quarta-feira, 30 de abril de 2014

UM SOPRO ALENTADOR

Durante cinquenta dias a comunidade de fé canta e celebra a vitória de Cristo sobre a morte. Paulo de Tarso, escrevendo sobre esse evento à comunidade de Corinto, recorda aspectos fundamentais de sua pregação, quando lá esteve; ou seja, que “Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressurgiu ao terceiro dia, segundo as Escrituras; apareceu a Cefas e, em seguida, aos doze” (1Cor 15, 3-5); e conclui exclamando: “Ó morte, onde está tua vitória?” (1Cor 15, 55).

A Igreja, ao longo dos séculos, em meio a luzes e sombras, continua celebrando esse evento. Sua fé está fundamentada, sobretudo, no testemunho daqueles homens e mulheres – discípulos da primeira hora – que puderam ver e tocar o Senhor da vida e da morte.
Nós, homens e mulheres do século XXI, participantes de tantas realizações e conquistas da ciência e da técnica, temos a convicção de que podemos muito, mas não podemos tudo. Podemos extrapolar as fronteiras da terra, podemos manipular a vida, destruir a natureza-ambiente, construir satélites capazes de estar ao lado das estrelas, levando e colhendo informações ao redor de todo o planeta... Uma coisa, porém, não podemos: vencer a morte! Podemos favorecer e prolongar a vida, mas não dominá-la.
Esquecemo-nos, por vezes, de nossa condição radical: somos pó, somos barro! Com uma distinção: este pó, este barro vive. Há um ‘sopro’ no seu íntimo que o faz viver. Esse ‘sopro’ é expressão da inciativa de amor de Alguém que nos desejou e nos quis!
Após os fatos trágicos de Jerusalém, os discípulos de Jesus, num primeiro instante, sentiram-se abandonados, abatidos, impotentes. O poder do cálculo pensa poder controlar e manipular tudo. O poder do amor se expressa de modo inusitado: é capaz de perceber na ausência uma presença mais forte que a morte! Vê que aquilo que o cálculo, devido ao seu modo característico de proceder, não pode compreender, Deus escolheu para expressar seu amor infinito para com tudo e todos.
No seio da comunidade reunida, o Senhor se manifesta e sopra sobre eles (Jo, 20, 22). Sem o sopro do Ressuscitado a comunidade é pó, barro sem vida incapaz de testemunhar esperança e vida. Sem o sopro do Ressuscitado, a comunidade pode expressar convicções, segurança, firmeza; mas não é capaz de abrir-se à realidade sempre nova da Vida que se oferece generosa e gratuitamente. Sem o sopro do Ressuscitado, corre-se o risco de se ficar preso a costumes e tradicionalismos que não permitem o irromper do sempre novo proporcionado pela experiência do Encontro com o Ressuscitado. Sem o sopro do Ressuscitado, pode-se cair na satisfação de uma religião estática; de uma religião que controla e manipula todo comportamento.
O sopro do Ressuscitado faz novas todas as coisas. Faz os surdos ouvirem, os cegos verem, os mudos falarem!
Não estaria a nossa sociedade se ressentindo de um vazio que ninguém pode preencher? De uma escuridão, onde nada mais parece brilhar? De um medo que faz com que sempre mais fechemos nossas portas? De um sopro capaz de propiciar alento a nossas angústias e incertezas, desejos e sonhos?

MARIA, UMA MULHER COM PASSOS DECIDIDOS


O mês de maio, trás como proposta a contemplação da Maria a Mãe de Jesus como modelo de fé e seguimento do Cristo. Toda sua vida foi uma peregrinação na esperança acreditando firmemente nas promessas de Deus. Torna-se exemplo de mulher que quer com passo decidido alcançar sua vocação humana e cristã, trilhando o caminho da entrega, do serviço e da total disponibilidade.

De veras como apresenta o Papa Paulo Vi na Encíclica Marialis Cultus, Maria é modelo de mulher forte, profetisa de Israel, que não vacila em anunciar no Magnificat a ação do Deus fiel que exalta os humildes e os pobres e deixa os ricos de mãos vazias. Ela não se submete aos clichês do seu tempo que obrigavam a mulher a passividade e ao conformismo, pelo contrário, no seu sim faz acontecer um processo de libertação continua a serviço do Reino de Deus.
Ela vivenciou profundamente no acompanhamento de seu Filho, que a verdadeira realeza e senhorio consiste em praticar com fidelidade a vontade de Deus com humildade e colocando-se sempre como Jesus cingida para abraçar a bacia e a toalha, símbolos da doação e trabalho para o resgate dos irmãos. Um culto e uma espiritualidade mariana que não nos leva a conversão e a missão na comunidade, é certamente falsa e inautêntica uma vez que se afasta do caminho escolhido por Nossa Senhora para cumprir sua vocação.
A oração de Maria, cheia de silêncio amoroso e compassivo a aproximava do sofrimento e da dor de seus filhos prediletos, os pobres e necessitados como em Caná da Galiléia. Estar na Escola de Maria, é tornar-se cada vez mais desapegado, pequeno e humilde, indicando sempre a observância e a escuta da Palavra do seu Filho. Que aprendamos com Ela a estar ao pé da Cruz, oferecendo como sacrifício agradável a Deus, nossos projetos, desejos, e sentimentos, aceitando sempre o desígnio divino em nossa vida e missão. Que sejamos como Ela como afirmava São João Crisóstomo, barquinhos a vela dirigidos e conduzidos pelo vento impetuoso do Espirito Santo. Que neste mês consigamos crescer na mística de ser e viver como Maria, a aventura da fé, com ousadia e criatividade evangélicas, encarnando a Boa Nova do Ressuscitado em todos os ambientes e lugares. Deus seja louvado!

PAPA FRANCISCO NOMEIA BISPOS AUXILIARES PARA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO

O papa Francisco nomeou hoje, 30, dois novos bispos auxiliares para a arquidiocese de São Paulo (SP), sendo eles, padre Carlos Lema Garcia e padre José Roberto Fortes Palau (à direita). Atualmente, padre Carlos exerce a função de diretor espiritual da prelazia do Opus Dei e Santa Cruz. Já padre José Roberto estava como pároco da paróquia Santo Agostinho, em São José dos Campos (SP).
Padre Carlos 
É natural de São Paulo, nasceu em 1956. Ingressou na prelazia do Opus Dei aos 18 anos. Foi ordenado presbítero em 02 de junho de 1985, por São João Paulo II, na Basílica de São Pedro, em Roma, juntamente com um grupo de diáconos. É graduado em Direito Civil pela Universidade de São Paulo e doutor em Teologia Dogmática, pelo Centro Acadêmico Romano da Santa Cruz. Durante sua caminhada presbiteral atuou em atividades pastorais voltadas à juventude e à família. Atualmente exerce a função de capelão do Centro Cultural Aclimação, em São Paulo. De 2004 a 2010 foi secretário da delegação da prelazia do Opus Dei.

