segunda-feira, 5 de março de 2012

DIOCESE DE CRATO, 95 ANOS

A presença da Igreja Católica no Cariri, região Sul do Ceará, remonta ao século XVIII. No entanto, é com a criação da Diocese de Crato que essa presença se torna mais forte e mais profícua. A Diocese foi criada num momento em que o Cariri passava por fortes tensões políticas, sociais e religiosas, conforme abordamos anteriormente. Por outro lado, a Igreja Católica no Brasil, nesse momento, vinha de um longo processo de romanização, levado a cabo no século XIX, a partir de 1840, com o objetivo de enquadrar o catolicismo brasileiro, sobretudo sua vertente popular, nos moldes romanos. No Ceará, a única Diocese, a de Fortaleza, já não dava conta da imensa tarefa que lhe cabia: cuidar da evangelização de todo o povo cearense.

Pensada e desejada, desde 1908, segundo iniciativas de Pe. Cícero Romão Batista, a Diocese de Crato foi criada pela Bula “Catholicae Eclesiae”, de Sua Santidade o Papa Bento XV, datada de 20 de outubro de 1914. Foi desmembrada da Diocese de Fortaleza, compreendendo vinte e uma paróquias: Crato, Barbalha, Missão Velha, Jardim, Brejo Santo, Milagres, Aurora, Lavras, Umari, Icó, Iguatu,, São Mateus (Jucás), Saboeiro, , São João dos Inhamuns, Flores, Cococi, Arneiroz, Araripe, Assaré, Várzea Alegre e São Pedro do Cariri (Cariaçu). Dom Manoel da Silva Gomes, Bispo Diocesano de Fortaleza, foi nomeado Administrador Apostólico da Diocese de Crato que, por sua vez, nomeou Monsenhor Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva Vigário Capitular da mesma. Posteriormente, a 10 de março de 1915, Monsenhor Quintino foi nomeado primeiro bispo diocesano de Crato. A instalação da Diocese se realizou no dia 1º de janeiro de 1916.

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