a ensinamos às crianças, mas, depois, a esquecemos! A gratidão é um sentimento importante. Lembram-se do Evangelho de Lucas? Jesus cura dez leprosos e, em seguida, apenas um volta para Lhe agradecer. O Senhor diz: e os outros nove, onde estão? Isso vale também para nós: sabemos agradecer? No relacionamento de vocês, e amanhã na vida conjugal, é importante para manter viva a consciência de que a outra pessoa é um dom de Deus, e dar graças sempre. Nessa atitude interior, agradecer por tudo. Não é uma palavra amável para usar com estranhos, para ser educado. É necessário saber dizer ‘obrigado’ para caminhar bem juntos.
“Desculpe”.  Na vida nós cometemos tantos erros, tantos enganos. Todos nós. Talvez, haja um dia em que nós não façamos algo errado. Eis, então, a necessidade de usar esta simples palavra: “desculpe”.
Em geral, cada um de nós está pronto para acusar os outros e nos justificarmos. É um instinto que está na origem de muitos desastres. Aprendamos a reconhecer nossos erros e a pedir desculpas. “Desculpe-me se eu levantei a voz”. ” Desculpe-me se eu passei sem cumprimentá-lo; desculpe-me pelo atraso; desculpe-me por estar tão silencioso esta semana; se eu falei muito e não te ouvi; desculpe-me se eu esqueci”. Também assim cresce uma família cristã.
Nós todos sabemos que não há família perfeita, e até mesmo o marido perfeito ou a esposa perfeita. Existimos nós, os pecadores. Jesus, que nos conhece bem, nos ensinou um segredo: nunca terminar um dia sem pedir perdão, sem que a paz retorne à nossa casa, à nossa família. Se aprendermos a pedir perdão e a nos perdoar, o matrimônio irá durar, irá em frente.
3ª Pergunta: O estilo da celebração do Matrimônio
Santidade, nestes meses, estamos nos preparativos para o nosso casamento. O senhor pode nos dar algum conselho para celebrar bem o nosso matrimônio?
Façam de um modo que seja uma verdadeira festa, uma festa cristã, não uma festa social! A razão mais profunda da alegria desse dia nos  indica o Evangelho de João: vocês se recordam o milagre das bodas de Caná? Em um certo momento, o vinho faltou e a festa parecia arruinada. Por sugestão de Maria, naquele momento, Jesus se revela pela primeira vez e realiza um sinal: transforma a água em vinho e, assim, salva a festa de núpcias.
O que aconteceu em Caná há dois mil anos acontece, na realidade, em cada festa de núpcias: o que fará pleno e profundamente verdadeiro o matrimônio de vocês será a presença do Senhor que se revela e dá a sua graça. É a sua presença que oferece o “vinho bom”, é Ele o segredo da alegria plena, que realmente aquece o meu coração.
Ao mesmo tempo, no entanto, é bom que o matrimônio de vocês seja sóbrio e faça sobressair o que é realmente importante. Alguns estão mais preocupados com os sinais exteriores, com o banquete, fotografias, roupas e flores… São coisas importantes em uma festa, mas somente se forem capazes de apontar o verdadeiro motivo da alegria de vocês: a bênção do Senhor sobre o amor de vocês. Façam de modo que, como o vinho em Caná, os sinais exteriores da festa revelem a presença do Senhor e recorde a vocês e a todos os presentes a origem e o motivo de vossa alegria.