Padre José Roberto Fortes Palau
Nascido em Jacareí (SP), em 09 de abril de 1965, padre José Roberto Fortes Palau recebeu a ordenação presbiteral 06 fevereiro de 1993. É mestre em Teologia da Espiritualidade pela Pontifícia Universidade de Teresianum, em Roma e doutorado também em Teologia pela PUC-Rio. Foi reitor do Seminário de Teologia da diocese de São José dos Campos de 2000 a 2009 e professor do Instituto Teológico Sagrado Coração de Jesus, em Taubaté. Já exerceu cargos como coordenador da pastoral presbiteral, vigário geral da diocese de São José dos Campos (2005 a 2013) e pároco das paróquias Santo Agostinho e São José. Também foi diretor da Escola Diaconal no período de 2005 a 2011 e diretor e professor da Faculdade Católica de São José dos Campos de 2008 até o momento.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

COMISSÃO ELABORA SUBSÍDIOS PARA O DIA DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

O Dia Mundial de Oração pelas Vocações é celebrado, em todo o mundo, no quarto domingo da Páscoa, que neste ano será no dia 11 de maio. Para colaborar e dinamizar as celebrações, a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada elaborou dois subsídios de apoio.
Uma das publicações é o “Tríduo Vocacional”, com a finalidade de ser uma preparação para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. O subsídio encontra-se disponível no site www.edicoescnbb.com.br. O outro material é um CD, “O Bom Pastor”, com canções vocacionais, que está disponível nas lojas da Paulus, em todo o Brasil. Também há um spot para divulgação da data, disponível aqui.
De acordo com o arcebispo de Palmas (TO) e presidente da comissão, dom Pedro Brito Guimarães, é muito importante que as comunidades do Brasil se preparem para vivenciar este dia. “As comunidades são chamadas a se integrarem neste projeto e a rezarem conosco pelas vocações, para Deus enviar mais operários para sua messe”, disse.
Por ocasião dessa data, o papa Francisco enviou uma mensagem para lembrar da importância da vocação e do trabalho em prol das vocações. O tema da mensagem, divulgada em 16 de janeiro, é “Vocações, testemunho da verdade”.
Na mensagem, o papa diz que “toda a vocação exige sempre um êxodo de si mesmo para centrar a própria existência em Cristo e no seu Evangelho”. Segundo Francisco, “quer na vida conjugal, quer nas formas de consagração religiosa, quer ainda na vida sacerdotal, é necessário superar os modos de pensar e de agir que não estão conformes com a vontade de Deus”

"SÃO JOÃO PAULO II E SÃO JOÃO XXIII PODERÃO NOS AJUDAR A VIVER O EVANGELHO" AFIRMA DOM LEONARDO STEINER

Pela primeira vez na história da Igreja, dois papas serão canonizados em um mesmo dia, na mesma cerimônia. João XXIII e João Paulo II se tornarão santos neste domingo, 27, durante missa presidida pelo papa Francisco e concelebrada pelo papa emérito Bento XVI e os cardeais e bispos presentes, na Praça de São Pedro. A celebração contará com a participação de milhares de fieis. São esperadas delegações de mais de 100 países e, ao menos, 24 chefes de Estado.
Para o bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, o papa Francisco teve uma “feliz iniciativa” ao querer canonizar os dois papas. “São dois grandes homens que serão canonizados, colocados diante de nós como exemplos de pessoas que poderão nos ajudar a viver o Evangelho”, afirma dom Leonardo Steiner.
O bispo explica que a Igreja vive hoje das iniciativas de João XXIII e o define como um “homem experiente, que foi núncio apostólico em diversos países”. Segundo dom Leonardo, João XXIII percebeu que a Igreja precisava de uma renovação e por isso convocou o Concílio Vaticano II, para dar vida nova à Igreja e colocá-la em movimento. “João XXIII mudou o modo de ser papa. Um homem simples, relacional, próximo das pessoas, tinha a linguagem do povo. Um grande homem, com muito amor à Igreja”, ressalta.
Com relação a João Paulo II, dom Leonardo diz que ele foi o “arauto da paz”. Acrescenta que foi um homem peregrino, que visitou diversos países. “Não teve receio de dizer o que pensava, sempre soube marcar a presença da Igreja. Ao final da sua vida, João Paulo II, ofereceu o próprio sofrimento a Deus por amor à Igreja”.
Ação de graças
Em Salvador (BA), o arcebispo e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger assinará amanhã, 27, decreto que instituirá o papa João Paulo II como co-padroeiro da paróquia Nossa Senhora dos Alagados.
Na Catedral Sé de Olina (PE), haverá celebração eucarística de ação de graças pelos dois novos santos, a partir das 9 horas. Haverá também exposição de duas relíquias, referentes aos pontífices.  
Em Maringá (PR), durante a Festa da Misericórdia, os fiéis terão a oportunidade de venerar as relíquias dos papas João XXIII e João Paulo II. A Festa teve início dia 26 de abril, com adoração ao Santíssimo Sacramento, que prosseguirá até às 3 horas do dia 27, quando será feita a entronização das relíquias dos papas, na Catedral Basília Menor Nossa Senhora da Glória. Após a entronização das relíquias ainda haverá programação especial, com pregações, terço da misericórdia e adoração. Às 15h30, acontecerá o encerramento da Festa
Em Criciúma (SC), será criada e instalada no dia 18 de maio, às 16h, a paróquia Santo Antônio de Pádua, que terá como padroeiro João Paulo II. 

