terça-feira, 28 de agosto de 2012

CARTILHA DA CNBB ORIENTA O ELEITORADO PARA O VER-JULGAR-AGIR NAS ELEIÇÕES 2012

Material informativo da Igreja Católica reúne conteúdo que orienta para o exercício da cidadania no processo eleitoral

Material informativo da Igreja Católica reúne conteúdo que orienta para o exercício da cidadania no processo eleitoral

Adriel Arvolea

De modo a conscientizar fiéis e a comunidade  num todo para o voto consciente, com a proposta de ajudar o eleitor a realizar uma boa reflexão em vista dos candidatos para o próximo pleito, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disponibiliza a cartilha “Eleições Municipais 2012: cidadania para a democracia” no desenvolvimento desse trabalho. Em entrevista ao programa Jornal da Manhã, da Rádio Excelsior Jovem Pan, César Augusto Borges, do Conselho de Leigos da Diocese de Piracicaba, comentou sobre o material informativo e o interesse da Igreja Católica na política.

Em sua avaliação, a religião e a política devem caminhar juntas, a fim de que a Igreja acompanhe o processo e conscientize os cristãos para o voto reflexivo e os oriente para a tomada de decisões que contribuam para a sociedade em geral. Além disso, a política não deve invadir o templo religioso, sendo que a preocupação deve, sim, ser o fiel no entorno da Igreja, em suas necessidades e enquanto ser humano. “A Igreja sempre esteve preocupada com a política e seus reflexos aos cidadãos, tanto que isso é bíblico. Num caso recente, recolhemos mais de um milhão de assinaturas em defesa da campanha Ficha Limpa”, observa Borges.

O conteúdo da cartilha está fundamentado no ver-julgar-agir. Tendo Deus em primeiro lugar frente às ações humanas, o objetivo é promover a criticidade, a análise e a melhor decisão do eleitorado na escolha dos candidatos. “O ver é avaliar o que a mídia está expondo em termos políticos. O julgar é para que cada um pense e critique a atual conjuntura política do País e da nossa cidade. Por fim, o agir é a responsabilidade do indivíduo como cristão, o que pode ser feito para melhorar politicamente para o bem comum”, explica.

Um dos trechos da cartilha, por exemplo, traz o seguinte pensamento: “(...) este é o momento propício para que coletivamente possamos investir na construção da cidadania plena como sujeitos políticos, e na busca de um reencantamento da política, resgatando o seu valor, a sua importância e a constituição de uma cultura de participação, tendo em vista a construção de um outro Estado e nova democracia”.

Pautada nisso, a Igreja, também, reforça a necessidade de se adotar uma postura política por parte dos eleitores, de modo a acompanhar continuamente os processos que tangem os poderes Executivo e Legislativo. “Após as Eleições Municipais, que as pessoas já passem a acompanhar o seu candidato se eleito, ou mesmo aquele em quem não votou. A missão do cristão é fiscalizar esse trabalho. Assim como Deus teve o propósito de cumprir a Palavra até a cruz, que nós adotemos tal exemplo ao vigiarmos os políticos e partidos em suas ações”, argumenta.

Outro aspecto a ser trabalhado é quanto à desilusão do eleitorado, fazendo com que uma nova consciência política seja provocada para a construção de uma democracia participativa.



Esta é uma reprodução da notícia publicada na edição impressa do Jornal Cidade

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