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- O Natal é um tempo especial de fazer a experiência do encontro
com Deus. Aquele que vem ao nosso encontro, o rosto humano de Deus, hoje
ressuscitado em nosso meio, nos impulsiona a ir também ao encontro do
outro. Assim como Maria, que continua ainda hoje propondo o encontro com
Cristo, o único Senhor que nos salva e liberta, também nós, enquanto
cristãos, devemos anunciá-lO, com palavras e com nossa vida, a toda a
sociedade.
São palavras de esperança e de envio missionário do Arcebispo Dom Orani
João Tempesta, durante a ação de graças pelo primeiro ano de pacificação
do Complexo do Alemão, realizada na manhã da última sexta-feira, 23 de
dezembro, no Santuário Nossa Senhora da Penha, Zona Norte do Rio de
Janeiro.
A celebração contou com a presença do comandante militar do Leste,
general Adriano Pereira Júnior, de sua esposa Íris, e dezenas de
militares do Exército, envolvidos na Força de Pacificação no Complexo do
Alemão. Ainda a presença de capelães militares e de párocos da região,
entre eles, o Padre Giovane Pontes, da Paróquia Bom Jesus, da Penha, e o
cônego José Santos Almeida, da Paróquia São Tiago, de Inhaúma.
Ao receber os fiéis e a presença especial dos militares, muitos do
vizinho Estado de Minas Gerais, o reitor do Santuário, Padre Serafim de
Souza Fernandes, lembrou que o Santuário da Penha é um símbolo da
pacificação, de onde emanam as bençãos de Maria, não só para os
moradores da região, mas para toda a cidade.
Dom Orani reforçou que o Santuário, construído em cima do penhasco, vem
testemunhando acontecimentos desde os primórdios da consolidação da
cidade, convidando o povo a olhar para o alto e, a exemplo de Maria,
colocar o sentido da vida na busca de servir ao Senhor.
- Os peregrinos que aqui acorrem, vêm para pedir o auxilio de Maria,
buscar forcas para transformar as realidades. Além da segurança, o homem
anseia por ser feliz, e isso só pode acontecer quando ele faz opção por
uma vida nova. A experiência com o amor de Deus faz com que o homem
seja bom, e tenha condições de fazer o bem. Cristo morreu e ressuscitou
para que tivéssemos a possibilidade de vencer as mortes, e de cumprir
bem a nossa missão enquanto pessoas de fé. Como seguidores de Cristo,
novas criaturas, devemos ser sementes de paz, disse o Arcebispo.
- A pacificação trouxe paz. Houve uma redução significativa da violência
e da sensação de medo. O povo está mais feliz. Comprovei essa melhoria
quando estive em missão na região, entrando de casa em casa para
anunciar o amor de Deus, explicou Sheina Duarte Pinheiro, da Paróquia
São Tiago, de Inhaúma.
Na homilia, ao refletir sobre as leituras da liturgia do
dia, Dom Orani recordou que o Santuário é símbolo do reinicio da
pacificação, da liberdade de ir e vir. E também que a presença do
Exército e das instituições de segurança, no seu primeiro aniversário de
ocupação, possibilitou o sonho por dias melhores, a realidade da
cidadania no âmbito social, cultural e da justiça.
- João Batista precedeu a vinda do Messias. A Força Pacificadora foi
instalada com a finalidade de preparar caminhos. Agora, cada um deve
fazer a sua parte, empenhando-se para que a paz possa reinar. Para nós
que cremos em Cristo, devemos ser sinais de um novo tempo, colaborando
para que a sociedade seja mais justa, solidária e humana, disse o
Arcebispo.
De acordo com o capelão do Comando Militar do Leste, Padre Linderberg
Freitas Muniz, o Exército permanecerá no Complexo do Alemão até junho de
2012, quando serão instaladas UPPs, sob a coordenação da Secretaria de
Segurança do Estado.
- Agradecemos a Deus pela paz, conquistada há um ano. É um grande
presente do menino Deus, Ele que é o Príncipe da Paz. Agora é preciso
construir uma cultura de paz com o envolvimento de toda a sociedade. Uma
paz no sentido bíblico, o shalom, que é plenitude de benção. Junto com a
segurança, é preciso vir mais benefícios, a começar pela educação,
frisou Padre Linderberg.
* Fotos: Carlos Moioli |
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