PAPA FRANCISCO CANONIZA JOÃO PAULO II E JOÃO XXIII

De acordo com informações da agência de notícias do Vaticano, VIS, aproximadamente 500 mil pessoas assistiram hoje, 27, na Praça de São Pedro, à cerimônia de canonização dos papas João XXIII e João Paulo II, e cerca de 300 mil acompanharam o evento pela telas gigantes distribuídas na cidade de Roma.
Estiveram presentes na cerimônia delegações oficiais de mais de cem países, mais de vinte chefes de Estado e personalidades do mundo da política e da cultura.
O papa emérito Bento XVI concelebrou com o papa Francisco, que antes de proceder ao rito da proclamação dos novos santos, dirigiu-se a Bento XVI para abraçá-lo.
Logo após, acompanhado do prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, cardeal Angelo Amato, e dos postuladores das causas, o papa Francisco pronunciou a fórmula de canonização: “Em honra à Santíssima Trindade para exaltação da fé católica e crescimento da vida cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos  Pedro e Paulo e a nossa, Depois de haver refletido profundamente, invocando muitas vezes a ajuda divina e ouvido o parecer de numerosos irmãos no episcopado, declaramos e definimos santos os beatos João XXIII e João Paulo II e os inscrevemos no Catálogo dos Santos, e estabelecemos que em toda a Igreja sejam devotamente honrados entre os Santos. Em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo”.
Após a leitura do Evangelho, Francisco proferiu a homilia, que segue abaixo, na íntegra:

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
II Domingo de Páscoa (ou da Divina Misericórdia), 27 de abril de 2014

No centro deste domingo, que encerra a Oitava de Páscoa e que São João Paulo II quis dedicar à Misericórdia Divina, encontramos as chagas gloriosas de Jesus ressuscitado.
Já as mostrara quando apareceu pela primeira vez aos Apóstolos, ao anoitecer do dia depois do sábado, o dia da Ressurreição. Mas, naquela noite – como ouvimos –, Tomé não estava; e quando os outros lhe disseram que tinham visto o Senhor, respondeu que, se não visse e tocasse aquelas feridas, não acreditaria. Oito dias depois, Jesus apareceu de novo no meio dos discípulos, no Cenáculo, encontrando-se presente também Tomé; dirigindo-Se a ele, convidou-o a tocar as suas chagas. E então aquele homem sincero, aquele homem habituado a verificar tudo pessoalmente, ajoelhou-se diante de Jesus e disse: «Meu Senhor e meu Deus!» (Jo 20, 28).
Se as chagas de Jesus podem ser de escândalo para a fé, são também a verificação da fé. Por isso, no corpo de Cristo ressuscitado, as chagas não desaparecem, continuam, porque aquelas chagas são o sinal permanente do amor de Deus por nós, sendo indispensáveis para crer em Deus: não para crer que Deus existe, mas sim que Deus é amor, misericórdia, fidelidade. Citando Isaías, São Pedro escreve aos cristãos: «pelas suas chagas, fostes curados» (1 Ped 2, 24; cf. Is 53, 5).
São João XXIII e SãoJoão Paulo II tiveram a coragem de contemplar as feridas de Jesus, tocar as suas mãos chagadas e o seu lado trespassado. Não tiveram vergonha da carne de Cristo, não se escandalizaram d’Ele, da sua cruz; não tiveram vergonha da carne do irmão (cf. Is 58, 7), porque em cada pessoa atribulada viam Jesus. Foram dois homens corajosos, cheios da parresia do Espírito Santo, e deram testemunho da bondade de Deus, da sua misericórdia, à Igreja e ao mundo.
Foram sacerdotes, bispos e papas do século XX. Conheceram as suas tragédias, mas não foram vencidos por elas. Mais forte, neles, era Deus; mais forte era a fé em Jesus Cristo, Redentor do homem e Senhor da história; mais forte, neles, era a misericórdia de Deus que se manifesta nestas cinco chagas; mais forte era a proximidade materna de Maria.
Nestes dois homens contemplativos das chagas de Cristo e testemunhas da sua misericórdia, habitava «uma esperança viva», juntamente com «uma alegria indescritível e irradiante» (1 Ped 1, 3.8). A esperança e a alegria que Cristo ressuscitado dá aos seus discípulos, e de que nada e ninguém os pode privar. A esperança e a alegria pascais, passadas pelo crisol do despojamento, do aniquilamento, da proximidade aos pecadores levada até ao extremo, até à náusea pela amargura daquele cálice. Estas são a esperança e a alegria que os dois santos Papas receberam como dom do Senhor ressuscitado, tendo-as, por sua vez, doado em abundância ao Povo de Deus, recebendo sua eterna gratidão.
Esta esperança e esta alegria respiravam-se na primeira comunidade dos crentes, em Jerusalém, de que falam os Atos dos Apóstolos (cf. 2, 42-47), que ouvimos na segunda Leitura. É uma comunidade onde se vive o essencial do Evangelho, isto é, o amor, a misericórdia, com simplicidade e fraternidade.
E esta é a imagem de Igreja que o Concílio Vaticano II teve diante de si. João XXIII e João Paulo II colaboraram com o Espírito Santo para restabelecer e atualizar a Igreja segundo a sua fisionomia originária, a fisionomia que lhe deram os santos ao longo dos séculos. Não esqueçamos que são precisamente os santos que levam avante e fazem crescer a Igreja. Na convocação do Concílio, São João XXIII demonstrou uma delicada docilidade ao Espírito Santo, deixou-se conduzir e foi para a Igreja um pastor, um guia-guiado, guiado pelo Espírito. Este foi o seu grande serviço à Igreja; por isso gosto de pensar nele como o Papa da docilidade ao Espírito Santo.
Neste serviço ao Povo de Deus, São João Paulo II foi o Papa da família. Ele mesmo disse uma vez que assim gostaria de ser lembrado: como o Papa da família. Apraz-me sublinhá-lo no momento em que estamos a viver um caminho sinodal sobre a família e com as famílias, um caminho que ele seguramente acompanha e sustenta do Céu.
Que estes dois novos santos Pastores do Povo de Deus intercedam pela Igreja para que, durante estes dois anos de caminho sinodal, seja dócil ao Espírito Santo no serviço pastoral à família. Que ambos nos ensinem a não nos escandalizarmos das chagas de Cristo, a penetrarmos no mistério da misericórdia divina que sempre espera, sempre perdoa, porque sempre ama.

