segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

CRISTINA KIRCHNER SE RECUPERA COM ÂNIMO APÓS SABER QUE NÃO TEM CÂNCER


Buenos Aires, 9 jan (EFE).- A presidente argentina, Cristina Kirchner, se recupera com "bom ânimo" depois da operação à qual foi submetida por um câncer de tireoide que acabou sendo descartado, enquanto crescem as especulações sobre a possibilidade de que a chefe de Estado encurte sua licença.


Cristina, que se recupera na chácara presidencial de Olivos, nos arredores de Buenos Aires, "está de muito bom ânimo" depois da mudança de diagnóstico, que eliminou a possibilidade de que sofresse de câncer de tireóide, como tinha sido anunciado inicialmente, afirmou o secretário-geral da Presidência, Oscar Parrilli.


O funcionário antecipou, além disso, que a chefe de Estado será visitada nesta segunda-feira pelo médico Pedro Saco, responsável pela operação realizada na quarta-feira no Hospital Austral, "para fazer o acompanhamento pós-operatório".


Cristina também conversou com alguns de seus colaboradores, enquanto a imprensa local especula sobre a possibilidade de que a governante reduza sua licença médica, prevista inicialmente até o dia 24 de janeiro.


O primeiro diagnóstico da governante, que durante sua licença é substituída pelo vice-presidente Amado Boudou, tinha indicado que ela padecia de um carcinoma papilar no lóbulo direito da tireoide, por isso que foi realizada uma tiroidectomia total.


No entanto, a última análise médica, divulgada no sábado, minutos antes de Cristina receber alta, revelou que a glândula da tireoide que lhe foi extraída apresentava "adenomas foliculares", ou seja, um tumor benigno.


"Absolutamente tudo foi informado de acordo com o que ocorreu. É um fato médico que acontece em 2% dos casos. Isso nos alegra", ressaltou Parrilli. Além disso, ele afirma que foi feita "uma comunicação correta" sobre a saúde da governante, que ordenou a seus colaboradores "contar tudo" sobre sua doença, disse.


No domingo, a Unidade Médica Presidencial publicou o boletim do Centro de Diagnóstico Maipú do dia 22 de dezembro no qual se estabelece que a amostra obtida de Cristina é "compatível com carcinoma papilar".


Os médicos que integram a unidade, Luis Buonomo e Marcelo Ballesteros, aprovaram os profissionais que emitiram o primeiro diagnóstico e expressaram que não questionam o "profissionalismo" dos dois especialistas que assinaram o texto, com o objetivo de aplacar as críticas que puseram em dúvida o relatório inicial.


Os especialistas indicaram que estes casos são denominados "falso positivo" e que podem ser verificados "uma vez realizada a intervenção cirúrgica e extraído o órgão afetado".


"Desde 1985, não tivemos jamais um falso positivo. Estamos com uma situação ambígua. Humanamente, estamos contentes porque a presidente não tem câncer. Profissionalmente, vivemos uma situação inédita para nós", disse o diretor do Centro Maipú, Jorge Carrascosa, à rádio "Continental", de Buenos Aires.


"Quando trabalhamos com o presidente da Nação, colocamos o melhor de nós, mas a medicina não é infalível nem na presidente nem naqueles que não são presidentes", admitiu Carrascosa.


Além disso, os especialistas ressaltam que a operação de Cristina, de 58 anos, era inevitável e que não houve má conduta

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