MORRE AO 61 ANOS, DOM JOSÉ MOREIRA BASTOS

Faleceu na tarde deste sábado, 26, o bispo de Três Lagoas (MS), dom José Moreira Bastos Neto, aos 61 anos. De acordo com informações da diocese, o bispo participava de encontro com religiosos, quando passou mal e foi levado ao Pronto Atendimento, sendo constatado infarto. Dom José Moreira realizou exames e foi encaminhado para Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). O quadro de saúde agravou-se, levando o bispo à óbito, por volta das 17h.
O velório terá início às 19h, na catedral Sagrado Coração de Jesus, onde haverá celebração de missas, vigílias de oração e rito das exéquias. Fieis de Três Lagoas, paróquias e comunidades das dioceses do Mato Grosso do Sul irão prestar as últimas homenagens ao bispo, dom José Moreira.
Sepultamento
Na manhã deste domingo, 27, o arcebispo de Campo Grande (MS), dom Dimas Lara, presidirá missa de corpo presente, com participação de bispos, padres, religiosos e comunidade local. Em seguida, o corpo de dom José Moreira será levado para Minas Gerais, onde reside sua família, para sepultamento.
Natural de Simonésia (MG), dom José Moreira foi ordenado presbítero em 28 de outubro de 1979. Sua nomeação episcopal ocorreu no dia 07 de janeiro de 2009 pelo papa Bento XVI. Escolheu como lema de seu episcopado “Tomou-me para o seu serviço”, dedicando-se à formação e às atividades pastorais em paróquias, seminários e comunidades de Minas Gerais. Dom José Moreira era membro da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz e vice-presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), organismo vinculado à CNBB.

FALECEU DOM ALOÍSIO ROQUE OPPERMANN

Na madrugada de hoje, 27, morreu o bispo emérito de Uberaba (MG), dom Aloísio Roque Oppermann. Seu corpo será velado na Catedral Metropolitana do Sagrado Coração de Jesus, em Uberaba. 
A missa de corpo presente será amanhã, 28 de abril, às 9h, e, em seguida, acontecerá o sepultamento. 
Natural de São Vendelino (RS), dom Oppermann tinha 78 anos. Foi nomeado bispo em Ituiutaba (MG) em 2 de fevereiro de 1983, onde recebeu a ordenação episcopal em 21 de abril do mesmo ano. Foi bispo de Campanha (MG) por sete anos e tornou-se arcebispo de Uberaba em 1º de maio de 1996. Foi coordenador da Comissão de Liturgia do Regional Leste 2 por cinco períodos e membro do Conselho Permanente da CNBB. 

sexta-feira, 25 de abril de 2014

APÓS 40 DIAS EM COMA PADRE DA VENEZUELA SE RECUPERA E VISITA O PAPA FRANCISCO, E É CONSOLADO POR ELE


O Pe. Horacio Zúñiga esteve em coma durante 40 dias, após uma tentativa de assassinato por parte de narcotraficantes, que queriam eliminar o sacerdote que se dedica a tirar os jovens das drogas. O Pe. Horário foi brutalmente atacado, mas se recuperou parcialmente e já voltou a guiar sua paróquia e seu colégio. Ele teve a bênção de comemorar seu aniversário de 45 anos ao lado do Papa Francisco. A história deste padre é brilhante. Com um doutorado em Teologia em Roma, ele foi nomeado pároco de um bairro pobre de La Guaira (Venezuela), bem como diretor de um colégio. O Pe. Horacio conseguiu tirar muitos jovens das ruas e o mundo das drogas. Por isso, os narcotraficantes decidiram assassiná-lo em plena luz do dia. Depois de ser espancado e dado por morto, ele ficou horas jogado na rua. Após 40 dias em coma, recuperou-se dos ferimentos. E, mesmo estando à beira da morte, ele voltou à Venezuela para abrir uma escola diocesana. Sua mãe quis dar-lhe de presente de aniversário uma viagem a Roma, para encontrar-se com o Papa Francisco. Após seu encontro com o Pontífice, o Pe. Horacio comentou que se sente “mais forte, porque o Papa Francisco me confortou e deu um novo sentido ao pouco sangue que derramei por Cristo”. “Em La Guaira, sou chamado de ‘milagre de Deus’, mas eu prefiro pensar que sou um predileto do Senhor. Prova disso foi a Missa que pude concelebrar esta manhã com o Papa Francisco”, contou o Pe. Horacio ao L’Osservatore Romano. “Escrevemos ao Papa no mês passado – conta a mãe do sacerdote – para contar-lhe a história de Horacio, e lhe pedimos que nos concedesse apenas um minuto do seu tempo, para dar-lhe sua bênção. Não esperávamos esta graça tão grande.” O Pe. Horacio nasceu em Cartagena (Venezuela). Entrou no seminário durante a juventude e completou seus estudos na Universidade Pontifícia da Santa Cruz, em Roma. Logo após sua ordenação, foi enviado a La Guaira. Ao chegar ao seu primeiro destino como sacerdote, percebeu a delicada situação dos jovens do local – muitos deles eram utilizados pelos narcotraficantes para vender drogas. Horacio se opôs a isso e decidiu tirar o maior número possível de jovens dessa agonia. Segundo relatou o L’Osservatore Romano, o carisma e zelo apostólico do Pe. Horacio possibilitou não apenas reunir um bom grupo de jovens, tirando-os das mãos dos traficantes, mas também iniciar uma autêntica campanha de conscientização para dar mais visibilidade a essa praga social na Venezuela. Diante de tal situação, os narcotraficantes decidiram assassiná-lo. Ao sair de um shopping, em plena luz do dia, o padre foi atacado por alguns traficantes, que o espancaram usando tacos de beisebol, e o deixaram jogado no meio da rua. Ele passou horas sobre o asfalto, sem que ninguém se atrevesse a socorrê-lo, porque as pessoas tinham medo dos traficantes. Mas, finalmente, uma pessoa o recolheu e o levou ao hospital. Ao despertar do coma de 40 dias, seu primeiro pensamento se dirigiu aos jovens que ele tirou das ruas e das drogas: “Os traficantes queriam arrancá-los de mim, mas não conseguiram e não conseguirão”, disse. O Pe. Horacio terminou sua recuperação em Roma. Agora, está com toda a parte esquerda do corpo paralisada, mas os golpes dos narcotraficantes não conseguiram paralisar seu amor e sua entrega aos jovens das ruas. O sacerdote, ao voltar à Venezuela, abriu uma escola diocesana, dirigida por ele mesmo.perder a barriga

NOTA SOBRE A VIAGEM DO INDIO TUPINAMBÁ AO VATICANO


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou hoje, 24, nota sobre a viagem do índio Tupinambá ao Vaticano. O texto, assinado pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, explica que o cacique Babau Tupinambá viajaria ao Vaticano junto com o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, para participar da missa de ação de graças pela canonização do padre José de Anchieta, que esteve presente entre o povo Tupinambá. "A representação do povo Tupinambá teria um significado especial na celebração em Roma", afirma dom Leonardo. Leia, na íntegra, a nota: 
 A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB lamenta a impossibilidade da viagem ao Vaticano do índio Rosivaldo Ferreira da Silva, conhecido como cacique Babau Tupinambá.
Babau foi convidado pela CNBB para participar da missa de ação de graças pela canonização do Padre José de Anchieta, celebrada hoje, 24 de abril, na Igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma. A missa foi presidida pelo Papa Francisco.
O índio viajaria à Itália junto com o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, no último dia 23. São José de Anchieta esteve entre o povo Tupinambá. O cacique Babau pretendia apresentar ao Santo Padre documentos sobre as violações dos direitos indígenas no Brasil, sobretudo com relação ao povo Tupinambá.
Com o passaporte suspenso, Babau foi impedido de viajar devido a um mandado de prisão temporária, expedido, no dia 20 de fevereiro, pelo juiz substituto da Vara Criminal de Una, na Bahia. O mandado não foi executado, tendo o cacique Babau moradia fixa.
Hoje, 24, cacique Babau participou da audiência unificada das comissões de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em Brasília, e, em seguida, apresentou-se à Polícia Federal, em Brasília.
Esperamos que as acusações sejam investigadas de modo justo, sem mais prejuízos ao povo Tupinambá, que sofre com a questão da regularização das terras no sul do Bahia.
A representação do povo Tupinambá teria um significado especial na celebração em Roma.

Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO NA MISSA DE AÇÃO DE GRAÇAS POR SÃO JOSÉ DE ANCHIETA

O papa Francisco presidiu ontem, 24, na Igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma, missa de ação de graças pela canonização do padre José de Anchieta. Estiveram presentes na celebração bispos e autoridades brasileiras, assim como fieis e religiosos residentes em Roma.
Padre José de Anchieta foi beatificado pelo papa João Paulo II em 1980. No último dia 3, o papa Francisco assinou o decreto de canonização do apóstolo do Brasil. 
Em sua homilia, o papa Francisco afirmou que a canonização do religioso é “uma ocasião de grande alegria espiritual”. Leia, na íntegra, a homilia do papa. 
Homilia do papa Francisco durante missa de ação de graças pela canonização do padre Anchieta

Queridos irmãos e irmãs,

Nesta quinta-feira da Oitava da Páscoa, em que a luz do Cristo Ressuscitado nos ilumina com tanta clareza, demos graças a Deus também por São José de Anchieta, o apóstolo do Brasil, recentemente canonizado. É uma ocasião de grande alegria espiritual.
No Evangelho que acabamos de ouvir os discípulos não conseguem acreditar tamanha a alegria. Olhemos a cena: Jesus ressuscitou, os discípulos de Emaús contaram sua experiência, e depois o próprio Senhor aparece no Cenáculo e lhe diz: "A paz esteja convosco". Vários sentimentos irrompem no coração dos discípulos: medo, surpresa, dúvida e, finalmente, alegria. Uma alegria tão grande que "que não conseguiam acreditar" – diz o Evangelista. Estavam atônitos, pasmos, e Jesus, quase esboçando um sorriso, lhes pede algo para comer e começa a explicar-lhes, aos poucos, a Escritura, abrindo o entendimento deles para que possam compreendê-la. É o momento do estupor, do encontro com Jesus Cristo, em que tanta alegria não parece ser verdade; mais ainda, assumir o regozijo e a alegria naquele momento nos parece arriscado e sentimos a tentação de refugiar-nos no ceticismo, no "não exagerar". É um relativizar tanto a fé que acaba por distanciar-nos do encontro, da carícia de Deus. É como se "destilássemos" a realidade do encontro no alambique do medo, da segurança excessiva, do querer nós mesmos controlar o encontro.
Os discípulos tinham medo da alegria... e também nós. A leitura dos Atos dos Apóstolos fala-nos de um paralítico. Ouvimos somente a segunda parte da história, mas todos conhecemos a transformação deste homem, entrevado desde o nascimento, prostrado na porta do Templo a pedir esmola, sem jamais atravessar a soleira, e como seus olhos se fixaram nos apóstolos, esperando que lhe dessem algo. Pedro e João não podiam dar-lhe nada daquilo que ele buscava: nem ouro, nem prata. E ele, que sempre permaneceu na porta, agora entra com seus pés, pulando e louvando a Deus, celebrando suas maravilhas. E sua alegria é contagiosa.
Isso é o que nos diz hoje a Escritura: as pessoas estavam cheias de estupor, e maravilhadas acorriam, e em meio àquela confusão, àquela admiração, Pedro anunciava a mensagem. Porque a alegria do encontro com Jesus Cristo, aquela que nos dá tanto medo de assumir, é contagiosa e grita o anúncio; porque "a Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração"; a atração testemunhal que nasce da alegria aceita e depois transformada em anúncio. É uma alegria fundada. É uma alegria apostólica, que se irradia, que se expande. Pergunto-me: Sou capaz, como Pedro, de sentar-me ao lado do irmão e explicar lentamente o dom da Palavra que recebi? Sou capaz de convocar ao meu redor o entusiasmo daqueles que descobrem em nós o milagre de uma vida nova, nascida do encontro com Cristo?
Também São José de Anchieta soube comunicar aquilo que tinha experimentado com o Senhor, aquilo que tinha visto e ouvido d'Ele; e essa foi e é a sua santidade. Não teve medo da alegria. São José de Anchieta tem um hino belíssimo dedicado à Virgem Maria, a quem, inspirando-se no cântico de Isaías 52, compara com o mensageiro que proclama a paz, que anuncia a alegria da Boa Notícia. Que Ela, que naquele alvorecer do domingo insone pela esperança, não teve medo da alegria, nos acompanhe em nosso peregrinar, convidando todos a se levantarem, para entrar juntos na paz e na alegria que Jesus, o Senhor Ressuscitado, nos promete.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

VIAGEM DE ESTUDOS - UVA POLO CURRAIS NOVOS

 

A Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, Polo Currais Novos, promoverá dia 26 desde uma viagem de estudos coma turma 2012.1, Curso de Pedagogia para duas escolas rurais (multesseriadas) do municipio de Parelhas-RN. Os alunos visam complementar os estudos da disciplina Educação do Campo, observando " in loco" como realisa-se o trabalho envolvendo a alunosdo primeiro ao quinto ano no memso turno e horário.

FESTA DA DIVINA MISERICORDIA EM CURRAIS NOVOS - RN


A Paróquia da Imaculada Conceição de currais Novos, vivi a festa da Divina Misericordia nor com celebrações do terço da misericordia, adoração ao Santissimo Sacramento, missas, e cuminará com o retiro espiritual que acontecerá apartir de sexta feira a noite, no ginasio Agenor Maria ( natigo geraldão). A programação tem seu ponto forte no proximo domingo coma procissão que sairá as 15 hs da Matriz de Sant'Ana para a paróquia da Imaculada Conceição. Lembrando que a festa da divina Misericorida se encerrará no domingo da canonização dos beatos Joâo Paulo II e João XXII, rezemos pelos novos santos da Igreja.

DIOCESE DE CAICÓ SE PREPARA PARA POSSE DO SEU NOVO BISPO


A Diocese de Caicó está se preparando para posse do seu novo bispo eleito Dom Antônio Carlos que será sagrado bispo dia 10 de maio em São Gonçalo no Rio de janeiro, alguns sacerdotes do clero de Caicó estão se preparando para viajar ao Rio de Janeiro para participarem da cerimonia de consagração.Os sagrantes serão o Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Natal, dom Jaime Vieira Rocha e o bispo do Crato Dom Antônio Panico. Dom Antonio Carlos, será empossado na Diocese de Caicó dia 24 de maio, onde está sendo preparado com muito carinho a missa de posse do novo bispo.

ATO ECUMENICO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE REÚNE ESCOLA EM COLATINA -ES

A Pastoral da Educação da diocese de Colatina (ES) organizou atividade ecumênica sobre a Campanha da Fraternidade 2014, que aborda o Tráfico Humano.
Diversas instituições de ensino da cidade participaram da concentração, no dia 16, na Praça do Sol Poente, para momentos de reflexão a respeito do tráfico de pessoas no país. Os alunos assistiram à apresentação de coreografias, encenações, percussões e poesias.
Estiveram presentes aproximadamente mil pessoas, entre alunos, professores, gestores educacionais e autoridades. O bispo diocesano de Colatina, dom Décio Sossai Zandonade, que acompanhou o trabalho pastoral na educação, agradeceu às escolas pela dedicação na abordagem do tema da Campanha da Fraternidade.
O evento foi organizado pelas escolas e contou com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, Superintendência Regional de Educação, colégios Marista e Passionista

RELIQUIASDE DOS BEATOS JOÂO PAULO II E JOÃO XXII SERÃO EXPOSTAS NA CATEDRAL DE MARINGÁ

Durante a Festa da Misericórdia, os fiéis da arquidiocese de Maringá (PR) terão a oportunidade de venerar as relíquias dos papas  João XXIII e João Paulo II. A Festa terá início dia 26 de abril, com adoração ao Santíssimo Sacramento, que prosseguirá até às 3 horas do dia 27, quando será feita a entronização das relíquias dos papas, na Catedral Basília Menor  Menor Nossa Senhora da Glória.
Após a entronização das relíquias ainda haverá programação especial, com pregações, terço da misericórdia e adoração. Às 15h30, acontecerá o encerramento da Festa da Misericórdia, com uma missa. 
A Festa da Divina Misericórdia é celebrada em todo o mundo no segundo domingo da Páscoa. A data foi instituída pelo papa João Paulo II. 
Também no dia 27 de abril, será realizada a cerimônia de canonização de João XXIII e João Paulo II, presidida pelo papa Francisco. 
João XXIII foi beatificado por João Paulo II em 3 de setembro de 2000. João Paulo II descreveu João XXIII, durante homilia da beatificação, como “o papa que comoveu o mundo pela afabilidade do seu trato, que refletia a singular bondade do seu coração”.
Já João Paulo II faleceu em 2 de abril de 2005. Seis anos e um mês após a sua morte, foi beatificado. O papa Bento XVI fixou a data da sua memória litúrgica no dia 22 de outubro.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

ESTRATÉGIA DE ENFRENTAMENTO DA AIDS SÃO APRESENTADAS Á CNBB

O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, recebeu ontem, dia 15, o assessor nacional da Pastoral da Aids, frei Luiz Carlos Lunardi, o diretor do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, e representantes de movimentos ligados à pastoral para tratar das estratégias de enfrentamento da doença no Brasil, com a participação da Igreja. Na ocasião, foi divulgado o material da campanha “Vigília pelos mortos de Aids”.
 Além da Pastoral da Aids, a Pastoral da Criança e da Saúde também possuem parceria com o Ministério da Saúde. Na reunião foi apresentado o objetivo de aproximar a CNBB e o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais para que, em conjunto com as Pastorais, seja incentivado o diagnóstico precoce do vírus da Aids (HIV).
A proposta de apoio da CNBB foi bem recebida por dom Leonardo Steiner. Segundo o bispo, a CNBB sempre está disposta a colaborar com ações a favor da vida. “Essas ações que fazem crescer a vida e a dignidade, a CNBB sempre tem se mostrado pronta para colaborar”, afirmou. Dom Leonardo alertou, ainda, que é preciso tratara respeito do tema com o episcopado e preparar um material para ser entregue nas paróquias.
De acordo com o assessor nacional da Pastoral da Aids, frei Luiz Carlos Lunardi, o ministério da Saúde trabalha com dados de que, no Brasil, quase 250 mil pessoas têm o HIV e não sabem. “Essas pessoas que possuem o HIV e não sabem são os vetores que estão passando a epidemia para outras pessoas”, afirma. Segundo o frei, essas pessoas só vão saber que possuem o vírus quando surge uma doença, exigindo tratamento mais rigoroso.
O diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, considerou bastante positiva a reunião que pode gerar resultados na conscientização para o diagnóstico precoce da doença.
A Pastoral da Aids atua em 145 dioceses brasileiras e trabalha em ações de prevenção; acompanhamento de direitos e acesso a insumos, medicamentos, consultas e exames; garantia de políticas; e superação do estigma e do preconceito.
Vigília

No terceiro domingo de maio, instituições do mundo inteiro que trabalham com pessoas que sofrem com a Aids realizam ações e celebrações em memória dos que morreram por causa da doença. Em 1983, mães, parentes e amigos de vítimas realizaram a primeira vigília, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Segundo frei Luiz Carlos Lunardi, a vigília é um momento de sensibilização pelas pessoas que morreram prematuramente. Neste ano, é proposto o tema “É preciso manter o foco”. Para o frei, é preciso manter na agenda política a questão da aids para que os governos pautem nas suas programações ações de prevenção, acompanhamento e de políticas públicas que beneficiem as pessoas. “Que os programas de governo se comprometam a dar uma resposta a esta epidemia que está cada vez mais avançando em todos os estados do Brasil”, frisou.

DOM JOÃO É NOMEADO BISPO DE OSASCO

O papa Francisco acolheu o pedido de renúncia apresentado por dom Ercílio Turco, em conformidade com o cânon 401.1 do Código de Direito Canônico, e nomeou hoje, 16, como bispo da diocese de Osasco (SP), dom João Bosco Barbosa de Sousa, OFM, transferindo-o da sede episcopal de União da Vitória (PR).

Trajetória
Dom João Bosco Barbosa de Sousa é natural de Guaratinguetá (SP), membro da Ordem dos Frades Menores (OFM). Foi nomeado bispo em 03 de janeiro de 2007, sendo ordenado no dia 23 de março do mesmo ano. É bispo de União da Vitória desde 30 de março de 2007. O lema “Cristo nossa vitória” conduz a missão episcopal de dom João Bosco que atualmente é presidente do Regional Sul 2 da CNBB.
Com formação em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e Comunicação Social pela União Católica Internacional de Imprensa, dom João Bosco dedica-se aos trabalhos da Pastoral da Comunicação, com experiências em mídias audiovisuais, rádio e televisão. Em 2013, integrou a comissão do texto base da 51ª Assembleia Geral da CNBB.

terça-feira, 15 de abril de 2014

ECLIPSE LUNAR FOI VISTO EM TODO BRASIL

O fenômeno acontecerá na madrugada de terça-feira, 15 de abril, a partir da 1h53


O fenômeno aconteceu na madrugada de terça-feira, 15 de abril, a partir da 1h53
Para os amantes da astronomia, a madrugada de amanhã (15) é esperada com ansiedade, pois acontece um eclipse total da Lua. O fenômeno poderá ser visto em todo Brasil, mas será melhor percebido na fase final, nas localidades mais a Oeste do país. A Lua, a Terra e o Sol estarão em perfeito alinhamento, cobrindo a Lua na sombra da Terra.
O astrônomo Jair Barroso, pesquisador do Observatório Nacional, explica que o evento vai começar às 3h, horário de Brasília, quando a Lua já está no lado poente. “O pico do eclipse total acontece por volta das 4h45 e o final [do fenômenos] não vai ser visto em algumas regiões a Leste, porque o dia vai clarear, como no Rio de Janeiro”, diz Barroso.
A duração do eclipse total, enquanto a Lua ficar totalmente imersa na sombra da Terra, será de 78 minutos.
O nosso satélite natural estará entre a estrela Espiga, a mais brilhante da Constelação de Virgem, e o planeta Marte e apresentará uma tonalidade avermelhada. “Os raios do Sol que atingem a atmosfera da Terra serão refratados e atingirão a Lua. A atmosfera, então, retém o azul violeta no nosso espectro e passa a iluminar a Lua com uma coloração alaranjada escura”, explica o astrônomo do Observatório Nacional. O fenômeno é chamado de Lua Vermelha ou Lua Sangrenta.
As pessoas nas localidades mais a Oeste do continente, como os estados de Mato Grosso e Amazonas e o Chile poderão acompanhar o eclipse até o final, antes de clarear o dia. As ilhas do Pacífico e a Austrália também terão uma visão privilegiada do fenômeno.
Para Barroso, o desconhecimento sobre o universo é o que desperta essa fascinação pelos eventos astronômicos. “Apesar de toda tecnologia, de termos conseguido mandar naves para o espaço, conhecemos apenas um pedacinho do que nos cerca. Somos muito pequenos e a astronomia nos permite, a cada dia, uma descoberta nova”, conclui o astrônomo.

DIOCESES DO BRASIL REALIZAM NESTE, DOMINGO A JORNADA DA JUVENTUDE

A Jornada Diocesana da Juventude (JDJ) é celebrada hoje, 13 de abril, Domingo de Ramos, com o tema “Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu” (Mt 5,3). Milhares de jovens estão engajados nas atividades propostas pelas dioceses e comunidades eclesiais presentes na Igreja no Brasil, motivados pela Pastora Juvenil da CNBB.
 No Brasil, a Jornada Diocesana da Juventude está inserida dentro das atividades da Campanha da Fraternidade, buscando ser realizada em sintonia com as reflexões apresentadas pela CNBB. A CF 2014 traz como tema “Fraternidade e Tráfico Humano” e lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou”.
De acordo com o bispo auxiliar de Campo Grande (MS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, dom Eduardo Pinheiro da Silva, as jornadas são momentos de vivência e evangelização da juventude. “A Igreja do Brasil quer estimular nossas dioceses a promoverem a vida da juventude, conduzindo os jovens a uma real experiência de fé e estimulando-os a irem ao encontro da juventude que se encontra afastada ou distante das comunidades eclesiais”, destacou dom Eduardo.

Subsídio
Com o objetivo de auxiliar as dioceses e as comunidades na realização das Jornadas Diocesanas da Juventude (JDJ), foi produzido subsídio pela Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude e pela coordenação da Pastoral Juvenil Nacional (PJN), disponível para download.
O subsídio traz sugestões metodológicas para encontros de preparação dos grupos, como a realização de Vigília Eucarística, roteiro de encontro, leitura orante da Bíblia, momento mariano, cine debate, caminhada celebrativa, entre outros.

SECRETÁRIO GERAL DA CNBB PARTICIPA DA AVALIAÇÃO DA JMJ, EM ROMA

Os frutos pastorais da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 foram apresentados durante reunião nos dias 10 e 11 de abril, convocada pelo Pontifício Conselho para os Leigos. O encontro contou com a participação de 300 delegados de 92 países e 45 movimentos, comunidades e associações jovens católicas, e agentes de pastorais, para balanço das Jornadas Mundiais da Juventude.
O presidente do dicastério do Vaticano, cardeal Stanislaw Ryłko, ressaltou a importância dos trabalhos com a juventude e disse ser necessária uma verdadeira “conversão missionária” dos agentes pastorais. “A pastoral juvenil é muito exigente, requer uma permanente busca de novas vias para encontrar os jovens, a busca de novas linguagens e novos modos de comunicação”, disse Stanislaw.
Bispos representantes do Brasil partilharam os resultados da JMJ Rio2013, com participação do Comitê Organizador Local (COL). O bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, apresentou balanço da peregrinação da cruz e do ícone de Nossa Senhora e a Semana Missionária que precederam a JMJ. De acordo com dom Leonardo, essas duas ações nas dioceses uniram-se as atividades da Jornada como em um único evento, envolvendo todo o Brasil, possibilitando novo impulso à pastoral juvenil.
Jovens missionários
O arcebispo do Rio de Janeiro e presidente do Comitê Organizador brasileiro, considerou a JMJ Rio 2013 como sendo “um milagre” que deve ser repetido todos os dias nas paróquias e comunidades. “Temos visto Deus em ação! É bom ser capaz de olhar para trás e considerar que todo o nosso trabalho, todo o esforço dos últimos anos são pequenos em comparação com a ação de Deus”, afirmou dom Orani.
Na oportunidade, o bispo auxiliar de Campo Grande (MS) e presidente da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB, dom Eduardo Pinheiro da Silva, disse que a renovada atenção da Igreja brasileira ao jovens é fruto da JMJ e do compromisso missionário assumido pela juventude.
Delegados de diversos países também apresentaram os frutos pastorais da JMJ em seus países. Ao final, os participantes assistiram ao filme “Bota Fé”, produzido pela rede de informação católica Aleteia, com imagens gravadas por jovens que participaram da JMJ no Rio. O documentário está disponível no site: www.aleteia.org.
Uma missa em ação de graças pela Jornada Mundial da Juventude do Rio 2013, presidida pelo cardeal Orani Tempesta, encerrou as atividades do encontro.
CNBB/Jovens Conectados.

ARQUIDIOCESE DE JUIZ DE FORA COMEMORA 52 ANOS DE FUNDAÇÃO

A arquidiocese de Juiz de Fora (MG) completou ontem, 14, 52 anos de elevação de diocese para arquidiocese. O arcebispo local, dom Gil Antônio Moreira, considera a ocasião como “momento de ação de graças e agradecimento a Deus” pelo trabalho feito para o crescimento da Igreja.
 A arquidiocese de Juiz de Fora (MG) comemora também 90 anos de fundação, se contados os anos em que era diocese.
A elevação arquidiocesana aconteceu em 14 de abril de 1962 por meio da Bula “Qui tanquam Petrus” do papa João XXIII.

MONSENHOR MARCONY FERREIRA ÉORDENADO BISPO EM BRASILIA

“Pois tudo é d’Ele, por Ele e para Ele; a Ele a glória eternamente” é o lema escolhido pelo bispo auxiliar de Brasília (DF), dom Marcony Vincícius Ferreira, que recebeu a ordenação episcopal, no dia 12, em cerimônia na catedral metropolitana.
 A celebração foi presidida pelo cardeal José Freire Falcão e concelebrada pelos arcebispos de Brasília, dom Sérgio da Rocha, e de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis. Participaram da missa o núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni D'Aniello e 30 bispos de diferentes regiões do país.
Durante a homilia, dom Falcão disse que a missão e o sacrifício são naturais da missão episcopal. “Ser pastor é ser para os outros. É amar as ovelhas com os sacrifícios da própria vida, assim como Cristo nos amou. A vida amadurece na medida que é dada aos outros”, destacou.
O cardeal pediu ao povo que reze por dom Marcony “para que seja um bom pastor e saiba que o episcopado não é para ele, mas para os outros”.
Dom Marcony nasceu no dia 3 de março de 1964, em Brasília (DF). Ingressou no Seminário Maior Nossa Senhora de Fátima, em 1982, onde cursou Filosofia e Teologia. Recebeu a ordenação presbiteral em 3 de dezembro de 1988.

PAPA PROPRÕE REFLEXÃO PARA SEMANA SANTA

“A Semana Santa é um bom momento para confessar e retomar o caminho certo”, disse o papa Francisco no twitter, ontem, dia 14. Como proposta para viver a Semana Santa que celebra a paixão, morte e ressurreição de Jesus, o papa Francisco convidou os fiéis a um exame de consciência. Na missa do Domingo de Ramos, 13, e procissão na Praça de São Pedro, o papa deixou de fazer a homilia e propôs momento de reflexão sobre a passagem bíblica que retrata a Paixão de Cristo.
 O papa sugeriu alguns caminhos para a Semana Santa e disse ser preciso questionar qual postura se deve assumir diante do Senhor. “Quem sou eu, diante de Jesus que sofre? Ouvimos muitos nomes. O grupo de líderes, alguns sacerdotes, alguns fariseus, alguns mestres da lei que tinham decidido matá-lo. Eles estavam esperando a oportunidade para prendê-lo”, disse.
Francisco falou sobre a atitude de Judas, que é retratado na Bíblia como o traidor. "Eu sou como Judas, que finge amar e beija o Mestre para entregá-lo, para traí-lo? Eu sou um traidor? Eu sou como os líderes que, com pressa, fazem o tribunal e procuram falsos testemunhos: Eu sou como eles? E quando eu faço essas coisas, se eu as faço, acredito que com isso salvo o povo?", acrescentou.
Onde está meu coração?
O papa continuou com as suas perguntas em meio a uma Praça silenciosa e reflexiva. “Eu sou como Pilatos que, quando vejo que a situação está difícil, eu lavo as minhas mãos e não sei assumir a minha responsabilidade e deixo condenar - ou condeno eu - as pessoas? Eu sou como aquela multidão que não sabia bem se se encontrava em uma reunião religiosa, ou num processo ou em um circo, e escolhe Barrabás? Para eles é a mesma coisa: era mais divertido humilhar Jesus”, afirmou.
O papa falou, ainda, do comportamento de José e de Maria que acompanharam o paixão de Jesus. “Eu sou como José, o discípulo escondido, que leva o corpo de Jesus com amor, para sepultá-lo? Eu sou como essas duas Marias que permanecem na porta do sepulcro, chorando, rezando? Eu sou como esses líderes que no dia seguinte foram a Pilatos para dizer: 'Mas, olha ele dizia que iria ressuscitar; que não seja mais um engano', e bloqueiam a vida, bloqueando o sepulcro para defender a doutrina, para que a vida não venha para fora? Onde está meu coração?”, questionou.
Ao concluir a reflexão, o papa Francisco pediu aos fiéis para que verificam com qual dos personagens cada um se identifica, propondo que esse questionamento seja vivido durante a Semana Santa.